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Grito dos Excluídos reúne poucas dezenas e expõe esvaziamento da esquerda em Brasília

Política

O tradicional Grito dos Excluídos, organizado por partidos de esquerda e centrais sindicais, não conseguiu mobilizar público numeroso neste 7 de Setembro em Brasília. O ato, realizado na Praça Zumbi dos Palmares, atraiu apenas algumas dezenas de participantes e acabou ofuscado pelo Reaja Brasil, manifestação de direita que ocorria a menos de dois quilômetros de distância, além do desfile militar do Dia da Independência.

Pouca adesão e tentativa de resgatar símbolos

Os manifestantes começaram a chegar por volta das 10h, uma hora depois do início tanto do desfile oficial na Esplanada dos Ministérios quanto do ato organizado pela direita. Predominaram bandeiras vermelhas, camisas de centrais sindicais e cartazes contrários às sanções impostas ao Brasil pelo presidente norte-americano Donald Trump.

Em meio aos estandartes da CUT, do PT e do PSTU, alguns participantes vestiam a camisa amarela da seleção brasileira — peça normalmente associada a protestos conservadores — combinada com bonés, coletes ou bandeiras vermelhas. Outros empunhavam bandeiras verde-amarelas e usavam bonés azuis com o slogan “O Brasil é dos Brasileiros”, acessório adotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seus ministros como resposta simbólica às críticas de Trump.

O esforço para ressignificar a camisa da seleção não encontrou grande repercussão. Parte do público preferiu permanecer na sombra das marquises do Conic, prédio vizinho à praça, em vez de se juntar ao grupo exposto ao sol. A ausência de parlamentares federais, ao contrário do que ocorreu no evento da direita, reforçou a percepção de esvaziamento.

Discurso sem plateia e histórico do movimento

Criado em 1995 para contrapor-se ao desfile militar, o Grito dos Excluídos completou 30 anos com o lema “A vida em primeiro lugar — cuidar da Casa Comum e da democracia é luta de todo dia”. Neste 2025, a expectativa da organização era formar um contraponto expressivo ao Reaja Brasil, que defende anistia aos presos dos atos de 8 de janeiro. Entretanto, a realidade ficou distante do objetivo.

Militantes revezaram-se em um pequeno carro de som, levantando palavras de ordem como “Sem anistia” e “Soberania nacional”. Ainda assim, a plateia limitada impediu que os discursos ganhassem projeção. Segundo registro fotográfico aéreo feito por volta das 11h30 — uma hora e meia após o início do ato — a concentração mal ocupava parte da praça. No mesmo intervalo, a manifestação da direita já apresentava aglomeração visivelmente maior, registrada às 10h30.

Contexto geográfico e contraste com a direita

A Praça Zumbi dos Palmares situa-se entre o Eixo Monumental, onde Lula participou das cerimônias oficiais, e a Torre de TV, local escolhido pelos conservadores para o Reaja Brasil. A proximidade física evidenciou o contraste: de um lado, faixas e discursos a favor da soberania e contra Donald Trump; do outro, pedidos de anistia, defesa de valores tradicionais e forte presença de parlamentares de oposição.

Enquanto o Grito dos Excluídos carecia de figuras de expressão nacional, o Reaja Brasil contou com deputados e senadores que aproveitaram os microfones para criticar a atuação do Supremo Tribunal Federal e exigir mudanças na condução dos processos ligados aos eventos de 8 de janeiro.

Fatores que podem explicar o esvaziamento

Apesar de não haver dados oficiais de público, a pequena adesão ficou evidente e pode ser atribuída a diversos elementos factuais: horário coincidente com desfile e outra manifestação, ausência de líderes de maior visibilidade e divisão da militância entre diferentes pautas. A própria escolha do tema — oposição às sanções de Donald Trump — pareceu não sensibilizar setores mais amplos, limitando o alcance do protesto.

Em 30 anos de existência, o Grito dos Excluídos já registrou momentos de maior participação, sobretudo em contextos de crise econômica ou alta inflação. No cenário atual, porém, não houve mobilização compatível com a relevância que as centrais sindicais e o PT esperavam demonstrar.

Para quem acompanha a cena política, o resultado reforça a percepção de que a esquerda enfrenta dificuldades de engajamento nas ruas, enquanto a direita mantém capacidade de atrair simpatizantes em datas simbólicas como o 7 de Setembro.

Se quiser manter-se atualizado sobre outras movimentações em Brasília, visite a seção de política do Geral de Notícias, onde publicamos análises factuais e relatos das principais agendas do Congresso e do Executivo.

Resumo: O Grito dos Excluídos completou três décadas com participação reduzida, sem lideranças de peso e sob concorrência direta do Reaja Brasil e do desfile oficial. O esvaziamento expôs o desafio da esquerda em voltar a ocupar as ruas numa data marcada pelo forte simbolismo patriótico. Compartilhe este conteúdo e acompanhe nossas próximas atualizações.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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