geraldenoticias 1757696747

Carlos Bolsonaro atribui a Mauro Cid dura sentença imposta ao pai no STF

Política

Brasília, 12 de julho – O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) reagiu publicamente à decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão. Em publicação no X (antigo Twitter), o filho do ex-mandatário responsabilizou o tenente-coronel Mauro Cid pelo desfecho do julgamento, escrevendo de forma irônica: “Parabéns pelo que fez na história brasileira, Mauro Cid!”.

Críticas diretas a Mauro Cid

Carlos Bolsonaro manifestou-se poucas horas depois de o STF anunciar a sentença que classificou seu pai como líder de uma “organização criminosa” envolvida na chamada tentativa de golpe de Estado. Para o vereador, a colaboração premiada de Mauro Cid foi decisiva para a formação de convicção dos ministros.

Ex-ajudante de ordens e considerado um dos assessores mais próximos de Jair Bolsonaro durante o mandato, Cid teve a pena reduzida para dois anos em regime aberto graças ao acordo de delação. Ao assinar a colaboração, ele detalhou episódios que, segundo a Procuradoria-Geral da República, comprovariam o planejamento de medidas para impedir a transmissão legítima de poder após as eleições de 2022.

A publicação de Carlos intensifica a tensão entre aliados do ex-presidente e o militar. Há poucas semanas, bastidores já indicavam desconforto no entorno bolsonarista com a postura de Cid, vista por parte da base de apoio como “traição” ao ex-chefe do Executivo.

Delação considerada peça-chave pelo STF

Nos votos apresentados, ministros da Primeira Turma apontaram “provas robustas” fornecidas por Mauro Cid. Entre os elementos citados estão mensagens, áudios e registros de reuniões em que, de acordo com a acusação, Jair Bolsonaro teria discutido decretos e manobras para manter-se no poder.

Além de relatar conversas, Cid entregou a investigadores cópias de rascunhos de decretos que previam a intervenção federal em tribunais superiores e no sistema eleitoral. Esses documentos foram decisivos para sustentar a tese de que existia um núcleo centralizado de decisão, supostamente liderado pelo então presidente.

Graças à delação, Cid foi sentenciado a pena branda, sem necessidade de passar dias na prisão. Já Jair Bolsonaro recebeu condenação em regime fechado e poderá recorrer apenas dentro de margens estreitas, uma vez que o Supremo é foro de instância única nesses processos. Sua defesa estuda apresentar embargos declaratórios e avaliar a possibilidade de recorrer a organismos internacionais, como a Corte Interamericana de Direitos Humanos.

Penas distintas e repercussão política

Além de Bolsonaro e Cid, outros seis réus apontados como integrantes do “núcleo crucial” da alegada trama também foram condenados. As sanções variam conforme o grau de participação atribuído a cada um, mas nenhuma se aproxima da pena de Jair Bolsonaro, considerada a mais severa do processo.

A decisão gera repercussão imediata no Congresso e entre governadores aliados ao ex-presidente, que enxergam riscos de tensionamento social semelhante ao do início de 2023. Parlamentares do PL e de legendas de direita argumentam que o julgamento “extraordinário” no Supremo restringe o direito de defesa. Já líderes governistas classificam o resultado como “vitória do Estado democrático”.

Nos bastidores, interlocutores do ex-mandatário avaliam estratégias para transformar a narrativa em instrumento de mobilização eleitoral. Carlos Bolsonaro, ativo nas redes, tende a assumir protagonismo nesse movimento, enfatizando que a condenação só foi possível pela “cooperação” de Mauro Cid.

Perspectivas de recurso

Especialistas ouvidos pela defesa reconhecem que a margem para reversão da sentença é limitada. No STF, embargos declaratórios podem apenas apontar omissões ou obscuridades, sem reavaliar mérito. Caso questionamentos internos não prosperem, o caminho seria acionar tribunais internacionais, alegando violação a garantias fundamentais.

Enquanto isso, advogados de Jair Bolsonaro tentarão converter o regime fechado em prisão domiciliar, citando segurança pessoal e eventual condição de ex-chefe de Estado. O Supremo, contudo, costuma adotar critérios estritos para concessão desse benefício a réus condenados por crimes contra as instituições democráticas.

Para aliados próximos, a prioridade agora é reforçar o discurso de que a colaboração de Cid — vista como instrumento de autodefesa — sacrificou o ex-presidente com base em versões unilaterais. A avaliação é que, sem a delação, o Ministério Público teria dificuldades de comprovar responsabilidade direta de Bolsonaro nos episódios narrados.

Saiba mais sobre os desdobramentos desse caso acessando a nossa seção de Política.

Em resumo, a reação de Carlos Bolsonaro evidencia a divisão entre antigos aliados e aprofunda o debate sobre o peso das delações premiadas em julgamentos de forte conotação política. Continue acompanhando nossas atualizações e receba em primeira mão todas as novas informações.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

IMPERDÍVEL! Jair Bolsonaro: O fenômeno ignorado: Eles não entenderam nada

IMPERDÍVEL! Jair Bolsonaro: O fenômeno ignorado: Eles não entenderam nada

R$52,36 R$99,00 -47%
Ver na Amazon
Caneca Brasil Bolsonaro

Caneca Brasil Bolsonaro

R$29,90 R$59,00 -49%
Ver na Amazon
Camiseta Bolsonaro Donald Trump presidente

Camiseta Bolsonaro Donald Trump presidente

R$49,99 R$109,99 -55%
Ver na Amazon
Mouse Pad Bolsonaro assinando Lei Animais

Mouse Pad Bolsonaro assinando Lei Animais

R$17,90 R$49,99 -64%
Ver na Amazon
Mito ou verdade: Jair Messias Bolsonaro - Leitura Imperdível!

Mito ou verdade: Jair Messias Bolsonaro - Leitura Imperdível!

R$21,30 R$49,99 -57%
Ver na Amazon

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Quando você efetua suas compras por meio dos links disponíveis aqui no Geral de Notícias, podemos receber uma comissão de afiliado, sem que isso acarrete nenhum custo adicional para você!