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Protesto em Copacabana reacende debate sobre o uso político dos rótulos esquerda e direita

Política

Rio de Janeiro, 24 de setembro de 2025 – A manifestação realizada em 21 de setembro na orla de Copacabana, marcada por um show aberto ao público, voltou a jogar luz sobre a forma como os rótulos “esquerda” e “direita” são empregados no debate nacional. O evento, convocado por Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque, reuniu milhares de pessoas contra a chamada PEC da Blindagem e o PL da Anistia, projetos que tramitam no Congresso.

Celebridades à frente das pautas e a seletividade de indignação

O ato carioca foi impulsionado pelo prestígio de artistas que, historicamente, se posicionam contra governos e líderes classificados como conservadores. Para críticos desse grupo, a participação de nomes consagrados da MPB reforça a narrativa de que parte do meio cultural adota dois pesos e duas medidas: protesta com intensidade contra propostas vinculadas à direita, mas silencia diante de episódios de corrupção envolvendo legendas de esquerda, como o escândalo do Petrolão ou o recente prejuízo bilionário no INSS.

Essa interpretação ganha força quando se observa a ausência de manifestações equivalentes contra regimes autoritários aliados a partidos de esquerda. Enquanto não há shows em repúdio à brutalidade do governo de Nicolás Maduro, por exemplo, artistas mantêm agenda permanente contra iniciativas rotuladas como conservadoras. Para analistas, esse desequilíbrio contribui para a percepção de que tais atos defendem um projeto político específico, e não princípios universais de combate à corrupção ou defesa da liberdade.

Confusão conceitual alimenta narrativas opostas

O episódio de Copacabana também escancarou o quanto os conceitos de direita e esquerda permanecem difusos para boa parte da população. Há quem associe automaticamente a direita a figuras autoritárias, como o regime de exceção instaurado pelo AI-5, ou a líderes totalitários europeus do século passado. Já a esquerda, para esses mesmos indivíduos, ocupa o lugar de suposta defensora da democracia, ainda que práticas de censura, aparelhamento estatal ou complacência com ditaduras amigas contradigam essa idealização.

Esse cenário se reforça em livros didáticos, filmes, reportagens e discursos acadêmicos que, ao longo de décadas, cristalizaram a ideia de que o autoritarismo é um fenômeno exclusivo da direita. Dessa forma, milhões de cidadãos sem filiação ou engajamento partidário reproduzem a associação sem contestação, enquanto a esquerda desfruta de um passaporte moral que se mantém mesmo diante de casos comprovados de corrupção ou abuso de poder.

Especialistas apontam que a dificuldade em definir com clareza os dois campos decorre da amplitude de correntes internas e do uso tático de slogans. Termos como “democracia”, “resistência” e “direitos” são apropriados por grupos que, na prática, flertam com medidas de cerceamento das garantias individuais. Já expressões demonizadas, como “ordem” ou “segurança”, acabam vinculadas a supostas intenções antidemocráticas, ainda que muitas vezes representem demandas legítimas da sociedade.

Chamar as coisas pelo nome pode enfraquecer falsos ideais

O principal ensinamento extraído do protesto é a necessidade de abandonar rótulos vazios e encarar os fatos com precisão. Corrupção deve ser tratada como corrupção, independente do partido; censura, como censura, independentemente de quem a imponha; e violência, como violência, não importando o discurso que a justifique. Quando conceitos são empregados sem essa honestidade, cria-se terreno fértil para a disseminação de falsos ideais que blindam privilegiados e criminalizam opositores.

Analistas conservadores defendem que, ao expor a incongruência entre discurso e prática, o debate público tende a se depurar. Sem o amparo de slogans genéricos, figuras públicas terão de explicar por que calam diante de abusos de regimes aliados e se mobilizam apenas contra temas convenientes. Na avaliação desses observadores, a transparência conceitual colocará à prova muitos “heróis” autoproclamados defensores da democracia.

Desvincular o debate político de rótulos simplórios exige esforço coletivo. Universidades, imprensa, artistas e influenciadores terão papel crucial na revisão de narrativas que associam virtude automática a um lado e propensão autoritária a outro. Para os organizadores do protesto em Copacabana, o desafio será mostrar compromisso coerente com a defesa das liberdades, não somente quando isso coincide com os próprios interesses partidários.

Se você quer acompanhar outras matérias sobre o impacto dessas disputas na agenda nacional, visite a seção dedicada a análises e bastidores em Política.

Em síntese, o ato de Copacabana expôs a urgência de discutir política com precisão conceitual e responsabilidade factual. Abandonar os falsos ideais é passo essencial para que o eleitorado identifique quem realmente defende a liberdade e quem apenas veste esse discurso quando convém. Acompanhe nossas próximas publicações e mantenha-se informado sobre os desdobramentos no Congresso e nas ruas.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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