Setores da oposição rotularam o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva como um “governo reborn” — expressão que compara a administração a um boneco hiper-realista: parecido com o original, porém sem sinais de vida. O termo resume uma série de apontamentos que vão de desequilíbrio fiscal a iniciativas vistas como autoritárias, passando por escândalos de corrupção e prioridades orçamentárias consideradas supérfluas.
Crise econômica e expansão do Estado
De acordo com críticos, o país enfrenta uma combinação de déficit público elevado, inflação persistente e retração dos investimentos. A avaliação é de que políticas intervencionistas, alinhadas a um discurso hostil ao livre mercado, agravam a fuga de capitais e afastam novos empreendedores. Além disso, o governo mantém quase 40 ministérios, estrutura descrita como dispendiosa e pouco eficiente.
Os opositores também apontam aumento de despesas assistenciais e concessão de benefícios a grupos politicamente alinhados. Esse modelo, sustentam, comprime ainda mais o orçamento e limita ações de ajuste fiscal. Paralelamente, a falta de detalhamento sobre cortes de gastos reforça a percepção de que não há um plano claro para equilibrar as contas públicas.
Tendência autoritária e alianças controversas
Outra crítica recorrente envolve iniciativas de regulação da internet. Em passagem recente pela China, Lula declarou ter solicitado ao presidente Xi Jinping um emissário “de confiança” para debater o tema, com foco em redes como o TikTok. Juristas veem o gesto como sinal de aproximação com um modelo de controle estatal da informação.
No campo externo, a diplomacia petista é acusada de priorizar vínculos com regimes autoritários. Entre os episódios citados estão a recepção oficial ao venezuelano Nicolás Maduro, o atracamento de navios de guerra iranianos no Rio de Janeiro, manifestações favoráveis ao Hamas após os ataques de 7 de outubro de 2023 e participação em cerimônia em Moscou ao lado de líderes autocráticos. Segundo opositores, essas escolhas isolam o Brasil de democracias consolidadas e reduzem oportunidades comerciais.
Escândalos e gestão interna questionada
A Operação Arcanjo, que investiga fraudes bilionárias no INSS, resultou na demissão do ministro da Previdência e abriu caminho para pedidos de CPI no Congresso. A substituição do titular pelo próprio braço-direito dele foi interpretada como sinal de continuidade do grupo político na pasta. Para além desse caso, reaparecem denúncias sobre uso da máquina pública para gastos considerados supérfluos, incluindo eventos culturais custeados pelo erário, renovação de mobília presidencial e discussão sobre a compra de um novo avião para o chefe do Executivo.
A lista de questionamentos inclui ainda o baixo nível de articulação com o Legislativo, que força o Palácio do Planalto a recorrer ao Supremo Tribunal Federal para destravar projetos. Essa dependência, somada a acusações de perseguição a opositores e jornalistas, reforça a tese de que o governo atua para concentrar poder e limitar vozes discordantes.


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Imagem: Shutterstock
Polarização e promessas não cumpridas
O governo é acusado de alimentar a polarização ao sustentar uma narrativa de tentativa de golpe nos protestos de 8 de janeiro de 2023 e de criminalizar adversários. Críticos lembram que propostas de campanha, como redução do preço da carne e democratização das viagens aéreas, não avançaram, caindo no descrédito popular. Há ainda queixas sobre confusão entre o papel institucional da primeira-dama e seu ativismo em agendas de governo.
Congresso e Judiciário sob pressão
A oposição adverte que a omissão do Congresso em temas de controle de gastos e a expansão da atuação do Judiciário em áreas legislativas criam ambiente de insegurança jurídica. Na avaliação desses grupos, a soma de Executivo, Legislativo e Judiciário “brincando” de governar configura uma democracia meramente formal, sem garantias plenas de liberdades individuais.
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Em síntese, as acusações de que o Planalto conduz um “governo reborn” concentram-se em três frentes: deterioração econômica, viés autoritário e gestão interna marcada por escândalos. A oposição promete intensificar a cobrança por resultados concretos e equilíbrio fiscal. Continue acompanhando o Geral de Notícias para atualizações, números oficiais e desdobramentos no Congresso.
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