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Polícia italiana leva ex-assessor de Moraes a delegacia em Roma

Política

ROMA, 1º de outubro de 2025 – O perito brasileiro Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi conduzido pela polícia italiana a uma delegacia da capital na manhã desta quarta-feira. A informação foi confirmada à reportagem por seu advogado, Eduardo Kuntz.

Medida cautelar restringe circulação

De acordo com a defesa, a equipe da Polizia di Stato executou uma medida cautelar que impõe restrições de circulação ao ex-assessor. O documento oficial, com detalhes sobre o motivo da detenção, ainda não foi entregue aos advogados. Kuntz afirmou esperar a liberação do cliente nas próximas horas, assim que o trâmite administrativo for concluído.

Tagliaferro reside na Itália desde 2023. Mesmo fora do Brasil, ele vem participando de audiências remotas em comissões da Câmara dos Deputados e do Senado, onde apresenta denúncias de supostos abusos cometidos por Moraes. Segundo o perito, o ministro teria usado a estrutura do TSE para sustentar investigações no Supremo Tribunal Federal (STF) e, durante as eleições de 2022, atuado politicamente contra candidatos e influenciadores alinhados à direita.

Investigações no Brasil e pedido de extradição

No STF, Tagliaferro é investigado pelo vazamento de mensagens internas trocadas entre servidores dos gabinetes de Moraes no Supremo e no TSE. Essas conversas serviram de base para reportagens publicadas pela imprensa em 2024, episódio que ficou conhecido como “Vaza Toga”. Na visão da Corte, o ex-assessor teria repassado informações sigilosas com finalidade política.

Em resposta, Moraes solicitou formalmente a extradição do ex-assessor, alegando quebra de sigilo funcional e colaboração com terceiros para influenciar o debate público. Juristas consultados por veículos brasileiros, entretanto, avaliam que a legislação italiana pode negar o pedido, já que o país costuma proteger denunciantes de possíveis abusos institucionais – categoria na qual Tagliaferro busca se enquadrar.

Denúncias repercutem no Congresso

Em 24 de setembro, o perito compareceu de forma remota à Subcomissão Especial sobre o Combate à Censura da Câmara. Na ocasião, reiterou acusações de perseguição política, censura a perfis conservadores nas redes sociais e suposta utilização da Justiça Eleitoral para influenciar resultados. Parlamentares da base governista contestaram as declarações, mas a oposição solicitou novas oitivas e acesso integral aos documentos ainda sob sigilo.

No Senado, Tagliaferro também foi ouvido pela Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle. Durante a sessão, afirmou ter sido alvo de campanhas de desinformação e sustentou que abandonou o Brasil por temer represálias. “Não se trata de desavença pessoal, mas de defesa da legalidade”, declarou na videoconferência.

Alcance das restrições na Itália

A medida cautelar aplicada hoje é interpretada pelos defensores como um procedimento de rotina para assegurar a permanência de Tagliaferro em território italiano enquanto tramita o pedido de extradição. Até a expedição da decisão judicial, o perito deve cumprir condições específicas, que podem incluir apresentação periódica às autoridades locais e proibição de deslocamento para fora de Roma sem autorização prévia.

Fontes policiais italianas consultadas pela reportagem confirmaram que não há mandado de prisão ativo. O ato de condução seria, portanto, de natureza administrativa, voltado ao cumprimento de regras de imigração e cooperação jurídica internacional.

Próximos passos no processo

A defesa adiantou que pretende apresentar ao Ministério da Justiça italiano um dossiê que descreve as denúncias de supostos abusos de autoridade praticados por Moraes. O objetivo é reforçar a tese de que o pedido brasileiro tem caráter político, hipótese que, de acordo com tratados vigentes, pode inviabilizar a extradição.

Além disso, os advogados querem anexar registros das audiências no Congresso e cópias dos documentos exibidos pelo ex-assessor, argumentando que o interesse público na divulgação das mensagens justificaria a conduta. Caso a Justiça italiana acate a linha de defesa, Tagliaferro poderá permanecer no país sem risco de deportação enquanto o mérito é analisado.

Reação de autoridades brasileiras

Até o momento, o STF não se manifestou oficialmente sobre a condução do ex-assessor em Roma. Integrantes de gabinetes na Corte afirmam que o pedido de extradição segue em curso e será complementado com as informações fornecidas pela polícia italiana. No âmbito do Executivo, o Ministério das Relações Exteriores acompanha o caso por meio da embaixada em Roma, mas ainda não divulgou nota pública.

Enquanto aguarda a liberação, Tagliaferro segue juridicamente vinculado ao inquérito no STF. Ele deverá ser notificado das próximas diligências por meio de carta rogatória, procedimento comum quando o investigado encontra-se fora do Brasil.

Para acompanhar outras atualizações sobre a movimentação política em Brasília, o leitor pode visitar a seção de Política do nosso portal, onde publicamos análises, relatórios e desdobramentos de processos em andamento.

Em resumo, a condução de Eduardo Tagliaferro pela polícia italiana adiciona um novo elemento ao embate jurídico e político que envolve as acusações contra o ministro Alexandre de Moraes. A decisão sobre eventual extradição caberá às autoridades de Roma, que deverão avaliar se a solicitação brasileira tem fundamentos estritamente legais ou se revela motivação política. Continue acompanhando nossos conteúdos para se manter informado sobre o desenrolar desse caso.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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