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Tarifas de Trump reacendem disputa comercial e expõem dependência brasileira da China

Política

O pacote de tarifas anunciado pela Casa Branca, sob comando de Donald Trump, recolocou a disputa comercial com a China no centro da agenda internacional. Empresários brasileiros ouvidos nos últimos dias avaliam a medida como necessária para conter a expansão econômica e militar de Pequim, que avança não só por meio de investimentos civis, mas também com a Marinha que mais cresce no mundo.

Impacto direto no comércio brasileiro

Os números reforçam a preocupação. Em 2023, a China absorveu 30,7% das exportações brasileiras e respondeu por 21,9% das importações. No ano seguinte, a balança comercial perdeu metade do superávit devido à combinação de queda nas vendas e aumento expressivo nas compras. Entre 2023 e 2024, a entrada de válvulas e transistores chineses subiu 57%, enquanto as importações de veículos elétricos e híbridos avançaram 173%.

O setor automotivo ilustra a assimetria. A BYD instalou-se em Camaçari (BA) no regime SKD, que traz os carros quase prontos da Ásia para montagem mínima em solo nacional. Além da baixa nacionalização de peças — hoje limitada a um único fornecedor de pneus — a operação é alvo de denúncias sobre condições de trabalho. A exposição ganhou holofotes quando um veículo da marca foi cedido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à primeira-dama para uso no Palácio da Alvorada.

A dependência de insumos críticos também entrou no radar. A estatal chinesa MMG concluiu a compra de uma planta de níquel em Goiás por US$ 500 milhões. O negócio, contestado por um concorrente turco que alegou oferta de US$ 900 milhões, coloca 60% da produção nacional desse metal — essencial para baterias e semicondutores — sob controle de Pequim.

Escalada tarifária dos EUA atinge o Brasil

O realinhamento de alíquotas promovido por Trump não mira apenas a China. Para o Brasil, a tarifa média passou de 10% para 50%. Representantes do setor industrial atribuem 40 pontos percentuais desse aumento ao discurso antiamericano do presidente Lula, considerado hostil pela administração norte-americana.

A sobretaxa preocupa exportadores brasileiros de manufaturados, segmento que tem nos Estados Unidos o principal mercado externo. Produtos como aeronaves, suco concentrado de laranja, madeira beneficiada e itens de metalurgia podem perder competitividade justamente quando enfrentam concorrência intensificada dos chineses em terceiros mercados.

Apesar da retaliação, executivos veem nas tarifas contra a China uma oportunidade de reequilíbrio. A expectativa é que barreiras adicionais obriguem Pequim a negociar condições mais próximas dos padrões ocidentais de mercado e de direitos trabalhistas, reduzindo práticas consideradas desleais.

Desafio estratégico para o futuro

A presença chinesa tornou-se onipresente em setores-chave da economia brasileira, enquanto a política externa atual afasta o país de parceiros tradicionais. Para especialistas em comércio, a questão central é definir até que ponto a indústria nacional aceitará a concorrência baseada em custos trabalhistas e subsídios incompatíveis com o ambiente regulatório ocidental.

Empresários do agronegócio, ainda beneficiados pela forte demanda chinesa por soja e milho, apontam que a dependência é recíproca: Pequim precisa dos alimentos produzidos no Brasil para abastecer 1,4 bilhão de habitantes. Já a indústria, submetida à escalada de importações, pressiona por medidas que protejam empregos e ampliem a inserção nas cadeias de valor dos Estados Unidos e da Europa.

Com a eleição presidencial norte-americana marcada para 2026, fontes de Brasília apostam em diálogo para reduzir a tarifa extra de 40 pontos sobre produtos brasileiros. A condição, porém, passa por retomar um discurso alinhado aos valores democráticos ocidentais e às regras do livre mercado — pontos que Washington considera inegociáveis.

Enquanto isso, a China mantém o ritmo de expansão de sua marinha e investe em porta-aviões, sinalizando que seus interesses vão além do comércio. Para o Brasil, país estratégico em recursos naturais, o desafio é equilibrar oportunidades econômicas com a defesa de princípios que sustentam o modelo ocidental.

Se você deseja acompanhar outros desdobramentos das decisões de Brasília e seus reflexos comerciais, confira a seção de Política do nosso portal.

Em síntese, o novo tarifaço norte-americano colocou lupa sobre a dependência brasileira da China e reforçou a necessidade de posicionamento claro nas cadeias globais de valor. Acompanhe nossas próximas atualizações e entenda como esse cenário pode afetar empregos, investimentos e o futuro da indústria nacional.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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