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Tarifa de 50% de Trump derruba em 20% as vendas do Brasil aos EUA em setembro

Política

As vendas externas brasileiras para os Estados Unidos recuaram 20,3% em setembro de 2025, totalizando US$ 2,58 bilhões, segundo a Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). Trata-se do segundo mês consecutivo de retração após a majoração tarifária de 50% imposta pela administração Donald Trump sobre uma extensa lista de produtos nacionais.

Impacto imediato nas exportações

A adoção do chamado “tarifaço” começou a surtir efeito em agosto, quando as exportações já haviam encolhido 18,5% na comparação anual. Em setembro, a queda se acentuou e atingiu itens diretamente tarifados e mercadorias que ficaram fora da sobretaxa. Carnes bovinas despencaram 58%, açúcar e melaço retraíram 77%, armas e munições recuaram 92%, tabaco caiu 95,7% e café torrado diminuiu 29%. Entre os produtos não alcançados pela medida, o movimento também foi negativo: ferro-gusa sofreu corte de 41%, celulose cedeu 27,3% e não houve embarques de minério de ferro.

No acumulado de janeiro a setembro, as vendas ao mercado norte-americano somaram US$ 29,21 bilhões, leve baixa de 0,6% frente a igual período de 2024. Já as compras de produtos dos EUA avançaram 11,8%, alcançando US$ 34,32 bilhões. O resultado foi um déficit de US$ 5,1 bilhões para o Brasil nos nove primeiros meses do ano.

Déficit comercial e projeções revisadas

Em setembro, o Brasil importou US$ 4,35 bilhões em produtos norte-americanos, 14,3% a mais que em 2024, ampliando o déficit bilateral para US$ 1,77 bilhão no mês. Apesar disso, a balança global brasileira registrou superávit de US$ 2,99 bilhões, graças ao forte desempenho de outras rotas comerciais, que levaram as exportações totais a US$ 30,53 bilhões — recorde histórico para o mês. As importações, porém, também bateram recorde e atingiram US$ 27,54 bilhões, alta de 17,7%.

Diante da nova conjuntura, a Secretaria de Comércio Exterior revisou as projeções para 2025. O superávit esperado passou de US$ 50,4 bilhões para US$ 60,9 bilhões. Se confirmado, representará recuo de 17,9% sobre os US$ 74,2 bilhões de 2024. A expectativa de exportação foi ajustada para cima, a US$ 344,9 bilhões, enquanto a estimativa de importação caiu para US$ 284 bilhões.

Negociação direta entre Trump e Lula

Em meio ao impasse, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva telefonou a Donald Trump em 6 de outubro para solicitar a retirada das sobretaxas. De acordo com nota do Palácio do Planalto, Lula requereu “a revogação da taxa de 40% aplicada a produtos nacionais e a suspensão de restrições contra autoridades brasileiras”. Trump designou o secretário de Estado, Marco Rubio, para tratar do assunto com o vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, o chanceler Mauro Vieira e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Um novo encontro presencial foi combinado, mas ainda sem data divulgada.

A conversa vinha sendo costurada desde julho, quando Washington anunciou o aumento tarifário. Até então, o governo brasileiro encontrava dificuldade para abrir diálogo direto com a Casa Branca. A pressão agora recai sobre a equipe econômica, que busca reverter as barreiras sem ceder em pontos considerados estratégicos, como preferências dadas a parceiros regionais.

Produtos mais afetados

Carne bovina — queda de 58%

Açúcar e melaço — retração de 77%

Armas e munições — recuo de 92%

Tabaco — baixa de 95,7%

Café torrado — redução de 29%

A lista evidencia que o agronegócio, principal motor das exportações do país, sofreu o maior impacto. Mesmo segmentos que ficaram fora da sobretaxa direta sentiram efeitos indiretos, seja pelo encarecimento logístico, seja pela insegurança contratual gerada pelas novas regras.

Cenário para o próximo trimestre

Para analistas do MDIC, o último trimestre do ano tende a manter o ritmo fraco nas vendas ao mercado norte-americano, a menos que a negociação política avance rapidamente. Empresários também apontam que a alíquota de 50% torna diversos produtos brasileiros inviáveis frente a concorrentes asiáticos que mantêm condições tarifárias mais favoráveis.

O governo brasileiro prepara relatórios para respaldar eventual contestação das medidas junto à Organização Mundial do Comércio (OMC). Enquanto isso, setores exportadores reforçam a necessidade de diversificar destinos como alternativa imediata ao mercado dos EUA.

Se você deseja acompanhar outras atualizações sobre o cenário político e econômico, visite a seção específica em Política, onde publicamos análises diárias.

Em resumo, a sobretaxa de 50% imposta pelos EUA já provoca perdas relevantes ao comércio exterior brasileiro, amplia o déficit bilateral e pressiona o governo a negociar alívio tarifário. Acompanhe nossos próximos relatos e fique por dentro dos desdobramentos.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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