O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deixa Brasília neste domingo, 21 de setembro, com destino a Nova York para participar de compromissos na Organização das Nações Unidas (ONU). A delegação brasileira, que contaria inicialmente com sete ministros, sofreu duas baixas de última hora e será composta, ao menos oficialmente, por cinco titulares de pasta.
Quem segue com Lula
Segundo despacho publicado em edição extra do Diário Oficial da União, foram autorizadas as viagens dos ministros Camilo Santana (Educação), Marina Silva (Meio Ambiente), Márcia Lopes (Mulheres), Jader Barbalho Filho (Cidades) e Sônia Guajajara (Povos Indígenas). O grupo deverá acompanhar o presidente em agendas nas dependências da ONU e em reuniões bilaterais programadas até a próxima quarta-feira.
A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, chegou à cidade norte-americana na quarta-feira, 17, para encontros preparatórios relacionados à Conferência do Clima de 2025 (COP 30), prevista para ocorrer em Belém. A presença antecipada da socióloga segue o padrão adotado em viagens recentes, quando ela desembarcou antes da comitiva presidencial em Moscou e Tóquio.
Por que Padilha e Haddad ficaram
A ausência que mais chamou atenção foi a do ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O governo dos Estados Unidos liberou o visto diplomático, mas impôs restrições de circulação que limitariam o deslocamento do ministro a um raio de cinco quarteirões entre o hotel oficial, a sede da ONU e representações brasileiras. Padilha classificou a condição como “inaceitável” em entrevista à GloboNews, alegando que não poderia cumprir todas as atividades previstas.
Já Fernando Haddad, titular da Fazenda, optou por permanecer em Brasília para monitorar a possível votação, na Câmara dos Deputados, do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil. Segundo o ministro, a expectativa de deliberação na próxima semana exige acompanhamento direto da equipe econômica.
Agenda em Nova York
O cronograma oficial prevê que Lula participe da Cúpula sobre o Futuro, do debate geral da Assembleia da ONU e de reuniões paralelas com chefes de Estado. A comitiva também deverá tratar de temas ambientais, igualdade de gênero e pautas indígenas, áreas correspondentes às pastas dos ministros presentes.
Apesar da redução no número de ministros, o Palácio do Planalto mantém a programação intacta. Interlocutores do governo afirmam que a ausência de Padilha não compromete discussões sobre saúde pública, pois o tema estará representado pela assessoria técnica da pasta. Da mesma forma, o Ministério da Fazenda enviará secretários para eventuais encontros econômicos.
Repercussão e custos
A decisão do governo norte-americano de restringir a circulação de Padilha ocorre em meio à política migratória mais rigorosa adotada pela administração de Donald Trump, reeleito em 2024. A medida evidenciou diferenças diplomáticas entre Brasília e Washington, ainda que os dois países mantenham cooperação em áreas estratégicas.
Do ponto de vista orçamentário, a Secretaria-Geral da Presidência não detalhou o custo estimado da viagem, mas ressaltou que despesas com diárias e passagens seguem os parâmetros definidos pelo decreto nº 11.850/2023, que limita gastos de missões internacionais.


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Imagem: Camila Abrão Vinicius Macia
Perspectiva política
Internamente, parlamentares da oposição destacam que as ausências reforçam críticas sobre o tamanho das delegações do governo e o eventual impacto financeiro das viagens. Aliados do Planalto, por outro lado, minimizam o efeito dos desfalques e apontam que a presença de cinco ministros já assegura representatividade suficiente.
Nos bastidores, a expectativa é de que Lula concentre sua fala na ONU em temas como mudanças climáticas, combate à fome e defesa da democracia. Observadores veem a viagem como oportunidade para o presidente consolidar a imagem de liderança regional, mesmo sem parte da equipe econômica e sanitária.
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Em resumo, a delegação brasileira viajará a Nova York com cinco ministros após as desistências de Alexandre Padilha e Fernando Haddad. A agenda na ONU prossegue sem alterações, mas as restrições impostas pelos EUA e as prioridades econômicas em Brasília modificaram a formação inicial da equipe. Acompanhe nossa cobertura e receba atualizações em tempo real.
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