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Selic fica em 15% e alívio no crédito só virá em 2026, dizem especialistas

Política

Brasília — A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) que se encerra nesta quarta-feira deve manter a taxa Selic em 15% ao ano, prolongando o aperto financeiro que atinge famílias e empresas. Analistas do mercado projetam que o ciclo de cortes relevantes comece apenas em 2026, condicionando a esperada redução de juros a um quadro de inflação domada, menor risco fiscal e ambiente externo mais estável.

Três fatores sustentam a Selic elevada

Inflação resistente. A taxa acumulada em 12 meses fechou agosto em 5,13%, abaixo dos picos recentes, mas acima do teto de 4,5% fixado para 2025. O boletim Focus indica IPCA de 4,83% no ano. Enquanto as expectativas do mercado não convergirem para a meta de 3%, o Banco Central tende a preservar a política contracionista.

Cenário internacional adverso. Tarifas comerciais de 50% impostas pelos Estados Unidos derrubaram em 18,5% as exportações brasileiras para aquele país em agosto. O clima de incerteza se intensificou com a possível aplicação da Lei Magnitsky a instituições nacionais, elevando o risco-país e pressionando o dólar para a faixa de R$ 5,50 prevista pelos maiores bancos.

Custo do crédito interno. Além da Selic, pesam spreads bancários, prêmio de risco, inadimplência recorde e carga regulatória. Em julho, as pessoas físicas pagaram em média 57,7% ao ano nas linhas de recursos livres, enquanto as empresas arcaram com 25% ao ano. Com 78,2 milhões de consumidores e 7,8 milhões de companhias negativadas, as instituições financeiras reforçam as margens para cobrir potenciais calotes.

Quando o alívio deve chegar?

Projeções convergentes apontam estabilidade da Selic até dezembro de 2025. O planejador financeiro Diego Endrigo estima cortes graduais apenas a partir de janeiro de 2026. Para o economista-chefe da BGC Liquidez, Felipe Tavares, a retomada do crédito em condições menos onerosas virá possivelmente em 2027, caso haja avanços em reformas pró-mercado e redução consistente do gasto público.

O produto interno bruto já dá sinais de desaceleração. Indicadores antecedentes registraram queda de 0,5% a 0,6% em julho, embora o desemprego tenha recuado para 5,6%, mínima histórica. Segundo Luiz Otávio Leal, da G5 Partners, o mercado de trabalho segue dinâmico e pode sustentar parte da atividade em 2025, mas não compensará sozinho a restrição monetária.

Impacto direto no bolso e na produção

Famílias. Juros elevados encarecem cartão de crédito, cheque especial e crediário, comprimindo o consumo. A Confederação Nacional da Indústria reduziu a projeção de crescimento do consumo das famílias para 2,3% em 2025, metade da expansão de 2024.

Empresas. O crédito mais caro dificulta capital de giro, investimentos e renegociação de dívidas. No primeiro semestre de 2025, pedidos de recuperação judicial alcançaram 4.965, recorde monitorado pela consultoria RGF Associados. A confiança empresarial retrocedeu ao nível mais baixo desde a pandemia.

Condição para cortes: responsabilidade fiscal

Especialistas convergem na necessidade de ajuste das contas públicas. A percepção de risco tende a cair se o governo sinalizar controle efetivo de gastos, permitindo ao Banco Central reduzir o prêmio de risco incorporado à Selic. Sem ancoragem fiscal, choques externos ou novas pressões de preços podem adiar o tão esperado ciclo de afrouxamento monetário.

Para acompanhar outras análises sobre decisões econômicas e o debate em Brasília, visite nossa editoria de Política.

Em síntese, a Selic permanece em 15% porque inflação, risco externo e custos domésticos de crédito ainda pesam sobre a economia. O consenso do mercado é de que a retomada de juros mais baixos depende de disciplina fiscal e melhora do ambiente global, fatores que só devem alinhar-se a partir de 2026. Siga acompanhando nossas atualizações e compartilhe este conteúdo para manter mais pessoas informadas.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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