Ozzy Osbourne, vocalista original do Black Sabbath e figura central do heavy metal, morreu nesta terça-feira (22) aos 76 anos. O músico britânico, nascido John Michael Osbourne em Birmingham, ganhou o apelido de “Príncipe das Trevas” durante uma trajetória marcada por sucessos, excessos e situações inusitadas que ultrapassaram os limites do palco.
Carreira, influência e legado
Osbourne alcançou projeção internacional na década de 1970 como líder do Black Sabbath, banda considerada pioneira do heavy metal. Clássicos como “Paranoid”, “War Pigs” e “Iron Man” consolidaram a sonoridade pesada e sombria que influenciou gerações de artistas. Após deixar o grupo em 1979, o cantor iniciou carreira solo com o álbum “Blizzard of Ozz”, que manteve a popularidade e introduziu sucessos como “Crazy Train”.
Ao longo de cinco décadas, o artista vendeu mais de 100 milhões de discos somando as fases no Black Sabbath e na carreira solo. Em 2006, recebeu a distinção de Ícone Global no UK Music Hall of Fame e, em 2010, conquistou uma estrela no Hollywood Walk of Fame. Mesmo diante de problemas de saúde, Osbourne permaneceu ativo até 2022, quando fez apresentação no intervalo de uma partida da NFL em Los Angeles.
Incidentes que marcaram a vida do cantor
Além da música, Osbourne ficou mundialmente conhecido por episódios extremos, muitas vezes relacionados ao abuso de álcool e outras substâncias. A seguir, os fatos que ganharam repercussão:
Mordida em pombas (1981) – Durante reunião com executivos da CBS, o cantor deveria soltar pombas como gesto de paz. Embriagado, arrancou a cabeça de uma ave com os dentes e, em seguida, repetiu o ato com outra. O choque foi imediato e comprometeu a relação com a gravadora.
Morcego no palco (1982) – Em show nos Estados Unidos, um fã arremessou um morcego vivo. Pensando ser um brinquedo, Osbourne mordeu o animal. A necessidade de vacinas contra raiva virou manchete mundial e a imagem passou a simbolizar sua persona no rock.
Tubarão em quarto de hotel (anos 1970) – Em turnê, levou um tubarão morto para o quarto, onde o desmembrou e espalhou sangue pelas paredes. O guitarrista Tony Iommi, presente na ocasião, relatou o ocorrido anos depois.
Spray tóxico em Bill Ward (1972) – Durante estadia em Los Angeles, aplicou um aerosol desconhecido no baterista do Black Sabbath, que desmaiou logo depois. O próprio Osbourne contou a história à revista Rolling Stone, atribuindo o incidente ao consumo excessivo de substâncias.
Prisão no Alamo (década de 1980) – Detido em San Antonio por urinar em um monumento histórico, recebeu banimento de dez anos da cidade. O veto só foi suspenso em 1992 após pedido público de desculpas e doação de US$ 10 mil para preservação do local.
Desafio com Mötley Crüe (década de 1980) – Em competição de “loucura” com integrantes da banda, cheirou uma fileira de formigas na calçada e, em seguida, lambeu urina do baixista Nikki Sixx. O episódio foi confirmado pelo baterista Tommy Lee.
Ataque a Sharon Osbourne (1989) – Sob efeito de drogas, tentou estrangular a esposa enquanto afirmava que “era a hora”. Sharon acionou a polícia, e o cantor passou meses internado. O casal permaneceu junto após o incidente.
Repercussão da morte
Até o momento, familiares, antigos colegas de banda e admiradores prestam homenagens nas redes sociais, ressaltando a contribuição de Osbourne à música pesada. Além das mensagens de luto, muitos fãs relembram os episódios descritos, que ajudaram a construir a imagem controversa do artista.
Com a morte de Ozzy Osbourne, encerra-se um capítulo fundamental na história do rock. Sua discografia permanece como referência, enquanto os relatos de excessos reforçam a lenda em torno do “Príncipe das Trevas”.


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