Brasília, 3 de outubro de 2025. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, declarou que “tresloucados brasileiros” teriam tentado ameaçar ou intimidar autoridades nacionais durante as tratativas sobre a suposta tentativa de golpe de Estado atribuída ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A afirmação foi feita em entrevista publicada nesta sexta-feira e ocorre em meio à possibilidade de Rodrigues entrar na lista de sanções do presidente norte-americano Donald Trump.
Sanções dos EUA entram no radar
Segundo Rodrigues, Washington avalia aplicar a Lei Magnitsky para punir agentes envolvidos nos processos contra Bolsonaro. O magistrado Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), já foi citado como alvo dessa iniciativa, e o comando da Polícia Federal pode ser o próximo na lista. Trump também anunciou um tarifaço de 50% sobre as importações brasileiras, medida que, de acordo com comunicado oficial, responde ao julgamento do ex-chefe do Executivo classificado pela Casa Branca como “caça às bruxas”.
O diretor-geral da PF disse ver ingerência externa na política interna do país. “Esse é um momento que há de passar, de um outro país achar que pode intervir em questões internas do Brasil”, afirmou. A declaração foi acompanhada de críticas a brasileiros que estariam no exterior tentando influenciar decisões de autoridades estrangeiras.
Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo no centro do debate
Rodrigues apontou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo como responsáveis por buscar apoio nos Estados Unidos para contestar a condenação de Jair Bolsonaro. Ambos viajaram ao país no primeiro semestre de 2025 alegando atuar em defesa do ex-presidente.
Em função dessa iniciativa, a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou os dois por suposta coação no curso do processo. Na quinta-feira (2), o ministro Alexandre de Moraes solicitou à PGR manifestação sobre pedido de prisão preventiva feito pelos deputados Lindbergh Farias (PT-RJ) e Talíria Petrone (PSOL-RJ). Para os parlamentares, a medida seria necessária para preservar a ordem pública, a ordem econômica, a instrução criminal e a aplicação da lei penal.
Base probatória sob questionamento
As investigações que embasaram a condenação de Bolsonaro incluem imagens de câmeras de segurança, registros de estações de rádio-base e a delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Rodrigues defendeu a solidez do inquérito: “Antes da delação vêm as câmeras de segurança; depois se vê pelas estações de rádio-base que essa pessoa sai do Palácio do Planalto e vai para o Palácio da Alvorada. A isso se soma a delação do ajudante de ordens, que confirma a reunião”.
Críticos, contudo, apontam inconsistências no uso da colaboração de Cid como elemento central da acusação, argumentando que a própria PF reconhece dependência do acordo de delação para fechar a narrativa investigativa.
PF mantém posição firme apesar das pressões
À frente da Polícia Federal desde o início do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Andrei Rodrigues alterna declarações mais duras e momentos de cautela quando trata dos atos de 8 de janeiro de 2023. Ele classifica a data como o ápice de uma tentativa de ruptura institucional. O diretor garante que a corporação continuará exercendo seu papel “independentemente de pressões externas ou internas”.


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Imagem: Fernando Frazão
Apesar da fala pública, a possível inclusão de Rodrigues na lista de sanções dos Estados Unidos cria novo foco de tensão entre Brasília e Washington. Nos bastidores, diplomatas admitem que eventuais punições podem afetar acordos comerciais e de segurança firmados entre os dois países.
Disputa política extrapola fronteiras
A participação de agentes políticos brasileiros em articulações no exterior evidencia a internacionalização do embate em torno do julgamento de Jair Bolsonaro. Para aliados do ex-presidente, buscar respaldo fora do país é estratégia legítima ante o que consideram perseguição. Já setores governistas acusam a direita de tentar desestabilizar instituições brasileiras.
Enquanto o impasse se prolonga, há expectativa sobre o posicionamento da PGR em relação ao pedido de prisão preventiva de Eduardo Bolsonaro. A decisão poderá ampliar a disputa entre Legislativo, Judiciário e Executivo, além de influenciar o debate público sobre liberdades civis e separação de Poderes.
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Em resumo, a declaração do diretor-geral da Polícia Federal intensifica a tensão entre atores nacionais e internacionais envolvidos no caso Bolsonaro. Fique atento às próximas movimentações e participe deixando sua opinião nos comentários.
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