O jornalista Luís Ernesto Lacombe divulgou nesta quinta-feira (21) na Gazeta do Povo a crônica “A fábula do tombo de Davi”. O texto, em tom alegórico, descreve uma brusca guinada de comportamento do senador Davi Alcolumbre após um acidente doméstico. Na narrativa, o parlamentar, que ocupa a presidência do Senado, decide encaminhar pedidos de impeachment contra três ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A coluna foi publicada às 8h00 e rapidamente repercutiu em meios políticos e nas redes sociais.
Alegoria da transformação
No conto, Alcolumbre desperta pela manhã com “más intenções renovadas”, mas escorrega no banheiro e bate a cabeça. O autor apresenta o tombo como ponto de virada: o personagem, descrito até então como arrogante, passa a demonstrar humildade, preocupação com o país e disposição para corrigir rumos.
Segundo Lacombe, a transformação leva Alcolumbre a se afastar de antigos aliados e a adotar postura considerada inédita por seus assessores. O novo comportamento surpreende colegas no Congresso, que notam falas conciliadoras e gestos de cordialidade. O jornalista utiliza a mudança repentina para estabelecer uma metáfora sobre responsabilidade pública e sobre a relação entre Legislativo e Judiciário.
Impeachment de ministros do STF
O ponto central da crônica ocorre quando o presidente do Senado, sob o impacto da “nova consciência”, localiza mais de 70 requerimentos de impeachment contra magistrados da Suprema Corte arquivados em uma gaveta. Ele seleciona três e, em seguida, protocola a abertura dos processos. Ainda de acordo com o texto, a decisão provoca celebração entre parlamentares de oposição e parte da sociedade, ao mesmo tempo em que desencadeia críticas do próprio STF e de veículos de imprensa.
A fábula destaca acusações de “abusos” e “arbitrariedades” atribuídas ao tribunal. Lacombe redige um discurso fictício no qual Alcolumbre promete restaurar o equilíbrio entre os Poderes, enfatiza a Constituição e defende “justiça sem excessos”. O enredo reflete preocupações recorrentes de setores conservadores sobre a expansão do poder judiciário e a necessidade de limites institucionais.
Repercussão e contexto político
A publicação soma-se a outras colunas de Lacombe que questionam decisões da Suprema Corte e cobram atuação mais firme do Senado. O jornalista, conhecido por posicionamento à direita, utiliza a figura do tombo para sugerir que uma “mágica transformação” seria necessária para que o Congresso exerça plenamente suas prerrogativas constitucionais.
Embora fictícia, a narrativa se apoia em fatos reais: existem dezenas de pedidos de impeachment de ministros do STF aguardando despacho do presidente do Senado. Analistas apontam que a abertura de qualquer processo depende da vontade política da Mesa Diretora, situação que gera críticas de parlamentares e de eleitores que defendem maior controle sobre o Judiciário.


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Imagem: criada utilizando Whisk
Autor e trajetória
Luís Ernesto Lacombe atua na televisão desde 1988, com passagem por grandes emissoras e cobertura de temas variados, de eleições a eventos esportivos. Na Gazeta do Povo, escreve às quintas-feiras, frequentemente abordando cenário institucional brasileiro, liberdades individuais e limites do Estado. Segundo nota da própria publicação, as opiniões expressas em suas colunas não representam necessariamente a linha editorial do veículo.
O texto “A fábula do tombo de Davi” mantém o estilo direto do autor, combinando enredo literário com críticas explícitas às decisões do STF. A escolha de recursos ficcionais permite a Lacombe enfatizar a possibilidade de um “Brasil melhor” caso o Senado atue de maneira mais incisiva contra o que classifica como excessos judiciais.
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Em síntese, a crônica de Lacombe reposiciona o debate sobre o equilíbrio entre os Poderes e reacende a discussão a respeito dos pedidos de impeachment de ministros do STF. Continue acompanhando nossas publicações para não perder as próximas movimentações em Brasília.
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