O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, divulgou um esquema estratégico para a Faixa de Gaza que pretende retirar o território da influência extremista do Hamas e encaminhar uma transição política controlada por atores moderados palestinos, com suporte de nações árabes e supervisão de um consórcio internacional. A proposta foi anunciada em 30 de setembro de 2025 e, de imediato, recebeu críticas de setores que historicamente rejeitam qualquer iniciativa associada ao republicano.
Principais pontos do plano
De acordo com informações tornadas públicas, o projeto estabelece os seguintes eixos:
1. Desradicalização de Gaza: sob monitoramento compartilhado por Estados árabes alinhados com Washington, a segurança local seria reorganizada para impedir a reestruturação de milícias islamistas.
2. Administração provisória multinacional: organismos como a Organização das Nações Unidas formariam, junto a representantes árabes, um conselho de gestão temporário responsável por serviços públicos, reconstrução de infraestrutura e preparação de eleições.
3. Transição para lideranças palestinas moderadas: ao longo do processo, a Autoridade Nacional Palestina (ANP) assumiria gradualmente funções civis, condicionada a reformas internas e à comprovação de capacidade administrativa.
4. Pressão sobre o Hamas: Trump afirmou que, caso o grupo não aceite os termos, “será um fim muito triste”, sinalizando respaldo a ações militares israelenses e sanções financeiras para neutralizar a organização.
Reação da oposição
Antes mesmo de análises detalhadas, vozes críticas acusaram o plano de inviável. Parte da imprensa norte-americana e europeia alega que qualquer proposta liderada por Trump estaria fadada ao fracasso. O argumento centra-se numa suposta falta de legitimidade do ex-presidente, ignorando que os Estados Unidos continuam a exercer papel decisivo na região.
Há também campanha para reconhecer imediatamente um Estado palestino independente em Gaza. Países como Reino Unido e França reforçaram essa agenda, ainda que, na prática, ela esbarre em ausência de liderança palestina capaz de controlar o território. Hoje, Mahmoud Abbas, presidente da ANP, enfrenta rejeição popular e acusações de corrupção. O golpe de 2007, quando o Hamas expulsou o Fatah da Faixa de Gaza, segue como exemplo de que uma entrega política sem garantias de segurança pode repetir o ciclo de violência.
Obstáculos e viabilidade
Especialistas reconhecem desafios consideráveis. O primeiro é a eliminação do aparato militar do Hamas, sustentado financeiramente por financiadores regionais. O segundo diz respeito à coordenação entre países árabes, ONU e Estados Unidos, tradicionalmente marcados por interesses divergentes. A proposta, contudo, oferece um roteiro concreto, algo ausente nas alternativas apresentadas pelos críticos.


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Imagem: FRANCIS CHUNG
Para analistas em Washington, a ênfase de Trump na participação árabe reduz a narrativa de intervenção ocidental unilateral e pressiona governos da região a assumirem responsabilidade direta pela estabilidade de Gaza. Já diplomatas ligados a Tel Aviv consideram positiva a manutenção de Israel fora da administração civil, impedindo acusações de ocupação e concentrando esforços no combate ao terrorismo.
Comparativo com propostas anteriores
Planos recentes discutidos em fóruns multilaterais limitavam-se a trégua provisória ou envio de ajuda humanitária. Nenhum deles abordava de forma simultânea segurança, governança e transição política. Ao acoplar esses elementos, o roteiro apresentado pelo ex-presidente replica, em parte, modelos de estabilização usados no pós-guerra da Bósnia e do Kosovo, onde missões internacionais garantiram segurança imediata enquanto estruturas democráticas eram implementadas.
Próximos passos
Fontes ligadas ao Departamento de Estado apontam que o desenho detalhado será entregue a Israel, Egito, Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita nas próximas semanas. Em paralelo, Washington buscará apoio no Conselho de Segurança da ONU para legitimar o consórcio administrativo. A viabilidade política dependerá de convencer governos europeus a priorizar governança efetiva em vez de um reconhecimento simbólico que, sem capacidade de execução, prolongaria o impasse.
Apesar da recepção hostil por parte de opositores, o fato objetivo é que hoje não existe outra proposta operacionalizada com etapas, metas e responsabilidades definidas. Sem alternativas concretas, a rejeição automática de alguns setores soa mais motivada por antipatia pessoal a Trump do que por interesse genuíno em pacificar Gaza.
Para quem acompanha o cenário geopolítico, vale conferir outras análises recentes na seção de política e entender como decisões estratégicas dos Estados Unidos impactam o Oriente Médio.
Em resumo, o plano de Trump estabelece roteiro firme para retirar Gaza da influência extremista, envolver nações árabes no processo e preparar terreno para lideranças palestinas moderadas. Se será executado com sucesso dependerá de fatores militares, diplomáticos e da disposição da comunidade internacional em superar reservas ideológicas. Acompanhe as próximas movimentações e esteja informado sobre cada etapa desse desdobramento.
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