O quadro clínico do ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a chamar atenção após mais uma internação em Brasília. Aos 70 anos, o líder do Partido Liberal (PL) enfrenta sucessivas complicações de saúde que, somadas à condenação imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF), ampliam as incertezas sobre sua participação no processo eleitoral de 2026.
Internações constantes e sintomas recorrentes
Na tarde de 16 de setembro de 2025, Bolsonaro deixou sua residência na capital e foi encaminhado ao hospital DF Star. Segundo a equipe médica, apresentou crise de soluço, episódios de vômito e pressão arterial baixa. O senador Flávio Bolsonaro relatou que o pai ficou cerca de dez segundos sem respirar durante o mal-estar. Após passar a noite em observação, o ex-presidente recebeu alta no início da tarde do dia 17.
Esta foi a segunda visita ao mesmo hospital em menos de 72 horas. No domingo, 14 de setembro, Bolsonaro realizou exames e tratou lesões de pele. De acordo com o vereador Carlos Bolsonaro, o ex-presidente convive hoje com anemia, pneumonia residual, suspeita de hérnia abdominal e possíveis novos focos de câncer de pele, além das persistentes crises de soluço.
Aliados como os parlamentares Magno Malta (PL-ES) e Hélio Lopes (PL-RJ) atribuem o agravamento do estado de saúde ao “linchamento” judicial conduzido pelo STF. Para o círculo próximo, a pressão psicológica decorrente do processo criminal piora os sintomas físicos e compromete a recuperação.
Histórico cirúrgico e impacto na rotina política
Desde o atentado com faca sofrido em 6 de setembro de 2018, em Juiz de Fora (MG), Bolsonaro já passou por sete cirurgias relacionadas às lesões abdominais e outras quatro intervenções por problemas distintos. Complicações como obstrução intestinal, aderências e episódios de broncoaspiração transformaram cuidados médicos em parte permanente de sua agenda.
Internações frequentes obrigam o ex-presidente a limitar deslocamentos e compromissos, mesmo antes da prisão domiciliar decretada pelo STF. A agenda política, já restrita por decisão judicial, torna-se ainda mais dependente de períodos de repouso, afetando encontros partidários, lives e viagens de articulação.
Estratégia jurídica: foco na prisão domiciliar
Condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe, Bolsonaro permanece em regime domiciliar enquanto aguarda recursos. A defesa prepara novo pedido para manter essa condição, amparada em motivos humanitários semelhantes aos que beneficiaram o ex-presidente Fernando Collor. Advogados sustentam que laudos médicos demonstram vulnerabilidade clínica incompatível com encarceramento em estabelecimento prisional comum.
Entre as possibilidades citadas, estão transferência para sala especial de órgão militar ou permanência definitiva em casa, hipótese vista como menos arriscada diante da avaliação de saúde. A decisão caberá ao STF, que considera tanto aspectos legais quanto argumentação médica detalhada.
Peso eleitoral de 2026 sob avaliação
No campo político, o desgaste físico do ex-presidente levanta questões sobre o alcance de sua influência na disputa de 2026. Mesmo inelegível até 2060, Bolsonaro é apontado como potencial cabo eleitoral decisivo, principalmente no eleitorado conservador. Especialistas, como o cientista político Ismael Almeida, entendem que a base permanece leal, mas reconhecem que a efetividade dessa liderança pode diminuir caso o ex-presidente precise se afastar de agendas públicas.


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Imagem: Valter Campanato
Outro analista, Paulo Kramer, destaca que a condenação imposta pelo STF continua sendo o principal obstáculo à presença de Bolsonaro na corrida presidencial. Contudo, a fragilidade de saúde adiciona um componente prático: limita viagens, eventos e aparições, fatores essenciais para transferir votos a candidatos alinhados.
Aliados pedem trégua e apontam pressão psicológica
No Senado, Flávio Bolsonaro chegou a solicitar clemência ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, alegando que intimações foram entregues ao pai quando ele ainda se recuperava em Unidade de Terapia Intensiva. Parlamentares do PL e de legendas próximas consideram que o ambiente de tensão jurídica agrava o quadro clínico e intensifica crises de saúde.
Ações de apoio incluem campanhas de oração, transmissões ao vivo para atualizar o estado de saúde e pressão sobre parlamentares aliados a fim de acelerar propostas de anistia. Apesar disso, a família admite que o ritmo político dependerá de cada nova avaliação médica, fator determinante para programar aparições ou declarações estratégicas.
Desafios à direita e possíveis cenários
Enquanto a esquerda consolida pré-candidaturas, lideranças conservadoras aguardam definições sobre o futuro de Bolsonaro para alinhar estratégias. Governadores, senadores e deputados federais vinculados ao campo de direita observam se o ex-presidente poderá atuar como articulador principal ou se será necessário definir substituto de consenso. A dúvida mantém o xadrez político em suspenso, com implicações diretas na formação de alianças e na distribuição de palanques estaduais.
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Em resumo, Jair Bolsonaro enfrenta a combinação de problemas de saúde recorrentes e batalha judicial complexa. A continuidade da prisão domiciliar surge como estratégia prioritária, enquanto aliados avaliam como preservar sua influência em 2026. Siga-nos e receba atualizações sobre cada passo desse processo político crucial.
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