O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, exaltou nesta sexta-feira, 26, o pronunciamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada em Nova York. Segundo Padilha, a fala do chefe do Executivo funcionou como “uma vacina” que teria bloqueado qualquer protagonismo de líderes classificados por ele como negacionistas.
Padilha relaciona discurso a combate a “negacionismo”
Durante cerimônia no Palácio do Planalto, Padilha afirmou que Lula “aplicou uma vacina em toda a Assembleia” ao defender democracia, soberania e combate a desigualdades. O ministro, que não viajou a Nova York, declarou que essa foi sua primeira reunião presencial com o presidente desde o retorno da comitiva brasileira.
Padilha também comentou o breve encontro entre Lula e o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump nos bastidores da ONU. Na avaliação do ministro, houve “química” entre os dois porque, segundo ele, o mandatário brasileiro demonstrou que o país “será respeitado sem abaixar a cabeça”.
No plenário das Nações Unidas, Lula criticou sanções unilaterais que limitam a autonomia de Estados soberanos e destacou que “democracia e soberania são inegociáveis”. Essas declarações, reforçou Padilha, teriam sinalizado que o Brasil pretende atuar em foros multilaterais sem aceitar pressões externas.
Restrição de circulação nos EUA e sanção relacionada ao Mais Médicos
Apesar de possuir visto diplomático, Padilha disse ter enfrentado limitações de circulação determinadas pelo governo norte-americano. O ministro recebeu autorização apenas para transitar em quarteirões próximos à sede da ONU e relatou impossibilidade de participar da reunião da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em Washington, marcada para o fim de setembro.
As restrições decorrem de uma sanção aplicada pelos Estados Unidos em razão do programa Mais Médicos, executado entre 2013 e 2018, quando parte dos pagamentos de profissionais cubanos era repassada diretamente ao governo de Cuba. O Departamento de Estado norte-americano considerou que o modelo violava normas trabalhistas internacionais, impondo limitações de deslocamento a autoridades brasileiras envolvidas na gestão do projeto.
Anúncio de R$ 1,6 bilhão para municípios da Bacia do Rio Doce
No mesmo evento, o Ministério da Saúde confirmou investimento de R$ 1,6 bilhão destinado a 48 municípios da Bacia do Rio Doce e do Litoral Norte Capixaba. Os recursos deverão financiar obras, aquisição de equipamentos e expansão de serviços de saúde básica na região afetada pelo rompimento da barragem de Mariana, em 2015.
A solenidade contou com a presença de outros integrantes do primeiro escalão, como Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Alexandre Silveira (Minas e Energia), Jorge Messias (Advocacia-Geral da União), Márcio Macêdo (Secretaria-Geral) e Macaé Evaristo (Igualdade Racial), além de representantes de movimentos sociais que acompanharam a assinatura dos termos de compromisso.


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Imagem: Ricardo Stuckert
Conexão política entre Planalto e EUA permanece sensível
A menção de Padilha às barreiras impostas pelos Estados Unidos evidencia o caráter ainda delicado da relação entre Brasília e Washington. Enquanto Lula buscou destacar autonomia nacional em seu discurso, parte do governo brasileiro continua sujeita a sanções herdadas de programas anteriores. O episódio ressalta divergências sobre temas como direitos trabalhistas e presença de profissionais estrangeiros em território nacional.
Ao mesmo tempo, o encontro casual com Trump indica que o Planalto pretende dialogar com distintos espectros políticos norte-americanos, estratégia considerada necessária para avançar em acordos comerciais e pautas ambientais no Congresso dos EUA.
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Em síntese, o governo aproveitou a cerimônia para reforçar a narrativa de protagonismo internacional, destacar investimentos em saúde pública e expor tensões bilaterais com os Estados Unidos. Continue acompanhando nossas publicações e receba alertas em tempo real sobre os próximos desdobramentos.
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