O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) abriu nesta quinta-feira, 2 de outubro de 2025, o código-fonte das urnas eletrônicas que serão utilizadas no pleito de 2026. A medida, realizada na sede da Corte em Brasília, inaugura oficialmente o ciclo eleitoral e permite a verificação do software por dezenas de órgãos fiscalizadores.
Presença de autoridades e objetivo declarado de transparência
Durante a cerimônia, conduzida pela presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, participaram ministros da Corte, representantes de partidos, do Congresso Nacional, Ministério Público, Polícia Federal, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), universidades e outras entidades habilitadas a auditar o processo.
A ministra enfatizou que a abertura repete prática adotada em eleições anteriores para assegurar a integridade do sistema de votação. Segundo ela, a iniciativa permite à sociedade conhecer cada etapa do funcionamento das urnas. “São 40 possibilidades de fiscalização antes, durante e depois da eleição”, pontuou, reforçando que o procedimento visa ampliar a confiança pública.
O código-fonte reúne todas as linhas de programação que orientam a captação e a apuração dos votos. A disponibilização ocorre com um ano de antecedência em relação à votação, atendendo ao calendário eleitoral estabelecido pela Justiça Eleitoral.
Etapas de auditoria até agosto de 2026
Responsável pela área de tecnologia do TSE, Júlio Valente detalhou o cronograma de auditorias previsto para o próximo ciclo. A sequência inclui:
Teste Público de Segurança (TPS) – agendado para dezembro de 2025, quando especialistas tentam identificar brechas nos sistemas;
Testes de confirmação – marcados para março de 2026, com verificação das correções aplicadas após o TPS;
Lacração dos sistemas – prevista para agosto de 2026, quando o software final é selado e armazenado para uso exclusivo nas urnas habilitadas.
Valente reforçou que cada fase estará aberta a observadores credenciados. “O convite está feito para que todas as entidades acompanhem de perto e auxiliem no aperfeiçoamento”, declarou.
Quem pode fiscalizar
O TSE lista 40 instituições com autorização formal para inspecionar o código-fonte e participar dos testes. Entre elas:
- Partidos políticos e federações partidárias;
- Senado, Câmara dos Deputados e Tribunal de Contas da União;
- Ministério Público e Polícia Federal;
- OAB e entidades de classe no setor de tecnologia;
- Universidades e centros de pesquisa reconhecidos.
Esses atores podem acessar o repositório de software, acompanhar atualizações, sugerir melhorias e registrar eventuais inconformidades. Todo o processo ocorre em ambiente controlado no próprio tribunal, com registro de entradas, saídas e alterações.


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Imagem: Alejandro Zambrana
Impacto na confiança do eleitor
A possibilidade de auditoria foi criada para tornar o sistema eleitoral mais transparente, respondendo a questionamentos recorrentes sobre a segurança das urnas eletrônicas. Ao permitir que especialistas externos avaliem o código-fonte, o TSE busca fornecer evidências técnicas de que os votos são registrados e computados de forma fiel, sem interferências.
Para setores que defendem maior fiscalização, a iniciativa representa oportunidade concreta de acompanhamento direto, desde a construção do software até a apuração final. O calendário público facilita o planejamento das entidades interessadas, que precisam se credenciar antecipadamente para ter acesso integral às etapas.
Próximos passos até o pleito
Com o código disponibilizado, o tribunal concentra esforços na preparação dos demais sistemas que compõem o ecossistema eleitoral, como cadastro de eleitores, transmissão de resultados e totalização. As primeiras urnas que receberão a versão final do software serão submetidas a testes de integridade e, posteriormente, distribuídas aos tribunais regionais.
As datas de cada fase estão publicadas no calendário oficial do TSE. Qualquer alteração deverá ser comunicada com antecedência, conforme determina a legislação eleitoral.
Para quem acompanha de perto o processo, a abertura do código-fonte marca o início de um período intenso de verificação técnica, essencial para consolidar a segurança do sufrágio eletrônico brasileiro.
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Em síntese, a liberação do código-fonte inaugura o ciclo eleitoral de 2026 e amplia as possibilidades de fiscalização por diversos segmentos da sociedade. Acompanhe as próximas etapas e participe do debate sobre a integridade do voto eletrônico.
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