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Tarifa zero vira aposta de Lula para 2026 e pressiona contas públicas

Política

Brasília, 7 mai — O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que a proposta de tarifa zero no transporte público deve compor o programa de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026. A sinalização foi feita primeiro à TV Record e reiterada nesta terça-feira durante o programa Bom Dia, Ministro, do CanalGov.

Governo elabora radiografia completa do setor

De acordo com Haddad, a equipe econômica conduz um levantamento detalhado sobre o custo operacional do transporte urbano no país. O trabalho, descrito como “radiografia”, inclui os seguintes pontos:

  • montante total desembolsado pelas prefeituras em subsídios;
  • participação das empresas por meio do vale-transporte;
  • gasto direto dos trabalhadores na passagem;
  • gargalos tecnológicos que encarecem o serviço;
  • oportunidades para adoção de soluções mais eficientes.

Segundo o ministro, a determinação partiu do próprio presidente. “Lula sabe que o tema impacta o bolso do trabalhador, o meio ambiente e a mobilidade urbana”, afirmou. A intenção é apresentar um diagnóstico robusto antes de definir um modelo de financiamento que sustente a gratuidade sem comprometer a qualidade do serviço.

Reação imediata dos mercados financeiros

As declarações de Haddad tiveram reflexo quase instantâneo no mercado de juros. Especulações sobre um possível programa federal para eliminar a passagem de ônibus já haviam elevado as taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) na semana passada. A entrevista desta terça reacendeu a preocupação fiscal e provocou nova alta nas curvas de juros futuros.

No mesmo movimento, o Ibovespa operou em queda e o dólar se valorizou frente ao real. Investidores avaliam que a gratuidade generalizada pode ampliar o déficit público caso seja bancada integralmente pelo Tesouro Nacional. Analistas lembram que a conta anual do transporte coletivo ultrapassa dezenas de bilhões de reais, montante que exigiria novas fontes de receita ou cortes em outras áreas.

Haddad não detalhou como a União arcaria com a despesa, mas mencionou “formas mais adequadas de financiamento”. Uma hipótese discutida por especialistas é a criação de contribuições específicas sobre combustíveis fósseis ou grandes geradores de tráfego, alternativa que deslocaria parte do custo para o segmento privado.

Contexto político e desafios para 2026

A tarifa zero foi implementada pontualmente em algumas cidades brasileiras, principalmente em municípios de menor porte, porém sem adesão nacional. Ao trazê-la para o plano federal, Lula aposta em forte apelo popular na véspera do próximo pleito. A estratégia, contudo, depende de equacionar o impacto nas contas públicas, tema sensível ao Congresso e ao mercado.

No Legislativo, parlamentares já manifestam preocupação com a medida. Setores mais cautelosos defendem que qualquer proposta passe por amplo debate fiscal e seja acompanhada de metas claras de compensação. Sem elas, o risco é de desorganizar ainda mais o cenário orçamentário, marcado por pressões em saúde, educação e previdência.

Durante a entrevista, Haddad ressaltou que não há decisão fechada. “Estamos mapeando o setor para, depois, verificar as possibilidades de melhoria”, disse. O ministro reforçou que a prioridade do governo é apresentar alternativas bem estruturadas antes de transformar o projeto em compromisso de campanha.

Próximos passos da equipe econômica

A Fazenda pretende concluir a radiografia até o segundo semestre. A partir daí, serão avaliadas:

  • viabilidade de subsídio federal direto às prefeituras;
  • contrapartidas dos entes municipais em eficiência e transparência;
  • eventual participação do setor privado em parcerias público-privadas;
  • fontes de financiamento extraorçamentário, como fundos urbanos.

Enquanto o estudo avança, a sensibilidade do tema mantém a cautela nos mercados. A percepção é de que, sem regras fiscais rígidas, o anúncio de novas despesas produz maior incerteza sobre a trajetória da dívida bruta, atualmente acima de 74 % do PIB.

Para acompanhar a evolução desse debate e outras pautas que impactam o cenário nacional, recomendamos a leitura da editoria de política em Geral de Notícias, onde análises sobre orçamento e mobilidade são atualizadas diariamente.

Em síntese, o governo coloca a tarifa zero no centro da agenda para 2026, mas ainda precisa demonstrar como sustentará financeiramente a proposta. A sociedade, o Congresso e os investidores aguardam os detalhes desse plano, que pode redefinir não apenas o transporte urbano, mas todo o equilíbrio fiscal do país. Acompanhe nossos próximos artigos e fique informado sobre cada etapa desse processo.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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