geraldenoticias 1757349023

Lula convoca Brics e intensifica ataques às tarifas de Trump

Política

Brasília, 8 de setembro de 2025 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) promoveu nesta segunda-feira (8) uma videoconferência com os líderes do Brics ampliado para reiterar críticas à política tarifária do presidente norte-americano Donald Trump. Ao assumir a presidência rotativa do bloco, o chefe do Executivo brasileiro apresentou o agrupamento como alternativa às “ameaças” do que classificou como unilateralismo norte-americano.

Videoconferência reúne dez países e mira Assembleia da ONU

O encontro virtual, com duração aproximada de uma hora e meia, contou com a participação de dirigentes de China, Rússia, Índia, África do Sul, Irã, Egito, Indonésia, Emirados Árabes Unidos e Etiópia. De Brasília, Lula abriu a sessão afirmando que “os pilares da ordem internacional criada em 1945 estão sendo solapados de forma acelerada e irresponsável” pelas decisões da Casa Branca. Embora não tenha citado Trump nominalmente, suas referências às tarifas norte-americanas deixaram o alvo claro.

O principal objetivo da reunião foi alinhar discursos do bloco para a 80.ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, marcada para 23 de setembro em Nova York. Lula pretende levar ao plenário do organismo a defesa de um comércio multilateral “moderno e flexível”, nas palavras dele, além de contestar as cobranças adicionais anunciadas pelos Estados Unidos contra produtos de países considerados “inamistosos”.

Lula denuncia “chantagem tarifária” e cita risco ao Brasil

Em seu pronunciamento, o presidente brasileiro criticou a possibilidade de Washington aplicar tarifas secundárias a nações que mantenham relações comerciais com a Rússia, membro fundador do Brics. Segundo Lula, tais medidas “restringem nossa liberdade de fortalecer o comércio com países amigos” e transformam em “letra morta” princípios clássicos do livre-comércio, como a Cláusula de Nação Mais Favorecida e o Tratamento Nacional.

Para sustentar o peso do bloco, Lula mencionou dados sobre a participação conjunta dos países do Brics na economia global: 40 % do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, 26 % do comércio internacional e quase metade da população do planeta. De acordo com ele, esses números legitimam o agrupamento a liderar uma “refundação do sistema multilateral de comércio” sem pressões unilaterais.

Ainda no campo geopolítico, o presidente trouxe ao debate a guerra na Ucrânia, defendendo uma solução negociada que considere “legítimas preocupações de segurança de todas as partes”. Também voltou a classificar como “genocídio” a ação militar israelense na Faixa de Gaza, defendendo suspensão imediata das operações e reafirmando o apoio do Brasil à iniciativa da África do Sul na Corte Internacional de Justiça.

Foco em eventos internacionais de 2025

Além da Assembleia da ONU, o governo brasileiro informou que a reunião virtual serviu como preparação para a Cúpula de Líderes do G20 e para a COP 30, ambas previstas para novembro. Ao longo dos próximos meses, Brasília pretende utilizar essas plataformas para defender o que chama de “nova arquitetura de governança global”.

Apesar das críticas ao protecionismo norte-americano, o Planalto não apresentou, na videoconferência, medidas concretas de proteção ao setor produtivo nacional caso as tarifas de Trump avancem sobre produtos brasileiros. Entre analistas de mercado, há preocupação com possíveis efeitos negativos sobre exportações agropecuárias e de minerais, segmentos que respondem por parcela relevante da balança comercial do país.

Repercussão interna e agenda política

O endurecimento do discurso contra a Casa Branca ocorre em meio a pesquisas que apontam desgaste de popularidade do governo, especialmente em regiões onde setores exportadores temem represálias tarifárias. Paralelamente, o Palácio do Planalto tenta capitalizar a visibilidade internacional do Brics para reforçar a narrativa de liderança global do Brasil.

No campo doméstico, o presidente segue pressionado pela oposição, que o acusa de priorizar temas externos enquanto questões internas, como segurança pública e reformas econômicas, aguardam solução. A postura de confronto com Washington também gera apreensão em parte do agronegócio, setor historicamente dependente do mercado norte-americano.

Embora o governo defenda o Brics como antídoto ao protecionismo, ainda não foi apresentado um plano robusto de diversificação de destinos comerciais caso as tarifas secundárias se tornem realidade. Até lá, produtores e investidores aguardam definições que possam reduzir a incerteza sobre o rumo das relações bilaterais com os Estados Unidos.

Para acompanhar outras atualizações sobre decisões de governo e seus impactos econômicos, visite a seção de política em Geral de Notícias.

O encontro liderado por Lula reforça o tom de confrontação às tarifas de Trump e antecipa uma pauta que deve ganhar destaque na ONU. Acompanhe nossas próximas publicações e receba alertas sobre desdobramentos que podem afetar diretamente a economia brasileira.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

IMPERDÍVEL! Jair Bolsonaro: O fenômeno ignorado: Eles não entenderam nada

IMPERDÍVEL! Jair Bolsonaro: O fenômeno ignorado: Eles não entenderam nada

R$52,36 R$99,00 -47%
Ver na Amazon
Caneca Brasil Bolsonaro

Caneca Brasil Bolsonaro

R$29,90 R$59,00 -49%
Ver na Amazon
Camiseta Bolsonaro Donald Trump presidente

Camiseta Bolsonaro Donald Trump presidente

R$49,99 R$109,99 -55%
Ver na Amazon
Mouse Pad Bolsonaro assinando Lei Animais

Mouse Pad Bolsonaro assinando Lei Animais

R$17,90 R$49,99 -64%
Ver na Amazon
Mito ou verdade: Jair Messias Bolsonaro - Leitura Imperdível!

Mito ou verdade: Jair Messias Bolsonaro - Leitura Imperdível!

R$21,30 R$49,99 -57%
Ver na Amazon

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Quando você efetua suas compras por meio dos links disponíveis aqui no Geral de Notícias, podemos receber uma comissão de afiliado, sem que isso acarrete nenhum custo adicional para você!