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Trump impõe tarifa de 50% e expõe fragilidade da estratégia de Lula contra os EUA

Política

O governo brasileiro entra no terceiro ano da atual gestão enfrentando o maior impasse diplomático desde 2002. Em 23 de julho de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou a aplicação de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras, medida que atribuiu à “perseguição judicial” sofrida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF). A resposta do Palácio do Planalto, capitaneada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, limitou-se a discursos duros, sem qualquer ação concreta capaz de neutralizar o impacto imediato sobre a balança comercial.

Tarifa atinge US$ 30 bilhões em vendas externas

Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, em 2024 o Brasil vendeu aproximadamente US$ 60 bilhões aos Estados Unidos, principal destino de produtos como aço, alumínio, carnes, laranja e café. A taxa de 50% encarece, de imediato, quase metade desse volume. Técnicos do Itamaraty estimam que a sobretaxa pode retirar até US$ 15 bilhões da economia nacional já no segundo semestre de 2025.

Apesar do tamanho do choque, o presidente Lula não apresentou um plano de contingência. O governo anunciou “retaliação proporcional”, mas não especificou quais setores norte-americanos seriam alvo. A embaixadora do Brasil em Washington, Maria Luísa Escorel, não foi recebida por autoridades de primeiro escalão desde o anúncio, confirmando a dificuldade de interlocução direta.

Investimento estrangeiro em risco

O Brasil abriga cerca de 4,5 mil empresas dos Estados Unidos, responsáveis por investimentos estimados em US$ 350 bilhões e 500 mil empregos, principalmente em tecnologia, energia e indústria de base. Executivos ouvidos pela agência de promoção de investimentos ApexBrasil afirmam que a insegurança jurídica decorrente do impasse político já impacta novos aportes previstos para 2026.

No discurso oficial, Lula sugeriu reavaliar patentes americanas e elevar tributos sobre remessas de lucros. Porém, essas medidas demandariam mudanças legislativas complexas e poderiam desencadear processos na Organização Mundial do Comércio (OMC), ampliando o litígio comercial.

Negociação sem negociador

A Casa Branca condiciona qualquer revisão tarifária à demonstração de “compromisso com o Estado de Direito” por parte do governo brasileiro. Internamente, cogitou-se nomear o vice-presidente Geraldo Alckmin para liderar as conversas. Aliados no Congresso, contudo, questionam a falta de experiência do vice em temas de comércio exterior e lembram que a missão exige trânsito político que Brasília perdeu nos últimos dois anos.

Integrantes da equipe econômica defendem recorrer à via multilateral, mas reconhecem que dificilmente o Brasil obterá maioria na OMC contra Washington em curto prazo. Sem alternativa imediata, exportadores buscam redirecionar parte da produção para mercados asiáticos e árabes, ainda que com margens menores.

STF amplia tensão ao restringir Bolsonaro

Paralelamente à disputa comercial, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou, em 18 de julho, que Jair Bolsonaro use tornozeleira eletrônica, fique recolhido à noite e se abstenha de redes sociais. A ordem reforçou a narrativa de Donald Trump sobre retaliação ao que qualificou como “violação de garantias fundamentais” no Brasil.

No Congresso, parlamentares da oposição argumentam que a escalada judicial agrava o isolamento diplomático. Já a base governista avalia que qualquer revisão nas decisões do Supremo seria interpretada como fraqueza política.

Escassez de aliados externos

Até o momento, nenhuma democracia ocidental formalizou apoio público à posição brasileira. China e Rússia, integrantes do Brics, evitaram endossar a proposta de Lula de substituir o dólar em transações internacionais, preferindo manter distância do contencioso com Washington. Entre os vizinhos sul-americanos, apenas Venezuela e Bolívia emitiram notas de solidariedade, sem oferecer compensações comerciais.

Cenário econômico e político

Analistas de mercado alertam que a tarifa de 50% pode frear o crescimento projetado de 2,2% para 2025. Setores mais expostos, como agroindústria cítrica e siderurgia, já registram queda de encomendas. A Bolsa de Valores (B3) acumula recuo de 7% desde o anúncio de Trump, refletindo a incerteza sobre como o governo gerenciará a crise.

Em termos políticos, pesquisas internas indicam erosão da popularidade presidencial nas regiões exportadoras do Centro-Oeste e Sul, enquanto a retórica nacionalista encontra respaldo limitado nas capitais. Parlamentares governistas pressionam o Planalto a buscar solução rápida antes que os efeitos no emprego se tornem mais visíveis.

Para acompanhar outras repercussões no Congresso, visite a seção de Política do nosso site.

Em síntese, a tarifa norte-americana expôs a falta de preparo estratégico do governo brasileiro para enfrentar um confronto direto com seu principal parceiro comercial. Sem proposta clara, Brasília perde espaço de negociação enquanto empresas e trabalhadores sentem os primeiros impactos. Continue acompanhando nossas atualizações e compartilhe este conteúdo para manter o debate informado.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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