Quem produz no campo brasileiro passa a contar com um aliado de alta velocidade: a conectividade via satélite da Starlink, da SpaceX. A fabricante nacional Stara confirmou que suas máquinas sairão de fábrica, a partir do primeiro semestre de 2026, equipadas com terminais que ligam tratores e pulverizadores diretamente à constelação de satélites de Elon Musk. A iniciativa segue acordos já firmados pela americana John Deere e pela italiana CNH, colocando o Brasil no centro de uma revolução tecnológica que dispensa a infraestrutura tradicional de redes móveis.
Conectividade direta de fábrica
Sediada no Rio Grande do Sul, a Stara é a primeira montadora brasileira de máquinas agrícolas a adotar a solução da Starlink. Segundo o diretor-presidente Átila Stapelbroek Trennepohl, o acesso à internet de baixa órbita representa “um marco comparável ao surgimento da internet urbana há 25 anos”, possibilitando a plena utilização dos recursos de agricultura de precisão já instalados em seus equipamentos.
Entre as funções que passam a operar em tempo real estão o monitoramento remoto da frota, a sincronização de máquinas durante plantio, distribuição e pulverização, além do suporte técnico à distância. Sem dependência de torres 4G ou 5G, o produtor recebe dados sobre desempenho, alertas de manutenção e mapas agronômicos imediatamente, mesmo em regiões isoladas.
Cobertura limitada impulsiona adoção
O avanço da agricultura de precisão esbarra, hoje, na escassez de sinal móvel no interior. Levantamento da ConectarAgro e da Universidade Federal de Viçosa indica que apenas 33,9 % da área dedicada à atividade agrícola dispõe de 4G ou 5G. Em culturas estratégicas, a lacuna é ainda mais evidente: 67 % das áreas de soja operam sem cobertura avançada. No Mato Grosso, líder nacional do grão, o índice cai para 18,15 %; em Formosa do Rio Preto (BA), principal polo do Matopiba, a penetração atinge apenas 2 %.
A opção por antenas terrestres também enfrenta entraves de custo e logística. Nesse cenário, o terminal compacto da Starlink — alimentado pela própria máquina — chega como alternativa viável, reforçando a independência do produtor perante limitações de infraestrutura estatal.
Gigantes internacionais já aderiram
A Stara segue os passos de dois gigantes globais. A John Deere foi pioneira ao anunciar, no segundo semestre de 2024, a instalação de kits Starlink em equipamentos novos e em parte da frota já entregue no Brasil e nos Estados Unidos. Para Aaron Wetzel, vice-presidente de agricultura de precisão da empresa, a conectividade total “aumenta produtividade e rentabilidade ao permitir operações altamente coordenadas dentro de janelas de tempo estreitas”.
Em maio de 2025, a CNH Industrial — controladora das marcas Case IH e New Holland — também se uniu à Starlink. A parceria integra a plataforma digital FieldXplorer, que usa inteligência artificial para transformar imagens de drones em mapas de prescrição de pulverização. Com a transmissão quase instantânea dos dados, agricultores aplicam defensivos mais cedo e com maior precisão, fator determinante para elevar o rendimento das lavouras.
Benefícios práticos para o produtor
Nos três casos, a lógica é a mesma: levar banda larga estável ao centro das operações agrícolas, onde falhas de sinal comprometem gestão, logística e sustentabilidade. A internet via satélite:


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Imagem: criada utilizando o Dall-E
- viabiliza telemetria em tempo real, reduzindo paradas não programadas;
- possibilita atualizações de software over-the-air, sem deslocamento de equipes de manutenção;
- amplia a precisão na aplicação de insumos, diminuindo desperdícios e impactos ambientais;
- melhora a segurança de dados, graças à comunicação criptografada provida pela Starlink.
O reflexo esperado, de acordo com os fabricantes, é maior produtividade por hectare e redução de custos operacionais — pontos cruciais para manter a competitividade do agronegócio brasileiro nos mercados interno e externo.
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Com a iniciativa da Stara e o avanço das grandes multinacionais, a internet via satélite consolida-se como solução de mercado capaz de suprir falhas históricas de infraestrutura nas regiões rurais. A adoção em larga escala tende a acelerar a modernização do campo, fortalecendo a autonomia do produtor e ampliando a competitividade do setor no cenário global.
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