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Pesquisa revela que 64% dos brasileiros rejeitam anistia a presos de 8 de Janeiro

Política

Levantamento do instituto PoderData indica que a maioria da população permanece firme contra a anistia aos detidos pelos atos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. A pesquisa, aplicada entre 27 e 29 de setembro com 2.500 entrevistados em 178 municípios, mostra que 64% dos brasileiros rejeitam o perdão. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Rejeição majoritária entre eleitores de Lula e Bolsonaro

O estudo revela convergência incomum entre os dois maiores grupos eleitorais do país. Entre os que optaram por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição de 2026, 74% são contrários à anistia, enquanto 20% se mostram favoráveis e 6% não souberam responder. Já no segmento que votou em Jair Bolsonaro (PL), 55% rejeitam o perdão, 33% aprovam e 12% não têm opinião formada.

A discrepância na intensidade da rejeição é notável. O índice de oposição ao benefício é 19 pontos percentuais maior entre lulistas (74%) do que entre bolsonaristas (55%). Ainda assim, em ambos os grupos a maioria condena a medida.

Mudança expressiva de opinião entre lulistas

Nos últimos meses, o comportamento dos eleitores de Lula apresentou significativa oscilação. Em março de 2025, 37% desse público defendiam a anistia, contra 54% que se posicionavam contra. Passados seis meses, a parcela favorável despencou para 20%, enquanto a resistência saltou para 74%, crescimento de 20 pontos percentuais.

Entre os bolsonaristas, a variação ocorreu dentro da margem de erro. O apoio ao perdão recuou levemente de 36% para 33% entre março e setembro, ao passo que a rejeição avançou de 49% para 55%, aumento de seis pontos.

Tendência nacional: perdão em queda, reprovação em alta

No agregado dos entrevistados, a postura contrária ao perdão ganhou força. Em março, 51% da população era contra a anistia; agora, são 64%. O apoio, que antes atingia 41%, caiu para 26%. Esse movimento mostra avanço de 13 pontos percentuais na desaprovação em apenas meio ano.

O recorte etário também apresenta nuances. Jovens de 16 a 24 anos registraram 60% de rejeição, enquanto eleitores com 60 anos ou mais alcançaram 68%. Nas regiões brasileiras, o Nordeste lidera a oposição (69%), seguido pelo Sudeste (63%), Sul (62%), Centro-Oeste (60%) e Norte (59%).

Contexto político e jurídico

O debate sobre anistia voltou à pauta após diversos parlamentares apresentarem projetos de lei que buscam extinguir ou abrandar as penas dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. O tema ganhou ainda mais destaque depois do julgamento no Supremo Tribunal Federal que, em 2025, condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por suposto envolvimento na mobilização. As decisões do STF estabeleceram penas que vão de oito a 30 anos para diferentes réus e têm sido usadas como parâmetro nos tribunais inferiores.

Paralelamente, advogados dos acusados e entidades civis argumentam que as punições seriam desproporcionais e que a anistia traria pacificação social. Do outro lado, parlamentares governistas e parte expressiva da sociedade alegam que o perdão significaria impunidade e desrespeito às instituições. A pesquisa PoderData evidencia que a opinião pública se aproxima desta segunda posição.

Detalhes metodológicos

Para chegar aos resultados, o PoderData entrevistou 2.500 pessoas com 16 anos ou mais em todos os estados brasileiros, utilizando ligações para telefones fixos e celulares. A amostra é estratificada por sexo, idade, renda, escolaridade e região, garantindo representatividade nacional. O índice de confiabilidade é de 95%.

Segundo o instituto, as variações observadas entre março e setembro indicam tendência de consolidação contrária à anistia. Especialistas consultados pelo PoderData apontam o endurecimento das sentenças judiciais, a exposição midiática dos depoimentos e a falta de consenso no Congresso como fatores que influenciam a opinião popular.

O cenário atual dificulta a aprovação de qualquer proposta de anistia no Legislativo. Com 64% da população contra, parlamentares calculam o custo político de apoiar uma matéria impopular em ano pré-eleitoral. Dessa forma, o debate deve se arrastar, enquanto o Judiciário mantém sua agenda de julgamentos relacionados aos fatos de 8 de janeiro.

Para acompanhar outras movimentações no Congresso sobre o tema, acesse a cobertura em Política e fique por dentro dos desdobramentos.

Em síntese, a pesquisa PoderData confirma que o sentimento majoritário é de repúdio à anistia dos presos de 8 de janeiro, postura compartilhada tanto por lulistas quanto por bolsonaristas. Continue acompanhando nossas atualizações e participe do debate nos comentários.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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