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Direito ao funeral digno une Mujica, Kirk e bebê enterrada em Recife

Política

Três histórias recentes, ocorridas em países e contextos distintos, evidenciam que o rito de despedida é um atributo essencial da dignidade humana, independentemente de idade, convicções ou posição social.

Último adeus a Pepe Mujica mobiliza Montevidéu

O ex-presidente do Uruguai José Alberto “Pepe” Mujica faleceu em 13 de maio de 2025, aos 89 anos. Reconhecido internacionalmente pela trajetória como ex-guerrilheiro e pela defesa de pautas progressistas — entre elas a descriminalização do aborto, a liberação do consumo recreativo de maconha e a permissão de adoção por casais do mesmo sexo — Mujica manteve, até o fim, a imagem de político de hábitos simples, simbolizada pelo Fusca 1970 que dirigia.

O governo uruguaio organizou um funeral público iniciado em 14 de maio. O corpo, acomodado em carruagem puxada por seis cavalos, saiu do Palácio Estévez, percorreu a tradicional Avenida 18 de Julio e chegou à Capela Ardente, onde permaneceu por dois dias. Milhares de pessoas formaram filas para prestar condolências, reforçando o peso simbólico do ex-mandatário na esquerda latino-americana.

Charlie Kirk é velado sob forte esquema de segurança

Sete dias antes da divulgação desta reportagem, o ativista norte-americano Charlie Kirk, 31, foi assassinado dentro de uma universidade alemã. O disparo atingiu a laringe, região de onde ele costumava defender publicamente posições pró-vida, críticas à ideologia de gênero e em favor do papel da família cristã na sociedade.

Após o crime, o corpo de Kirk foi colocado em um caixão sela­do e transportado no avião do vice-presidente dos Estados Unidos, J. D. Vance. Soldados fardados conduziram o translado até a Capela Mortuária Hansen, em Berlim, onde uma multidão passou a noite em vigília. A cerimônia, marcada por orações e cânticos religiosos, ocorreu sob escolta, dada a tensão política causada pelo atentado.

O assassinato gerou reação imediata nas redes sociais. Enquanto simpatizantes lamentavam a perda, opositores chegaram a celebrar o ato, expondo uma faceta de intolerância que contrasta com o valor civilizatório conferido ao funeral digno.

Bebê de 9 semanas recebe exéquias em Recife

No Brasil, outro acontecimento inédito ilustrou a extensão do direito ao sepultamento: o enterro de Rosa Guadalupe, em 7 de setembro. Com apenas nove semanas de gestação, a criança foi velada e recebeu missa de corpo presente na capital pernambucana. O rito foi viabilizado pela Lei nº 15.139/25, que instituiu a Política Nacional de Humanização do Luto Materno e Parental, em vigor desde 26 de agosto deste ano.

Pela nova norma, famílias podem solicitar o corpo do nascituro para despedida formal, evitando o descarte em resíduos hospitalares. Assim, pais, parentes e amigos puderam velar o pequeno corpo, destacando o reconhecimento legal da personalidade ainda na fase intrauterina.

Rituais funerários reforçam valor da vida

Os três episódios demonstram que o sepultamento transcende credo, ideologia ou estágio de desenvolvimento. A cerimônia fúnebre oferece espaço para luto, memória e reconhecimento da dignidade inerente a cada indivíduo. Quando esse direito é atacado, seja por violência física ou por desdém moral, a própria coesão social é afetada.

No caso de Charlie Kirk, as manifestações de regozijo pelo homicídio expuseram um clima de polarização onde a discordância política ultrapassa limites éticos elementares. Situações semelhantes, embora menos notórias, já foram registradas em outras ocasiões, sinalizando risco de normalização da barbárie.

Já o funeral da bebê pernambucana demonstra que avanços legislativos podem fortalecer a proteção à vida desde a concepção, ampliando a assistência às famílias e assegurando respeito ao luto parental. A iniciativa brasileira se alinha a práticas existentes em países que reconhecem direitos do nascituro e valorizam a família como núcleo fundamental da sociedade.

Por fim, o cortejo de Pepe Mujica confirma que, mesmo entre líderes com trajetórias controversas, o reconhecimento público de feitos e convicções cabe dentro de um ritual civilizado de despedida. A solenidade uruguaia consolidou a imagem de humildade cultivada pelo ex-presidente, preservando tradições republicanas e culturais do país.

Em síntese, Mujica, Kirk e Rosa Guadalupe representam perfis distintos que convergem em um ponto essencial: o ser humano, em qualquer circunstância, merece um funeral que reflita seu valor intrínseco. A sociedade que preserva esse princípio reforça a própria identidade civilizacional.

Se deseja acompanhar debates relacionados à proteção da vida e à atuação de autoridades, confira a seção específica de política no nosso portal clicando aqui.

Esses acontecimentos recentes reforçam a importância do respeito ao luto e à dignidade humana. Compartilhe esta matéria e participe da discussão sobre como manter a civilidade nos momentos mais delicados da existência.

Para informações oficiais e atualizadas sobre política brasileira, consulte também:

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