São Paulo — O governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos) assumiu a linha de frente na construção do projeto de lei que prevê anistia para acusados de participação nos atos de 8 de janeiro, classificados pela Procuradoria-Geral da República como “antidemocráticos”. A iniciativa, defendida por diversas siglas de centro-direita, busca isentar de punição tanto os investigados por planejamento quanto os manifestantes que estiveram na depredação das sedes dos Três Poderes.
Encontro decisivo em Brasília
A costura política ganhou forma em 19 de agosto, durante um jantar na capital federal que celebrou a federação entre PP e União Brasil. Na ocasião, Tarcísio discutiu detalhes da proposta com os presidentes Ciro Nogueira (PP), Antônio de Rueda (União Brasil) e Valdemar Costa Neto (PL). Segundo participantes, o governador apresentou um esboço do texto e alinhou pontos considerados essenciais para assegurar maioria na Câmara dos Deputados.
Entre os encaminhamentos pactuados, ficou definido que a anistia deve abranger:
- Investigados por financiamento e logística dos protestos;
- Manifestantes que ingressaram nos prédios públicos em 8 de janeiro;
- Militares e policiais enquadrados em inquéritos relacionados.
O núcleo político viu no movimento de Tarcísio um gesto de fidelidade ao campo conservador nacional e uma oportunidade de elevar seu protagonismo na pauta de segurança jurídica para manifestantes.
Apoio ampliado entre Republicanos e aliados
Após o jantar, o governador acelerou contatos em busca de novos apoios. Ele convenceu Marcos Pereira, presidente nacional do Republicanos, a integrar o comando das negociações. O envolvimento do partido é considerado estratégico, pois a sigla mantém pontes com bancadas evangélica, da segurança pública e do agronegócio, segmentos identificados com a defesa da anistia.
Tarcísio também abriu canal direto com o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB). Fontes da legenda afirmam que a conversa abordou a tramitação do texto na Casa, prazos regimentais e a possibilidade de votação em comissão especial, encurtando o calendário.
Além disso, o governador se comprometeu a trabalhar pessoalmente para que a bancada do Podemos — partido que integra sua base em São Paulo — vote de forma coesa a favor da proposta. Dirigentes da sigla avaliam positivamente a sinalização, alegando que a medida traz previsibilidade jurídica e evita punições consideradas excessivas.
Impacto na correlação de forças
A participação ativa de Tarcísio no assunto produziu reflexos imediatos. Nas contas de líderes do Centrão, o grupo favorável à anistia já soma PP, PL, Republicanos, União Brasil, além de parte do Podemos. Juntos, esses partidos reúnem mais de 250 deputados, número suficiente para impulsionar a matéria, que exige maioria simples no plenário.
Embora parlamentares da esquerda prometam obstruir a proposta, articuladores apontam que o avanço da pauta pode servir de termômetro para futuros debates sobre atribuições da Justiça em casos de manifestações políticas. Para defensores do projeto, a anistia corrige exageros processuais e reforça a liberdade de expressão. Críticos, por outro lado, alertam para o risco de impunidade.


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Imagem: Internet
Próximos passos no Congresso
O texto ainda passa por ajustes técnicos. A expectativa é que a redação final seja protocolada nas próximas semanas, com relatoria indicada pelo bloco governista da Câmara. Se aprovado, seguirá ao Senado, onde líderes como Ciro Nogueira pretendem atuar junto a parlamentares simpáticos ao tema.
Integrantes do gabinete paulista indicam que Tarcísio manterá presença constante em Brasília para acompanhar o andamento. Aliados afirmam que ele pretende sustentar o discurso de respeito às instituições ao mesmo tempo em que defende o direito de manifestação pacífica.
Nesse cenário, o governador consolida sua imagem de articulador confiável no campo conservador, fortalecendo sua relação com siglas do Centrão e pavimentando potenciais alianças para 2026.
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Em síntese, Tarcísio de Freitas coordena os esforços que podem resultar na anistia dos investigados pelos atos de 8 de janeiro, ampliando apoio entre PP, PL, Republicanos, União Brasil e Podemos. O desfecho dependerá da articulação no Congresso, onde o governador paulista promete presença ativa. Continue acompanhando para saber como essa proposta evoluirá e quais impactos trará ao debate sobre liberdades civis no país.
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