Nesta terça-feira, 7 de outubro de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com o ex-mandatário norte-americano Donald Trump. Durante o diálogo, ambos reforçaram a intenção de um encontro presencial na próxima cúpula dos países do Leste Asiático, marcada para 26 de outubro, em Kuala Lumpur, Malásia. O evento costuma reunir chefes de governo de Estados Unidos, Rússia, China e demais nações convidadas da região.
Brasil fica fora do núcleo decisório
Embora possua extensão territorial inferior apenas à de Rússia, Canadá, China e Estados Unidos, o Brasil não figura entre os participantes centrais do fórum. Em população, o país ocupa o terceiro lugar dentre os quatro citados, ficando atrás apenas de China e Estados Unidos e à frente da Rússia. Também conta com elevada diversidade mineral e abundância de recursos naturais, incluindo potencial de energia solar superior ao dos demais, clima majoritariamente favorável e inexistência de terremotos ou vulcões ativos.
Mesmo com esse conjunto de vantagens, Brasília não integra o grupo que costuma deliberar sobre temas de segurança, comércio e estabilidade global. Segundo registros históricos, até poucas décadas atrás a economia brasileira superava a chinesa em termos absolutos; hoje, entretanto, Pequim ocupa a segunda posição mundial, enquanto o Produto Interno Bruto brasileiro permanece fora do grupo das quatro maiores economias.
Exporta minério, importa trilhos
Um dado que ilustra a distância econômica é o fluxo de comércio bilateral Brasil–China. Grandes volumes de minério de ferro extraído em território nacional partem para portos chineses, onde são transformados em produtos de maior valor agregado, como trilhos de aço. Posteriormente, essas mercadorias retornam ao mercado brasileiro. O processo reforça a dependência da indústria local em relação a bens manufaturados estrangeiros e evidencia a lacuna existente entre potencial mineral e capacidade industrial.
Poder militar e projeção política restritos
Outro fator que aprofunda a diferença entre Brasil e as quatro potências convidadas à cúpula é o orçamento de defesa. Rússia, Estados Unidos e China mantêm arsenais nucleares e forças armadas com alcance global; já o Brasil concentra efetivos prioritariamente voltados para missões de soberania territorial e atividades de garantia da lei e da ordem. Em termos diplomáticos, a presença brasileira em negociações multilaterais costuma ser classificada como de médio impacto, enquanto países menores, como Israel, alcançam maior visibilidade nas mesmas mesas de diálogo.
Instituições sob teste
Enquanto a atenção se volta para a reunião na Malásia, o cenário interno brasileiro registra tensões sobre governabilidade e fidelidade partidária. O deputado paraense Celso Sabino, titular do Ministério do Turismo, avalia se permanece no cargo ou atende à orientação de seu partido, o União Brasil, que sinalizou desejo de retorno imediato à Câmara. Segundo dados oficiais, Sabino recebeu 142.326 votos nas últimas eleições federais, número que o credenciou a representar o estado do Pará.
O debate institucional ocorre no ano em que a Constituição Federal completa 37 anos de vigência. Nos últimos meses, declarações de integrantes do Judiciário também impulsionaram discussões sobre transparência eleitoral. Em entrevista recente, o ministro Luís Roberto Barroso afirmou que a impressão do comprovante do voto eletrônico poderia ser interpretada como um dos “pilares de golpe” contra o sistema de apuração digital.
Educação como obstáculo recorrente
Indicadores oficiais apontam que o Brasil enfrenta dificuldades na formação básica de seu capital humano. Dados do último relatório do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) colocam o país abaixo da média da OCDE em ciências, leitura e matemática. A carência de mão de obra qualificada afeta a competitividade industrial e limita avanços tecnológicos necessários para alcançar posições de destaque em foros internacionais.


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Os fatos associados — peso econômico reduzido, poder militar modesto, desempenho educacional aquém dos rivais e gargalos industriais — ajudam a explicar por que o Brasil não está entre os quatro atores que costumam negociar temas estratégicos globais. Ainda assim, a conversa entre Lula e Trump sugere oportunidade de aproximação bilateral e de participação mais ativa em agendas de segurança e comércio no Sudeste Asiático.
Caso se confirme, o encontro presencial em Kuala Lumpur será a primeira reunião direta entre os dois líderes desde 2023 e pode abrir espaço para cooperação em áreas como infraestrutura, transição energética e segurança de cadeias de suprimento.
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Resumo: a ligação entre Lula e Trump colocou em pauta um encontro na cúpula asiática que, mais uma vez, trará à tona a distância do Brasil em relação às potências globais. Continue acompanhando nossos conteúdos e receba alertas em tempo real sobre política e economia.
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