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Governo compra 14 mil antídotos após 127 casos de intoxicação por metanol

Política

O Ministério da Saúde confirmou neste sábado (4) que o país acumula 127 casos de intoxicação por metanol associados a bebidas alcoólicas adulteradas. Desse total, 11 já contam com confirmação laboratorial, enquanto 116 seguem em investigação. O número de óbitos chegou a 12, com um caso confirmado em São Paulo e 11 em análise.

São Paulo concentra a maioria das ocorrências

Segundo a pasta comandada por Alexandre Padilha, 104 registros pertencem ao estado de São Paulo, epicentro inicial da crise. Pernambuco aparece em seguida, com 7 notificações em análise. Mato Grosso do Sul contabiliza 4 casos, enquanto Bahia, Goiás e Paraná têm 2 cada. Há ainda ocorrências isoladas no Distrito Federal, Roraima, Minas Gerais, Mato Grosso, Espírito Santo e Piauí.

A Polícia Federal conduz inquérito para identificar a origem das bebidas falsificadas. A investigação já apontou que o problema extrapolou as fronteiras paulistas em menos de uma semana, alcançando ao menos outras dez unidades da federação.

Reforço emergencial de antídotos

Para viabilizar o tratamento, o Ministério da Saúde anunciou a compra de 12 mil ampolas de etanol farmacêutico e 2,5 mil unidades de fomepizol, elevando o estoque total para cerca de 14 mil doses. O etanol farmacêutico age como antídoto imediato, competindo com o metanol pelo metabolismo hepático, enquanto o fomepizol é considerado o medicamento específico para esses quadros.

De acordo com Padilha, a nova remessa será distribuída a centros de toxicologia e hospitais universitários federais ligados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). A logística começou neste sábado, priorizando Bahia, Pernambuco, Paraná, Mato Grosso e Distrito Federal — estados que já notificaram pacientes suspeitos.

O fornecimento do fomepizol foi viabilizado em parceria com o Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e um fabricante sediado no Japão. A previsão é de chegada ao país na próxima semana, com envio escalonado conforme a demanda apresentada por cada estado.

Aplicação sem esperar exames laboratoriais

Os dois fármacos podem ser administrados tão logo haja suspeita clínica de envenenamento por metanol, sem necessidade de aguardar confirmação laboratorial. Ainda assim, o ministério reforça que a decisão deve ficar restrita aos profissionais de saúde responsáveis pelo paciente, com vigilância contínua de sinais vitais e função renal.

O protocolo oficial determina monitoramento de acidose metabólica, visão turva e dor abdominal, sintomas que costumam surgir em até 24 horas após a ingestão da bebida contaminada. Em casos graves, a falência múltipla de órgãos pode levar ao óbito se o antídoto não for administrado com rapidez.

Articulação entre governo federal e estados

Embora o abastecimento emergencial de antídotos tenha sido confirmado, secretarias estaduais de Saúde avaliam que o fortalecimento da vigilância sanitária é essencial para rastrear e recolher os lotes suspeitos. Em São Paulo, agentes da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária fazem buscas em distribuidores e pontos de venda de cachaça e conhaque de origem duvidosa.

Ainda não há informação sobre interdições definitivas de marcas ou fábricas. Os lotes apreendidos seguem para perícia e contraprova. A eventual confirmação de fraude pode resultar em processos criminais por lesão corporal, homicídio e crime contra a saúde pública.

Impacto no Sistema Único de Saúde

Casos graves de intoxicação exigem tratamento intensivo prolongado, incluindo hemodiálise para acelerar a eliminação do metanol e correção de distúrbios metabólicos. Hospitais universitários relatam ocupação de leitos acima do previsto para o período, cenário que pressiona o SUS e amplia custos de média e alta complexidade.

Para mitigar o impacto, a pasta federal solicitou que secretarias estaduais atualizem diariamente o número de casos suspeitos, confirmados e descartados. A ação pretende direcionar recursos de forma proporcional à necessidade real de cada rede hospitalar.

O avanço de ocorrências para além do estado de origem mantém as autoridades em alerta máximo. A orientação ao público é descartar bebidas de procedência desconhecida, especialmente aquelas vendidas em garrafas reutilizadas ou sem lacre original. Em caso de sintomas, o atendimento deve ser imediato em pronto-socorros de referência.

Para acompanhar outras atualizações sobre saúde e medidas governamentais, acesse a seção de Política e fique por dentro das informações que influenciam a gestão pública.

Em síntese, o governo federal reforçou o estoque de etanol farmacêutico e fomepizol após a notificação de 127 intoxicações por metanol, distribuindo os antídotos a estados mais atingidos. Mantenha-se informado, compartilhe este conteúdo com familiares e, principalmente, evite bebidas sem origem comprovada.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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