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Irmã Ilda revela bastidores do 8 de janeiro e reforça pedido de anistia

Política

Brasília, 31 ago. 2025 – Aos 84 anos, a goiana Ilda Ferreira dos Santos, conhecida no Congresso como “Irmã Ilda” ou “senhorinha da Bíblia”, voltou a detalhar tudo o que presenciou nos eventos de 8 e 9 de janeiro de 2023. Reconhecida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro como símbolo da anistia aos detidos naquela data, a religiosa explicou por que continua a frequentar semanalmente a Esplanada dos Ministérios para orar e cobrar a libertação dos que, segundo ela, “foram injustamente presos”.

Infância difícil, fé inabalável

Nascida em Formosa (GO), caçula de nove irmãos, a missionária perdeu o pai ainda bebê, vítima de picada de cobra. Sem acesso à escola, permaneceu analfabeta, mas garante nunca ter se separado da Bíblia. “É meu livro preferido”, resume. Superou dois diagnósticos de câncer – um no intestino e outro na mama – e atribui a cura à fé. Hoje, não faz uso de medicamentos, mantém rotinas de culto na Assembleia de Deus e já atuou como missionária na África.

Viúva há 26 anos, mãe de nove filhos, diz não encontrar apoio familiar para suas posições políticas. “Sou a única bolsonarista em casa”, comenta. Mesmo assim, segue firme nas mobilizações que se intensificaram a partir da campanha de 2018, quando passou a enxergar, em suas palavras, “a diferença entre joio e trigo na política nacional”.

Acampamento no QG do Exército

Irmã Ilda chegou ao acampamento em frente ao Quartel-General do Exército logo após o segundo turno de 2022. Orava, cantava hinos e percorria o local durante a madrugada. Dormia em barraca cedida por manifestantes e ajudava com alimentos e cobertores. “Quase todo mundo me conhecia”, relata.

Segundo a religiosa, a programação divulgada pelo carro de som previa manifestação pacífica na Esplanada na manhã de 9 de janeiro. No sábado, 7, o sistema de som teria sido desligado para retomar apenas no domingo à tarde. Naquele domingo, entretanto, ela recebeu notícias de depredação na Praça dos Três Poderes e decidiu retornar ao QG.

Violência e prisões

Por volta das 16h de 8 de janeiro, relata ter visto chegar ao acampamento pessoas feridas por balas de borracha, sangrando e chorando. “Um rapaz não se sustentava em pé”, descreve. Helicópteros passaram a sobrevoar a área durante toda a noite. Às 6h, diz ter percebido movimentação de tropas e recebido orientação de civis para deixar o local imediatamente.

Ela então recolheu a bolsa, avisou duas companheiras de igreja e saiu a pé em direção à BR mais próxima, onde chamou transporte por aplicativo. “Foi Deus quem me tirou de lá”, afirma. Enquanto escapava, estima ter visto mais de 200 militares, veículos blindados e motos cercando o QG. No dia seguinte, milhares de pessoas seriam levadas a quartéis e presídios sob acusação de participação nos atos.

Missão pela anistia

Desde então, a octogenária dedica as manhãs de quarta-feira a orações no Congresso Nacional, onde também dialoga com parlamentares alinhados à pauta de anistia, como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e o senador Magno Malta (PL-ES). “O preço tem sido alto, mas Deus sustenta quem está na linha de frente”, avalia.

Irmã Ilda confirma ter recebido alertas de possível prisão caso continue circulando pelo Legislativo. Mantém, no entanto, a rotina de comparecer ao Salão Verde da Câmara com a Bíblia de capa dura junto ao peito. “Não tenho medo. Se me levarem algemada, vão me levar louvando”, garante.

Expectativas e recado aos fiéis

Para a missionária, a verdade sobre o 8 de janeiro “ainda virá à tona”. Ela compara a situação atual ao episódio bíblico em que Gideão venceu os midianitas com exército reduzido. “A vitória virá de forma que ninguém possa duvidar que foi Deus”, diz.

Ao comentar os relatos de escassez na Venezuela, alerta que o Brasil não pode seguir o mesmo caminho. “Aqui não vai acontecer isso. Precisamos orar e agir”, convoca.

O projeto de anistia tramita em diferentes frentes no Congresso. Aliados de Bolsonaro defendem aprovação rápida, apontando abuso de autoridade nas prisões de idosos, mães e manifestantes pacíficos. Já a bancada de esquerda resiste, alegando que os réus respondem por crimes contra o Estado democrático de Direito.

Para a “senhorinha da Bíblia”, entretanto, a solução passa pela mobilização de fiéis. “Se cada crente orar como se ora por um filho doente, a anistia sai”, conclui.

Para acompanhar outras movimentações do Legislativo sobre esse tema, o leitor pode conferir a seção de política em Geral de Notícias, atualizada diariamente.

Em resumo, o testemunho de Irmã Ilda reforça a narrativa de que houve excessos nas operações pós-8 de janeiro e renova o apelo por anistia. Continue conosco e receba as próximas atualizações sobre o andamento dos projetos no Congresso.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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