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Marina Silva insiste na COP30 em Belém e admite não ter plano alternativo após veto ambiental

Política

Brasília, 11 de março – A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, reafirmou nesta segunda-feira que a 30ª Conferência do Clima da ONU (COP30) será realizada em Belém (PA) em novembro, apesar das críticas sobre a infraestrutura local e da escalada nos preços de hospedagem.

Hospedagem com preços até dez vezes maiores

Segundo a própria ministra, o governo acompanha “de perto” a disputa por leitos na capital paraense. Marina reconheceu que a cidade dispõe de número suficiente de quartos, porém considerou “inaceitável” a cobrança de tarifas até dez vezes superiores às praticadas normalmente. Esse cenário tem levantado questionamentos sobre a viabilidade econômica do encontro para delegações estrangeiras, imprensa e participantes da sociedade civil.

Mesmo diante da turbulência, a ministra manteve o discurso oficial de que a COP30 deverá marcar um “avanço” nas negociações climáticas. Ela reiterou a meta de mobilizar US$ 1,3 trilhão por ano, entre 2025 e 2035, para financiar a transição energética global. O valor representa mais que o quadruplo dos US$ 300 bilhões ratificados na conferência anterior. Para Marina, o evento deve ser lembrado pelo aumento desse aporte financeiro, não pelos desafios logísticos que vêm chamando atenção do setor privado e do Legislativo.

Veto a trechos do licenciamento gera tensão no Congresso

Outro ponto sensível abordado pela ministra foi o veto parcial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao projeto de lei que revisa o licenciamento ambiental. O texto vetado anulava dispositivos considerados essenciais por produtores rurais, empreendedores e governadores que buscam acelerar investimentos em obras de infraestrutura.

Marina argumentou que o veto seguiu diretrizes definidas com a Casa Civil e a Secretaria de Relações Institucionais. Entre as “linhas vermelhas” defendidas pelo ministério estão: manter a consulta a povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais; resguardar a segurança jurídica; e impedir que competências sejam retiradas dos órgãos licenciadores.

Parlamentares da base ruralista avaliam derrubar os vetos para destravar empreendimentos estratégicos. Marina advertiu que uma eventual reversão criaria insegurança jurídica, prejudicaria o acordo União Europeia–Mercosul e comprometeria as metas de redução de emissões assumidas pelo Brasil no Acordo de Paris.

Questionada sobre alternativas caso o Congresso derrube a decisão presidencial, a ministra respondeu que “não há plano B” e insistiu que “o plano A deve ser o plano de todos”. A declaração reforça o impasse entre governo federal e Legislativo, deixando investidores sem clareza sobre o cenário regulatório.

Transição energética versus exploração de petróleo

Em meio ao debate sobre combustíveis fósseis, Marina voltou a comentar a possível exploração de petróleo na Bacia da Foz do Amazonas, região localizada entre Amapá e Pará com volume estimado em bilhões de barris. Embora defenda a transição energética, a ministra pregou um “caminho do meio” e enfatizou que países desenvolvidos deveriam liderar o abandono do petróleo. O processo ainda passa por análise no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), enquanto o presidente Lula já expressou apoio à perfuração.

A indefinição gera expectativa no setor de óleo e gás, que vê no bloco da Foz do Amazonas uma oportunidade de ampliar a produção nacional. Ativistas ambientais, por sua vez, tentam barrar novas fronteiras exploratórias. Ao optar por não se opor frontalmente ao projeto, Marina busca equilibrar interesses econômicos e ambientais, mas deixa o mercado em compasso de espera.

Crítica ao recuo norte-americano no Acordo de Paris

Marina Silva também lamentou a decisão dos Estados Unidos de deixar novamente o Acordo de Paris, classificando a saída como “infelizmente, desgraçadamente”. Na visão da ministra, a ausência do segundo maior emissor do planeta não impedirá o restante do mundo de exigir compromissos climáticos robustos.

A crítica foi direcionada a Washington, mas tem implicações diretas para o Brasil. Sem a participação norte-americana, a pressão sobre nações emergentes pode aumentar, especialmente no tocante à liberação de recursos internacionais que sustentem metas de descarbonização e programas de preservação florestal.

Desafios para Belém e para o bolso do contribuinte

Com pouco mais de sete meses até a abertura da COP30, o governo ainda precisa apresentar soluções concretas para a hospedagem, o transporte urbano e a segurança de chefes de Estado, diplomatas e visitantes. As críticas sobre “turismo de preços” em Belém sugerem risco de custos adicionais ao erário, já que o Executivo poderá ser levado a subsidiar parte da logística para evitar constrangimentos internacionais.

A insistência em realizar a conferência na capital paraense, sem plano de contingência público, expõe a gestão federal a questionamentos sobre prioridade de gastos. Enquanto Marina Silva aposta na “memória” de grandes anúncios climáticos, setores produtivos temem que a conta dessas ambições acabe sendo repassada à economia real — seja pela insegurança regulatória do licenciamento, seja pelos custos de infraestrutura que ainda não foram plenamente divulgados.

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