Aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enxergam nas manifestações realizadas neste domingo, 21, um instrumento para sustar o avanço da proposta de anistia a investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 e da chamada PEC da Blindagem, que garante foro privilegiado ampliado a parlamentares. Os protestos, convocados por centrais sindicais, partidos de esquerda e artistas, ocorreram em pelo menos dez capitais e foram apontados por governistas como um “divisor de águas” capaz de reordenar a pauta legislativa.
Atos em capitais concentram discurso contra anistia
No Rio de Janeiro e em São Paulo, cidades que registraram os maiores públicos, os manifestantes pediram ao Senado que rejeite a PEC da Blindagem e cobraram o arquivamento do projeto de anistia que tramita na Câmara. Em Brasília, onde o ato reuniu dirigentes partidários e membros do governo, os grupos também defenderam a mudança da escala 6 por 1, a correção da tabela do Imposto de Renda para rendimentos de até R$ 5 mil e outras iniciativas alinhadas ao Planalto.
O deputado Paulo Pimenta (PT-RS), ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social, declarou que “o apoio ao presidente Lula é o guarda-chuva” que reúne reivindicações trabalhistas e demandas por benefícios. Segundo ele, mesmo com pautas diversas, o resultado final fortalece o que chamou de “campo popular e democrático”.
Já o líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), afirmou que os atos representam “uma virada na pauta”, pois, a seu ver, a anistia, a PEC da Blindagem e propostas de revisão de penas “perdem força” diante da pressão de rua. Ele disse esperar que a mobilização facilite a aprovação de projetos considerados prioritários pelo governo.
Estratégia governista foca em travar PEC e mobilizar bancada
Nos bastidores, parlamentares da base avaliam que a oposição, ao insistir em proteger políticos processados, abre espaço para o Palácio do Planalto negociar outras matérias. Segundo fontes, a orientação é usar o termômetro das ruas para reforçar o argumento de que o Congresso deve priorizar temas de impacto social, afastando-se de qualquer iniciativa vista como medida de autoproteção.
No ato de Brasília, o ex-ministro José Dirceu criticou o que classificou como “paralisação do Congresso” para votar “impunidade”, enquanto projetos como a isenção do Imposto de Renda, o vale-gás e subsídios na conta de luz aguardam deliberação. “Eles bloqueiam benefícios à população e travam o País para votar a PEC da impunidade”, disse.
Embora governistas celebrem o resultado das manifestações, a oposição minimiza o alcance dos protestos e sustenta que a anistia visa garantir tratamento isonômico a todos os envolvidos nos atos de 8 de janeiro. Líderes oposicionistas afirmam ainda que o texto da PEC da Blindagem corrige lacunas sobre imunidade parlamentar, evitando o que consideram interferência do Judiciário em matérias políticas.
Cenário no Congresso segue indefinido
Mesmo com a leitura otimista do Planalto, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não se comprometeu a engavetar a PEC. No início de abril, ele sinalizou que pretende ouvir lideranças e avaliar o clima no plenário antes de pautar a proposta. Na Câmara, o projeto de anistia continua na Comissão de Constituição e Justiça, e ainda não há data para votação em plenário.


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Imagem: Internet
Aliados do governo defendem que a mobilização popular permaneça, sobretudo nas redes sociais, para manter “luz” sobre as propostas. Deputados da base acreditam que, sem pressão externa, a articulação contrária à anistia pode perder força na reta final das discussões.
Próximos passos
A expectativa dos governistas é prolongar o debate nas comissões, postergando a análise no plenário até que o desgaste político torne inviável a aprovação da anistia e da PEC da Blindagem. Para isso, pretendem intensificar o diálogo com bancadas temáticas e reforçar o discurso de que o foco do Congresso deve estar em agendas econômicas, fiscais e sociais.
Por ora, a oposição conta com o apoio de parte do Centrão para levar adiante a PEC, enquanto o governo busca convencer líderes partidários de que a matéria tem baixo respaldo popular. O andamento dos projetos, portanto, dependerá da capacidade de cada lado em manter ou ampliar suas bases de apoio nas próximas semanas.
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Em resumo, as manifestações deste domingo foram usadas pelo Palácio do Planalto como termômetro para frear propostas de anistia e blindagem parlamentar. Resta saber se a pressão das ruas se traduzirá em votos suficientes para barrar definitivamente esses projetos. Continue acompanhando nossas atualizações e compartilhe este conteúdo para manter mais pessoas informadas.
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