O Governo dos Estados Unidos deslocou, na manhã de domingo, cerca de 300 militares da Guarda Nacional da Califórnia para Portland, no Oregon. A medida foi tomada após uma decisão judicial que impediu o Presidente Donald Trump de utilizar a Guarda Nacional do Oregon para reforçar a segurança na cidade.
Decisão judicial motiva ação federal
No sábado, uma juíza federal nomeada por Trump emitiu uma ordem temporária bloqueando o envio de pelo menos 200 soldados da Guarda Nacional do Oregon para Portland. A Casa Branca argumentava que o reforço era necessário diante dos protestos crescentes contra detenções de imigrantes, mobilização impulsionada por organizações antifascistas como o Rose City Antifa, fundado na própria cidade.
Com a limitação imposta ao contingente local, o governo federal lançou mão de uma alternativa já disponível: os 300 militares californianos que permaneciam sob comando federal desde junho. Em 2023, Trump havia mobilizado cerca de quatro mil integrantes da Guarda Nacional da Califórnia sem o consentimento do governador Gavin Newsom. Embora um tribunal tenha considerado a mobilização irregular, permitiu que um núcleo reduzido de 300 permanecesse subordinado a Washington. É esse grupo que agora segue para o Oregon.
Governadores democratas reagem
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, classificou o envio como “abuso de poder” e declarou que a administração Trump “ataca o Estado de Direito ao ignorar ordens judiciais”. Newsom anunciou que recorrerá novamente aos tribunais para contestar a medida, mantendo o embate entre Sacramento e a Casa Branca.
No Oregon, a governadora Tina Kotek também resiste à presença de tropas federais. Ela rejeitou um pedido do secretário da Defesa, Pete Hegseth, para que destacasse a guarda estadual por iniciativa própria. Kotek afirma ter “pleno controle” da situação em Portland e insiste que as manifestações são “geralmente pacíficas”.
Justificativa de segurança e escalada de protestos
A Casa Branca sustenta que a mobilização visa conter atos de vandalismo ligados a grupos antifascistas e reforçar a atuação do Serviço de Controle de Imigração e Alfândega (ICE). Trump frequentemente descreve Portland como “cidade devastada pela guerra” e defende o envio de tropas para garantir ordem pública. Já líderes locais contestam essa avaliação, alegando que a presença de forças federais amplia a tensão.
No último sábado, agentes de imigração detiveram manifestantes em frente ao edifício do ICE em Portland. Testemunhas e imagens de imprensa mostram confrontos entre agentes e ativistas, cenário que motivou novos protestos. O governo federal, por sua vez, sustenta que a designação do movimento Antifa como grupo terrorista exige resposta enérgica.
Contexto político e legal
A disputa evidencia o choque de competências entre governo federal e administrações estaduais democratas. A legislação norte-americana permite que o Presidente federalize tropas estaduais em situações específicas, mas historicamente isso ocorre com consentimento local. No caso da Califórnia, a última mobilização sem anuência estadual semelhante remonta a 60 anos atrás, em meio à luta pelos direitos civis.


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Imagem: Internet
A decisão da juíza do Oregon, ainda preliminar, estabelece que o envio de tropas estaduais sem aval do governador pode ferir a autonomia do estado. Enquanto o processo avança, o contingente californiano operará em Portland sob comando federal direto.
Em resumo, o impasse reúne questões de segurança, imigração e limites constitucionais. Democratas afirmam que a mobilização tem motivação política, enquanto o governo Trump enfatiza a necessidade de restaurar a ordem diante de protestos que, segundo a Casa Branca, ultrapassaram limites aceitáveis.
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Este conteúdo apresentou os pontos-chave da decisão de Washington, a reação dos governadores e o contexto legal que envolve o envio dos 300 militares. Continue acompanhando nossas atualizações e fique por dentro dos próximos passos dessa disputa entre governo federal e estados democratas.
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