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Zelensky e Lula alinham passos para cessar-fogo e comércio na ONU

Política

Os presidentes Volodymyr Zelensky, da Ucrânia, e Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, reuniram-se por pouco mais de uma hora em Nova York, à margem da 80.ª Assembleia Geral da ONU, na quarta-feira, 24 de setembro de 2025. O encontro, solicitado oficialmente por Kyiv, marcou a conversa mais extensa entre os dois líderes desde a última reunião bilateral realizada em 2023.

Foco em cessar-fogo e mediação internacional

Ao término da reunião, Zelensky declarou que “Lula fará o melhor para ajudar a trazer paz à Ucrânia” e agradeceu ao brasileiro por um “posicionamento claro” sobre o conflito. Lula, por sua vez, afirmou ter percebido o presidente ucraniano “com mais vontade de conversar do que em encontros anteriores”.

Segundo o Itamaraty, o brasileiro defendeu que um cessar-fogo seja o primeiro passo rumo a negociações formais. Lula disse ainda que pretende conversar separadamente com o presidente norte-americano Donald Trump e com o presidente russo Vladimir Putin para discutir caminhos de pacificação. Ele destacou a relação pessoal de ambos com o chefe do Kremlin e argumentou que “se um amigo pode muito, dois amigos podem ainda mais”.

A posição de Brasília contrasta com a estratégia de Moscou, que tem resistido a um armistício imediato sob a alegação de que as “raízes do conflito” precisam ser tratadas antes da suspensão das hostilidades. Analistas observam que a Rússia busca consolidar ganhos territoriais antes de qualquer pausa militar.

Segurança, armamentos e relações comerciais

O diálogo abordou também temas econômicos e oportunidades de cooperação bilateral. Zelensky indicou interesse em ampliar parcerias que gerem contratos de longo prazo para a indústria de defesa ucraniana, bem como em acordos comerciais fora do eixo tradicional União Europeia-Estados Unidos.

Durante seu discurso na ONU, o líder ucraniano defendeu que “armas e aliados” constituem as únicas garantias reais de segurança para o país. Kyiv busca financiamento externo para desenvolver sua base industrial de defesa e manter capacidade de dissuasão contra futuras investidas russas. Paralelamente, o governo ucraniano insiste em participar de qualquer negociação que envolva seu território, receoso de um eventual entendimento bilateral entre Trump e Putin que não contemple os interesses de Kyiv.

Do lado brasileiro, a nota oficial expressou solidariedade ao sofrimento humano provocado por mais de três anos de guerra e cobrou maior envolvimento das Nações Unidas na mediação. Lula relatou ter sugerido ao secretário-geral António Guterres um papel mais ativo da organização, mas teria recebido resposta negativa.

Contexto de aproximação após divergências

A relação Brasil-Ucrânia esteve marcada por atritos desde 2022, quando declarações de Lula sobre o conflito desagradaram Zelensky. Na época, o brasileiro chegou a afirmar que o líder ucraniano “não buscou negociar” antes da escalada militar. Em 2023, os dois se encontraram durante a cúpula do G7, mas não avançaram em tratativas substanciais.

A reunião em Nova York ocorre num cenário geopolítico de mudanças. A eleição de Trump, que reabriu diálogo direto com Moscou, levou Zelensky a diversificar alianças, buscando apoio de nações emergentes. O compromisso firmado nesta semana sinaliza disposição mútua para superar rusgas diplomáticas e explorar áreas de interesse comum.

Próximos passos

Ambos os presidentes reconheceram que o tempo disponível foi curto e aventaram novas reuniões. Zelensky comentou que “espera seguir a conversa em outras oportunidades”. Lula, por sua vez, declarou que continuará a “construir pontes” com Washington e Moscou em busca de consenso mínimo para o cessar-fogo.

Enquanto o Kremlin pressiona por garantias formais que limitem uma eventual assistência ocidental à Ucrânia, os europeus discutem envio de tropas de paz e armamentos para impedir nova investida russa. Em meio a esses interesses cruzados, a iniciativa brasileira de inserção diplomática depende da aceitação dos principais atores e da capacidade de convencer Moscou e Kyiv a suspender confrontos no terreno.

Uma aproximação mais sólida entre Brasil e Ucrânia pode abrir espaço para acordos comerciais em setores como defesa, agronegócio e tecnologia. Contudo, qualquer avanço dependerá do desfecho das conversas sobre segurança e da disposição de Moscou em admitir uma trégua sob supervisão internacional.

Para acompanhar outros desdobramentos políticos relevantes, visite também a seção dedicada em Política.

Em síntese, o encontro de Nova York sinalizou vontade de cooperação e colocou o Brasil na rota das negociações pela paz, embora persistam divergências sobre o formato de garantias de segurança e o momento adequado para um cessar-fogo. Continue acompanhando nossas atualizações e participe comentando sua visão sobre os próximos passos rumo ao fim do conflito.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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