O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu, nesta sexta-feira (5), os atuais comandantes das Forças Armadas e ex-chefes militares em um almoço no Palácio da Alvorada, em Brasília. O encontro ocorreu poucos dias antes da provável sentença do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e oficiais da reserva investigados por tentativa de golpe de Estado.
Quem participou da reunião
Estiveram presentes o comandante do Exército, general Tomás Paiva; o comandante da Marinha, almirante Marcos Olsen; e o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno. Também compareceram o ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, o chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Marcos Amaro, e o ministro do Superior Tribunal Militar Joseli Parente.
Lula ampliou a lista convidando ex-comandantes que ocuparam a chefia das três Forças durante suas gestões anteriores (2003-2010). A presença de antigos e atuais líderes militares foi interpretada no governo como sinal de unidade institucional.
Pauta oficial e clima do encontro
De acordo com relatos de participantes, Lula solicitou um plano de defesa de longo prazo, com foco em modernização de equipamentos e maior integração entre Exército, Marinha e Aeronáutica. A conversa, descrita como “descontraída”, incluiu o tradicional churrasco de picanha servido no Alvorada.
Durante o almoço, foi mencionada a expectativa em torno do julgamento do STF que envolve Bolsonaro e oito investigados, entre eles o almirante Almir Garnier e os generais Augusto Heleno, Walter Braga Netto e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. A Primeira Turma da Corte concluiu a fase inicial de deliberação na última semana e deve anunciar a decisão final até a próxima sexta-feira (12).
Julgamento de militares da reserva
O processo analisa denúncias do Ministério Público Federal sobre suposta tentativa de subverter o resultado das eleições de 2022. A inclusão de oficiais de alta patente reforça a repercussão institucional do caso. Para o governo, uma manifestação pública de coesão entre Planalto e Forças Armadas pode reduzir tensões no momento em que o ex-chefe do Executivo e militares de quatro estrelas aguardam veredicto.
Fontes ligadas ao Palácio do Planalto afirmam que, além do planejamento estratégico, Lula convidou os comandantes e ex-comandantes para acompanharem o desfile cívico-militar de 7 de Setembro, na Esplanada dos Ministérios. A presença dos generais ao lado do presidente no palanque oficial é vista como gesto simbólico de normalidade institucional.
Próximos passos
Após o almoço, não houve divulgação de documento ou nota formal, mas a pasta da Defesa deve consolidar as sugestões colhidas no encontro em um relatório a ser entregue até o fim do ano. Entre os temas que devem compor o texto estão a renovação da frota naval, expansão da aviação de transporte e fortalecimento da indústria bélica nacional.


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Imagem: Marcelo Camargo
No campo judicial, a expectativa é que o STF se pronuncie sobre o chamado “núcleo golpista” ainda dentro do prazo processual. A sessão complementar já foi marcada, e ministros sinalizaram que não haverá adiamentos. Caso condenados, os réus poderão recorrer, mas a decisão inicial do Supremo tende a produzir efeitos imediatos, como possível inelegibilidade e restrições de direitos políticos.
Repercussão política
No Congresso Nacional, parlamentares ligados à oposição acompanham de perto tanto o encontro no Alvorada quanto o julgamento no STF. Enquanto governistas destacam “sinal de estabilidade”, aliados de Bolsonaro classificam o processo como “perseguição”. Apesar do embate retórico, não há previsão de mobilização extraordinária das Forças Armadas, que reafirmaram compromisso com a Constituição em notas anteriores.
Para o presidente Lula, a agenda com os militares ajuda a reforçar a narrativa de que as Forças permanecem alinhadas ao poder civil. Já para os comandantes atuais, estar ao lado do Chefe do Executivo às vésperas de uma decisão sensível confirma disposição de preservar a hierarquia e a disciplina, pilares centrais da instituição.
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Em resumo, o almoço no Palácio da Alvorada reuniu a elite militar na semana que antecede o provável desfecho judicial de Jair Bolsonaro e oficiais aliados. O governo aposta na imagem de harmonia institucional, enquanto o STF se prepara para um julgamento de alto impacto político e jurídico. Continue acompanhando nossos conteúdos para não perder nenhum detalhe dos próximos capítulos.
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