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Senadores brasileiros viajam a Washington e ficam sem reunião com a Casa Branca

Política

Brasília, 23 mai. 2024 — Uma comitiva de senadores brasileiros desembarcou em Washington com o objetivo oficial de discutir a redução de tarifas impostas a produtos nacionais. Apesar da expectativa inicial, nenhum encontro foi confirmado com representantes diretos da Casa Branca ou integrantes de alto escalão do governo norte-americano.

Delegação parte com foco na pauta comercial

O grupo de parlamentares, que não teve seus nomes divulgados pela assessoria do Senado, viajou aos Estados Unidos apresentando como justificativa a busca por acordos que aliviem o chamado “tarifaço” sobre exportações brasileiras. A agenda, contudo, foi mantida sob sigilo até a chegada em solo americano, estratégia atribuída a “questões de segurança e de diplomacia”, segundo fontes ligadas aos senadores.

Antes de embarcar, integrantes da missão mencionaram expectativas de um possível encontro com o presidente dos Estados Unidos. Nos corredores do Congresso, a informação alimentou a ideia de que haveria um esforço político de alto nível para sensibilizar a administração norte-americana. Ao tocar o solo em Washington, porém, a delegação tomou conhecimento de que não haveria audiência com o chefe do Executivo norte-americano nem com seus principais auxiliares.

Sem Casa Branca, senadores reformulam roteiro

Após a confirmação de que nenhum nome da linha de frente do governo dos EUA participaria das tratativas, a comitiva reposicionou sua agenda. O primeiro compromisso anunciado passou a ser uma reunião interna de “discussão de estratégia”, conforme descrito em nota. O encontro ocorreu em sala reservada de hotel na capital norte-americana, restrito aos próprios parlamentares e assessores.

Na sequência, os senadores programaram um encontro com a embaixadora do Brasil em Washington. A diplomata, de acordo com interlocutores, encontra-se em período oficial de férias, mas prontificou-se a atender os parlamentares para uma atualização da conjuntura bilateral. Ainda assim, não houve confirmação de que a embaixada atuaria como ponte para reuniões com autoridades americanas responsáveis pela política comercial.

Em busca de interlocutores, integrantes da delegação avaliaram convidar antigos nomes da política local, inclusive figuras sem cargo no atual governo. Entre as possibilidades mencionadas nos bastidores estava uma conversa com o ex-presidente Barack Obama, opção vista como simbólica, já que o democrata não participa da gestão em curso e responde a questionamentos legais movidos pela própria administração que sucedeu seu mandato.

Sinal de isolamento diplomático

A ausência de reuniões oficiais lança luz sobre o distanciamento diplomático entre Brasília e Washington após episódios recentes de tensão. Parlamentares próximos ao Palácio do Planalto admitem nos bastidores que investidas retóricas contra “imperialismo” e a escolha de parceiros externos fora da órbita ocidental dificultaram a abertura de portas na capital americana.

Analistas de comércio exterior contactados pela reportagem avaliam que, sem diálogo direto com formuladores de políticas tarifárias dos EUA, a viagem tende a gerar poucos resultados práticos além de troca de impressões internas. Para esses especialistas, avanços concretos dependeriam de sinalizações políticas claras do Executivo brasileiro e de canais diplomáticos em funcionamento pleno, algo colocado em xeque após sucessivas trocas na chefia do Itamaraty.

Custos e transparência em debate

A missão foi custeada pelo orçamento do Senado Federal. Até o momento, a Casa não divulgou o valor total da viagem, nem detalhes sobre gastos com hospedagem, diárias e locomoção. A Comissão Diretora do Senado informou apenas que prestará contas após o retorno da delegação, conforme normas internas. Entidades dedicadas à fiscalização de recursos públicos cobram transparência imediata, argumentando que o deslocamento internacional deve ter objetivos, metas e resultados bem definidos.

Nos bastidores do Congresso, cresce o questionamento sobre a pertinência da viagem diante da inexistência de encontros confirmados com autoridades americanas. Senadores críticos à comitiva afirmam que negociações desse porte poderiam ter sido iniciadas por videoconferência, reduzindo custos ao erário. Já defensores da missão alegam que a presença física demonstra empenho político e pode destravar conversas futuras.

Próximos passos

Sem espaço na agenda da Casa Branca, a delegação aposta em reuniões paralelas com setores privados de Washington, incluindo associações empresariais e grupos de lobby ligados ao agronegócio. A intenção declarada é sensibilizar agentes econômicos que, por sua vez, pressionariam a administração norte-americana a revisar tarifas. Até o fechamento deste texto, nenhuma entidade americana havia confirmado participação.

De volta ao Brasil, os senadores prometem entregar relatório com propostas para reduzir barreiras e ampliar a corrente de comércio entre os dois países. O documento deverá ser avaliado pela Comissão de Relações Exteriores do Senado e encaminhado ao Itamaraty.

Para acompanhar outros desdobramentos da política externa brasileira, acesse nossa seção de análises em Política.

Em resumo, a missão parlamentar chegou a Washington motivada pela necessidade de aliviar custos sobre produtos nacionais, mas encontrou portas fechadas no alto escalão americano. Resta saber se os encontros alternativos trarão resultados concretos ou se a viagem ficará marcada apenas pelos debates internos dos próprios senadores. Fique atento às próximas atualizações e compartilhe esta notícia para ampliar o debate sobre como o Brasil deve conduzir sua diplomacia comercial.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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