Brasília, 3 out. 2025. As denúncias sobre restrições à liberdade de expressão e perseguições políticas no Brasil ultrapassaram as fronteiras nacionais. O português António Tânger, presidente da Comissão de Direitos Humanos do Parlamento Europeu, recebeu em Bruxelas um dossiê de representantes brasileiros com relatos de censura, judicialização de opiniões e uso de medidas coercitivas contra opositores. O parlamentar informou que encaminhará o material para análise formal da casa, com o objetivo de identificar autores e medidas responsáveis pelo avanço estatal sobre direitos fundamentais.
Eurodeputados examinam cenário brasileiro
Segundo Tânger, o relatório aponta decisões judiciais que bloquearam perfis em redes sociais, determinaram prisões preventivas sem trânsito em julgado e restringiram manifestações pacíficas. O documento lista autoridades do Judiciário envolvidas nos processos, solicita transparência sobre os critérios adotados e pede posicionamento firme da União Europeia em defesa dos direitos civis no Brasil.
A movimentação europeia foi motivada por associações de juristas e parlamentares brasileiros que veem desequilíbrio entre poderes e enxergam risco à separação institucional. Para eles, a crescente intervenção de cortes superiores em debates políticos compromete o livre exercício da cidadania. Tânger declarou que pretende ouvir todos os lados antes de propor eventuais sanções ou recomendações, mas destacou que “o Parlamento não permanecerá inerte diante de violações de direitos básicos”.
Tagliaferro aguarda definição em Catanzaro
O empresário Eduardo Tagliaferro, um dos nomes citados em inquéritos conduzidos pelo ministro Alexandre de Moraes, permanece na província de Catanzaro, sul da Itália, até que a Justiça local decida sobre o pedido de extradição apresentado pelo Supremo Tribunal Federal. Embora Moraes tenha requisitado prisão imediata, o Judiciário italiano rejeitou a medida, exigindo apenas a entrega do passaporte e a permanência do investigado dentro dos limites provinciais.
Tagliaferro cumpre as exigências, vive como refugiado político de fato e aguarda os desdobramentos. Caso a extradição seja negada em definitivo, o brasileiro poderá requerer asilo formal sob alegação de perseguição por opinião. A escolha de Catanzaro, cidade litorânea com patrimônio histórico e cultural, foi estratégica: a região oferece infraestrutura adequada e fica distante dos grandes centros, reduzindo exposição e riscos.
Setor privado gaúcho investe R$ 400 milhões em tecnologia
Enquanto o debate institucional se acirra, gaúchos mostram mais uma vez disposição para assumir responsabilidades que, em tese, caberiam ao Estado. Empresários do Rio Grande do Sul anunciaram aporte de R$ 400 milhões no Instituto de Tecnologia e Computação (Itec), em Gravataí. Os recursos financiarão bolsas integrais para jovens de baixa renda em regime de internato, reforçando a formação de mão de obra em ciência de dados e inteligência artificial.
O terreno de 20 hectares recebeu infraestrutura completa por parte da prefeitura local: energia, água e vias de acesso. A exigência para obtenção da bolsa é simples e justa — comprovação de renda familiar limitada. A iniciativa segue o exemplo de pontes reconstruídas pela comunidade após enchentes, confirmando a cultura regional de buscar soluções sem depender da máquina pública.


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Imagem: Miguel A. Lopes
Deputada integra flotilha pró-Hamas e critica Israel
Em outro front, a deputada federal Luizianne Lins, do Ceará, participou de flotilha organizada por ativistas internacionais que desafiaram o bloqueio marítimo israelense à Faixa de Gaza. A embarcação foi interceptada pela marinha de Israel, responsável por impedir envio de armas ao grupo terrorista Hamas. Nas redes sociais, Lins afirmou ter sido “sequestrada”, ecoando declarações de Greta Thunberg, também presente na iniciativa.
Israel mantém a barreira naval para dificultar o rearmamento do Hamas, organização que ainda detém reféns do ataque de 7 de outubro de 2023, quando 1,2 mil civis israelenses foram assassinados. Governos ocidentais classificam o movimento como terrorista; mesmo assim, a flotilha alega levar auxílio humanitário. Fatos ignorados pelos ativistas incluem o fornecimento diário de eletricidade, água e empregos a moradores de Gaza pela própria Israel, bem como a diferença salarial — seis vezes maior — recebida por palestinos que trabalham legalmente em território israelense.
O avanço das discussões em Bruxelas, a situação jurídica de Tagliaferro e o contraste entre ações privadas e iniciativas ideológicas compõem o retrato de um Brasil em que liberdades individuais e responsabilidade civil permanecem em debate constante. Para acompanhar outras pautas sobre o cenário político nacional, acesse a seção dedicada em Política.
Em síntese, o Parlamento Europeu observa de perto o respeito às liberdades no Brasil, enquanto casos concretos, como o de Tagliaferro, ganham contornos internacionais. A iniciativa gaúcha de investir em educação tecnológica mostra que soluções podem nascer fora do Estado, e o episódio da flotilha ressalta as diferentes narrativas presentes no debate global. Continue informado e participe: compartilhe este conteúdo e acompanhe nossas próximas atualizações.
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