São Paulo — O Instituto de Criminalística da Polícia Científica confirmou que o metanol detectado em bebidas alcoólicas falsificadas foi introduzido de forma externa durante o processo de adulteração, descartando a hipótese de ocorrência natural na destilação. A constatação reforça a linha de investigação que aponta para ação criminosa em escala comercial.
Perícia detalha origem da contaminação
Em nota oficial, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que peritos analisam amostras encaminhadas pela Polícia Civil, incluindo rótulos, lacres e recipientes suspeitos. Embora não tenha divulgado o volume de amostras examinadas nem os locais de coleta, a pasta destacou que a substância tóxica não é subproduto de nenhum processo legal de fabricação de bebidas, confirmando a fraude.
Até esta terça-feira (7), o governo paulista registrou 18 intoxicações confirmadas por metanol, com três óbitos. As vítimas fatais são dois homens, de 54 e 46 anos, residentes na capital, e uma mulher de 30 anos, moradora de São Bernardo do Campo. Os casos motivaram ações de fiscalização em todo o estado, concentradas em distribuidoras, bares e fábricas artesanais.
A Polícia Científica já havia confirmado a presença de metanol em bebidas de duas distribuidoras da capital na segunda-feira (6). O delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian, explicou que a investigação trabalha com duas hipóteses: a contaminação acidental, possivelmente por uso de etanol adquirido em postos de combustível já adulterado com metanol, ou a inclusão deliberada da substância para aumentar o volume de lotes falsificados.
Operação integrada resulta em prisões e interdições
Em pronunciamento, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) ressaltou a atuação integrada da Polícia Civil e da Vigilância Sanitária. Segundo a SSP, as investigações levaram à prisão de 41 pessoas e ao fechamento de quatro fábricas clandestinas. Além disso, enormes quantidades de garrafas sem procedência foram apreendidas, impedindo que mais produtos contaminados chegassem ao consumidor.
As equipes de fiscalização reforçaram vistorias em estabelecimentos que comercializam bebidas destiladas de baixo custo e realizaram testes rápidos para identificar possíveis novos lotes adulterados. Proprietários flagrados com mercadorias irregulares podem responder por crimes contra a saúde pública, falsificação de produto destinado ao consumo e, em casos graves, homicídio com dolo eventual.
Autoridades federais acompanham a situação para avaliar eventual necessidade de padronização de protocolos de análise em outros estados. Por ora, a SSP mantém a orientação de que a população verifique a integridade de lacres, procure marcas reconhecidas e desconfie de preços muito abaixo do mercado.
Alerta à população e próximos passos
O Governo de São Paulo reforçou o pedido para que cidadãos evitem consumir bebidas de origem desconhecida e denunciem pontos de venda suspeitos, contribuindo para a retirada rápida dos produtos contaminados. Denúncias podem ser realizadas pelo telefone 181 ou diretamente em delegacias.


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Imagem: Internet
Embora as operações tenham levado a prisões e apreensões significativas, a polícia prossegue com diligências para rastrear possíveis fornecedores de etanol adulterado com metanol. Há indícios de que a substância tenha sido comprada em grandes quantidades, o que sugere logística estruturada por parte das quadrilhas.
Profissionais de saúde permanecem em alerta nas redes pública e privada. Os sintomas iniciais de intoxicação incluem tontura, náuseas, visão turva e dificuldade respiratória. Em casos graves, a ingestão de metanol pode levar à cegueira permanente e morte. As autoridades recomendam procurar atendimento médico imediato ao menor sinal de mal-estar após consumo de bebida alcoólica.
Para aprofundar sua compreensão sobre medidas governamentais e ações de segurança, leia também nosso conteúdo em Política.
As investigações seguem em ritmo acelerado, com o governo paulista destacando a importância da cooperação entre forças de segurança e população para conter a circulação de bebidas clandestinas. Denuncie, fiscalize e ajude a preservar vidas.
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