RIO DE JANEIRO – Nomes populares da música e da televisão decidiram ocupar as ruas neste domingo (21) para pressionar o Congresso Nacional a barrar o Projeto de Lei da Anistia e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Imunidade. Os atos, liderados por artistas alinhados à esquerda, têm programação confirmada em capitais como Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Fortaleza e Curitiba.
Show em Copacabana reúne trio da MPB contra avanços no Congresso
A principal mobilização ocorre na praia de Copacabana, onde Gilberto Gil, Caetano Veloso e Chico Buarque programam apresentação gratuita. Em vídeo divulgado nas redes sociais, Caetano classificou a PEC como “bandidagem” e pediu “resposta saudável” da população. O cantor criticou a velocidade com que a proposta e o PL da Anistia avançaram na Câmara, destacando que “não pode ficar sem resposta”.
Os três músicos, que já viveram exílio durante o regime militar, voltam a se engajar publicamente em pautas legislativas. A iniciativa também conquistou apoio da cantora Anitta. Em postagem, a artista argumentou que “todo ser humano deve ser igualmente julgado pelos crimes, independentemente de posição política”, associando a afirmação à PEC em debate.
Entenda as propostas que motivam os atos
A PEC da Imunidade, aprovada em primeiro turno pela Câmara na última terça-feira (16), prevê que o Supremo Tribunal Federal só possa abrir ação penal contra parlamentar após aval do Congresso. Apelidada de “PEC da Blindagem” pelos críticos, a medida ainda precisa passar pelo Senado. Defensores da proposta afirmam que ela corrige abusos e garante independência entre os Poderes; opositores sustentam que cria obstáculos à responsabilização de políticos.
Já o PL da Anistia, cujo regime de urgência foi aprovado na quarta-feira (17), pode beneficiar investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 e eventualmente alcançar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O texto está nas mãos do relator Paulinho da Força (Solidariedade), que negocia a redação final. A tramitação acelerada provocou reação imediata da bancada petista e intensificou a articulação dos protestos.
Organização envolve movimentos e personalidades televisivas
Além dos nomes da música, a mobilização conta com atores de destaque. Débora Bloch, presente na atual versão da novela “Vale Tudo”, declarou que a PEC “precisa receber uma resposta” e questionou “o que temem nossos deputados”. Em São Paulo, o ato foi convocado no Museu de Arte de São Paulo (Masp) pelo movimento Frente Povo sem Medo, ligado ao deputado Guilherme Boulos (PSOL). O slogan escolhido é “Congresso inimigo do povo”.
Grupos de militância engajados em eleições passadas, ONGs e centrais sindicais também confirmaram presença. A estratégia repete a utilizada em pautas como a reforma trabalhista e a PEC do Teto, quando setores culturais buscaram mobilizar opinião pública contra projetos considerados favoráveis a ajustes fiscais ou à livre iniciativa.
Cronograma dos protestos pelo país
• Rio de Janeiro: show em Copacabana a partir das 15h
• São Paulo: concentração no Masp às 14h
• Brasília: Esplanada dos Ministérios, 16h
• Belo Horizonte: Praça da Liberdade, 15h
• Salvador: Farol da Barra, 15h
• Fortaleza: Praia de Iracema, 15h
• Curitiba: Boca Maldita, 14h


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Imagem: Rafael Fantin
Repercussão política e próximos passos
Enquanto artistas chamam a atenção para as votações, líderes partidários monitoram o impacto nas redes e nas ruas. No Senado, onde a PEC da Imunidade será analisada, parlamentares avaliam se a pressão popular pode adiar apreciação da matéria. Na Câmara, o relator do PL da Anistia indica que apresentará novo parecer nos próximos dias, mantendo o cronograma acelerado.
Mesmo sem data definida para deliberação final, ambas as propostas seguem prioridades da base governista e de parte do Centrão, o que gera divergências internas. Apoio ou rejeição dependerão da articulação entre líderes, posicionamento de colunas de opinião e termômetro das manifestações.
Para acompanhar desdobramentos sobre a votação da PEC e do PL da Anistia, visite nossa seção de política, onde atualizações diárias são publicadas.
Em síntese, o domingo promete pautar o noticiário político com eventos simultâneos em diversas capitais. Cantores e atores buscam barrar mudanças que, segundo eles, favorecem parlamentares e investigados pelo 8 de janeiro. Resta saber se a pressão cultural influenciará o ritmo legislativo. Continue acompanhando e participe da discussão nos comentários.
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