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Lula e Trump sinalizam encontro na Malásia para revisar tarifas de 50%

Política

Quem comanda as duas maiores economias das Américas voltou a falar diretamente. Em telefonema de 30 minutos, realizado nesta segunda-feira (6), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acertaram os primeiros passos para uma possível reunião presencial em novembro, durante a Cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean), na Malásia. O foco central é o tarifaço de 50% aplicado por Washington sobre produtos brasileiros.

Telefonema abre caminho para agenda comum

Segundo nota do Palácio do Planalto, a conversa teve tom “amistoso e produtivo”. Lula e Trump trocaram contatos diretos para manter comunicação constante e avaliaram formas de restabelecer uma relação que entrou em rota de colisão após a adoção das sobretaxas norte-americanas. O Planalto classifica o diálogo como “passo decisivo” para destravar o comércio bilateral.

Os 50% de sobretaxa incidem sobre aço, alumínio, calçados e carnes, setores em que o Brasil possui forte vocação exportadora. Empresários brasileiros veem o aumento como uma das maiores barreiras ao crescimento das vendas externas e pressionam o governo por reação rápida. Para Washington, a medida foi anunciada como proteção à indústria local, mas o custo recaiu sobre a competitividade de companhias dos dois países.

O próprio Lula indicou, durante a ligação, que a retomada do fluxo comercial normal é condição estratégica para o Brasil acelerar a geração de empregos. Trump, por sua vez, sinalizou disposição em “avaliar mecanismos de alívio tarifário” desde que haja, em contrapartida, previsibilidade regulatória por parte de Brasília.

Rubio assume frente das negociações

Donald Trump designou o secretário de Estado, Marco Rubio, para conduzir as tratativas com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o chanceler Mauro Vieira. Rubio, senador republicano da Flórida licenciado para assumir o Departamento de Estado, é voz conhecida entre conservadores e crítico frequente do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. A presença do secretário adiciona ingrediente político sensível às conversas, mas também mostra que a Casa Branca pretende dar peso de alto nível ao processo.

De acordo com o Planalto, a primeira rodada entre Rubio, Alckmin e Haddad deve ocorrer ainda neste mês, em Brasília, para estruturar um plano de redução gradual das tarifas. Washington quer compromisso formal de estabilidade institucional e marcos regulatórios claros, condição considerada essencial para destravar investimentos diretos norte-americanos.

Já o Ministério da Fazenda trabalha com cenário de corte escalonado das tarifas, condicionado à abertura de mercado para bens de capital e insumos industriais brasileiros, hoje restritos pela política de “America First”. A diplomacia brasileira acredita que uma agenda coordenada pode produzir, em novembro, um comunicado conjunto de “trégua comercial”.

Impacto econômico e sinal aos investidores

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) calcula que o tarifaço norte-americano custe ao Brasil cerca de US$ 8 bilhões anuais em receitas de exportação. Para empresários, a reversão parcial já teria efeito imediato na atividade industrial, hoje pressionada por juros altos e demanda interna fraca. Do lado norte-americano, associações de importadores defendem a redução das barreiras para manter cadeias produtivas integradas e conter a inflação de bens manufaturados.

A possibilidade de um encontro Lula-Trump em território neutro, sob a mediação de parceiros asiáticos, é vista por analistas como sinal de pragmatismo. Ainda que as posições políticas dos dois líderes diverjam, a necessidade de destravar comércio e atrair investimentos pesa mais, sobretudo em ano de disputas eleitorais no Congresso dos EUA.

No Planalto, a equipe econômica enxerga a negociação como oportunidade para reforçar a narrativa de que o Brasil é destino confiável de capital estrangeiro. A redução das tarifas, se confirmada, tende a estimular a entrada de dólares, ampliar exportações e trazer alívio ao balanço de pagamentos.

Próximos passos até a cúpula da Asean

A agenda protocolar prevê que chanceleres definam em setembro o formato do encontro na Malásia. Caso as tratativas avancem, Lula e Trump poderão anunciar, lado a lado, um cronograma para revisão do tarifaço. O Itamaraty espera que a presença de ambos na Ásia, fora do ambiente polarizado das Américas, crie atmosfera favorável a um acordo.

Para consolidar a pauta, diplomatas brasileiros preparam estudos técnicos sobre impactos setoriais. O objetivo é demonstrar que a redução gradual das tarifas terá resultado positivo para a balança comercial dos dois países e fortalecerá cadeias produtivas integradas.

Ao mesmo tempo, a oposição no Congresso brasileiro pressiona o governo a garantir que concessões não comprometam a soberania regulatória. Parlamentares conservadores defendem contrapartidas claras, como compromissos do STF com segurança jurídica, para que o empresariado volte a investir com confiança.

Esse cenário de cooperação, em linha com princípios de livre-mercado e previsibilidade institucional, atende a expectativas de setores produtivos que sempre valorizaram a parceria Brasil-EUA como contrapeso estratégico à influência asiática.

Para acompanhar outros desdobramentos e análises sobre política externa, visite a seção de Política do nosso portal.

Em síntese, Lula e Trump deram sinal verde a uma negociação que pode aliviar o tarifaço de 50% e recolocar o comércio bilateral nos trilhos. Resta agora acompanhar as reuniões técnicas e a diplomacia de alto nível. Fique atento às próximas atualizações e compartilhe esta notícia com quem acompanha de perto os rumos da economia brasileira.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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