Em cadeia nacional na noite de 6 de setembro, véspera do Dia da Independência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concentrou sua mensagem em dois eixos: acusar adversários de “traição à pátria” e insistir na defesa da soberania brasileira diante de pressões externas. Sem citar nomes, Lula direcionou as críticas a políticos que, segundo ele, “foram eleitos para trabalhar pelo povo brasileiro, mas defendem apenas interesses pessoais”. A referência atinge o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se encontra nos Estados Unidos articulando sanções contra o Brasil após as investigações do Supremo Tribunal Federal (STF) envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Críticas a “traidores” e tensões externas
Lula acusou esses parlamentares de incentivarem ataques contra o país e declarou que “a história não os perdoará”. O presidente mencionou as tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, vigentes desde 6 de agosto, justificadas pela Casa Branca como resposta a supostas violações de direitos humanos e interferências do STF no processo eleitoral de 2022. As restrições incluíram a inserção do ministro Alexandre de Moraes na lista da Lei Magnitsky, instrumento norte-americano que pune autoridades estrangeiras acusadas de abusos.
No discurso, Lula ressaltou que o Brasil “não é colônia de ninguém” e reafirmou a separação entre os Três Poderes, sustentando que o chefe do Executivo “não pode interferir nas decisões da Justiça”. Também chamou atenção para uma investigação aberta pelo Escritório do Representante do Comércio dos EUA (USTR) com base na Seção 301, que aponta supostas práticas desleais em áreas como uso do Pix, comércio de produtos piratas, proteção de etanol e desmatamento.
Embora tenha dito “manter relações amigáveis com todos os países”, Lula reforçou que “nunca abrirá mão da soberania”. Ele destacou a queda de 50 % no desmatamento na Amazônia, prometeu defender o Pix de qualquer tentativa de privatização e reiterou apoio à regulamentação de redes sociais para conter o que chamou de “fake news e discurso de ódio”.
Promessas fiscais e defesa de políticas internas
O presidente revisitou propostas de campanha, como a isenção de Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a taxação de “super-ricos”. Apontou diminuição no desemprego e crescimento acima da média global como indicadores de sucesso econômico. Lula ainda citou a recente operação da Polícia Federal contra o PCC e outras organizações criminosas ligadas à adulteração de combustíveis, apontando o episódio como prova de que o governo “não se importa com o tamanho da conta bancária dos criminosos”.
Segundo o Planalto, o país abriu 400 novos mercados de exportação em dois anos e oito meses. Ao abordar a política externa, Lula listou como pilares “o livre comércio, a paz, o multilateralismo e a harmonia entre as nações”. Contudo, reforçou que tais objetivos não suplantam a defesa dos interesses nacionais.
Na pauta interna, Lula enfatizou o combate à fome, a manutenção de programas sociais e o apoio a microempreendedores. Reforçou também o compromisso com os jovens, citando a necessidade de mais oportunidades de estudo e emprego como parte da “responsabilidade do Estado soberano”.
Contexto político e mobilização da oposição
Para este 7 de Setembro, grupos de oposição organizam atos em ao menos 96 cidades do Brasil e do exterior, reunindo apoiadores do ex-presidente Bolsonaro sob o lema “Reaja, Brasil”. As pautas incluem anistia aos réus do 8 de Janeiro e o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. A movimentação deve manter a tensão política elevada durante as comemorações oficiais, que ocorrem em Brasília com desfile militar e presença de autoridades dos Três Poderes.


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Imagem: Reprodução
Lula não mencionou diretamente as manifestações, mas apelou à “união de todos em defesa da pátria”. Sinalizou que o momento exige “coragem para seguir cuidando do futuro e da esperança” e encerrou com a tradicional saudação: “Que Deus abençoe o Brasil”.
O pronunciamento ocorre num cenário de disputas judiciais, pressões econômicas e polarização política. Ao classificar opositores como “traidores” e destacar ações do governo em áreas sensíveis — economia, meio ambiente, segurança pública e tecnologia —, Lula busca reforçar a imagem de que o Executivo conduz o país de acordo com a Constituição, apesar das críticas internas e das sanções externas.
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Em resumo, o discurso presidencial uniu críticas diretas a adversários, defesa firme da soberania e a reafirmação de promessas econômicas, sinalizando que o governo pretende manter o tom combativo diante de pressões internas e internacionais. Continue acompanhando nossos canais e receba alertas em tempo real sobre os desdobramentos do 7 de Setembro e da pauta política em Brasília.
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