A Alternativa Democrática Nacional (ADN) pretende conquistar espaço na Câmara Municipal de Setúbal nas autárquicas marcadas para 12 de outubro. O cabeça-de-lista Cláudio Fonseca declarou que a meta é eleger um vereador e dois deputados municipais, resultado que, segundo ele, reflete o sentimento de “muitos jovens e pessoas menos jovens” que integram a mobilização.
Meta definida e críticas à exposição mediática
Minutos antes de participar num debate organizado pelo jornal O Setubalense com todos os candidatos à presidência do executivo sadino, Fonseca reiterou à agência Lusa que a campanha “está a correr muito bem” e que o contacto direto com a população tem recebido retorno favorável. Mesmo assim, denunciou desequilíbrio na cobertura jornalística: “A comunicação social dá mais ênfase a outros partidos e candidaturas.” O postulante da ADN defendeu que, em democracia, todas as forças deveriam ter espaço igual para divulgar propostas e ideias.
Prioridades: habitação, transportes e valorização de bombeiros
O programa apresentado por Cláudio Fonseca foca em quatro eixos:
Habitação acessível – O candidato promete apoiar projetos que reduzam o custo de moradia, alegando que muitas famílias são pressionadas pelos preços atuais.
Transportes mais acessíveis – A coligação propõe rever a estrutura tarifária e ampliar rotas, facilitando deslocamentos e reduzindo tempo de viagem.
Mobilidade sustentável – A lista defende incentivos à utilização de meios de transporte de baixo impacto ambiental, conciliando circulação e proteção ao espaço urbano.
Carreira digna para bombeiros – Fonseca considera prioritário valorizar esses profissionais e reforçar os recursos humanos e materiais disponíveis na corporação.
Além desses temas, o plano da ADN reserva atenção especial ao setor piscatório, considerado estratégico para a economia local. O candidato defende “mais apoios concretos” para garantir competitividade e preservar a tradição marítima da cidade.
Cenário eleitoral: candidatos em disputa
Além de Cláudio Fonseca, concorrem ao município de Setúbal:
• André Martins, pela coligação CDU (PCP/PEV), que atualmente detém a presidência com uma maioria relativa.
• Maria das Dores Meira, independente apoiada por PSD e CDS-PP.
• Fernando José, pelo PS.
• António Cachaço, pelo Chega.
• Daniela Rodrigues, pelo BE.
• Flávio Lança, pela Iniciativa Liberal.
• André Dias, pelo Livre.
• Mariana Crespo, pelo PAN.


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Imagem: Internet
Nas autárquicas de 2021, a CDU obteve 34,4 % dos votos e garantiu cinco lugares no executivo, mas sem maioria absoluta. O PS conquistou quatro mandatos (27,67 %) e o PSD, dois (16,57 %). O resultado mantém o município sob uma administração de orientação comunista, embora dependente de acordos pontuais.
Estratégia da ADN diante do histórico recente
Para quebrar o ciclo de domínio da esquerda local, a lista de Cláudio Fonseca aposta na proximidade com o eleitorado descontente tanto com a gestão da CDU quanto com a presença das forças tradicionais. O partido apresenta-se como alternativa de direita moderada, prometendo “gestão eficiente e sem ideologia” na aplicação dos recursos municipais.
Embora reconheça a dificuldade de competir com estruturas partidárias mais consolidadas, Fonseca enfatiza que a campanha prioriza ações porta a porta, redes sociais e participação em debates públicos. A expectativa é conquistar o eleitor indeciso e, assim, consolidar presença no executivo e na assembleia municipal.
Próximos passos até 12 de outubro
Com pouco mais de quatro meses até à votação, a agenda da ADN inclui visitas a bairros afetados pela falta de habitação, reuniões com associações de pescadores e encontros com corporações de bombeiros. O candidato reforça que cada ação é planejada para “mostrar compromisso real” com as necessidades locais e para evidenciar diferenças em relação ao modelo atualmente em vigor na Câmara Municipal.
O sucesso ou não das propostas de Cláudio Fonseca dependerá da receção do eleitorado a esse discurso centrado em serviços essenciais e fortalecimento de categorias profissionais que, segundo a candidatura, vêm sendo “negligenciadas pelo executivo comunista”. A campanha acredita que, se alcançar um lugar no executivo, poderá servir de contrapeso às decisões da atual maioria relativa.
Para continuar a acompanhar as movimentações políticas e os bastidores das autárquicas portuguesas, veja também outras análises em nossa seção de Política.
Esses são os principais pontos da estratégia da Alternativa Democrática Nacional em Setúbal. Se você quer saber como as propostas evoluem e qual impacto podem ter na vida dos munícipes, acompanhe nossas atualizações e participe do debate deixando seu comentário.
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