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Ato na Paulista triplica público pró-Bolsonaro e irrita ministros de Lula

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Tensões entre Planalto e oposição voltaram a ganhar destaque depois das manifestações realizadas no domingo, 3 de agosto, em diversas capitais brasileiras. Em São Paulo, o ato concentrou milhares de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, com pautas que incluíram anistia aos condenados de 8 de Janeiro e pedido de impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Enquanto dados de institutos independentes apontam aumento expressivo de público, ministros do governo Lula minimizaram a mobilização, classificando-a como “volume morto”.

Pautas do protesto e ausência de Bolsonaro

As manifestações foram convocadas por parlamentares do PL e grupos favoráveis ao ex-chefe do Executivo. Mesmo impedido de participar por determinação do STF, Bolsonaro teve o nome lembrado em faixas e discursos. Entre os presentes na Paulista estava o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que criticou decisões judiciais sobre o 8 de Janeiro e reforçou pedidos de anistia. Oradores também cobraram o afastamento de Alexandre de Moraes, alegando “abusos” na condução de inquéritos.

Os atos ocorreram simultaneamente em outras capitais e cidades do interior. Organizadores relataram concentrações menores em Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Fortaleza. Em todas as praças, o tom predominante foi de cobrança ao Judiciário e defesa de direitos políticos de aliados do ex-presidente.

Reação no Palácio do Planalto

Integrantes do primeiro escalão do governo federal acompanharam as mobilizações à distância e não esconderam o desdém. Um ministro com assento no Palácio do Planalto, sob condição de anonimato, declarou: “Os atos bolsonaristas deste domingo chegaram no volume morto. Sem ninguém. Vamos mandar para Washington essas imagens?”. A referência irônica foi direcionada a diplomatas norte-americanos que, segundo auxiliares de Lula, teriam interesse em avaliar a força eleitoral de Bolsonaro.

Também pelas redes sociais, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), provocou governadores que, no passado, marcaram presença em atos pró-Bolsonaro. “Quais governadores frequentavam os atos pró-Bolsonaro e hoje esqueceram de comparecer?”, questionou o petista, sugerindo isolamento político do ex-presidente.

Estimativas indicam crescimento expressivo de público

Apesar da leitura depreciativa no governo, números apresentados por dois levantamentos independentes apontam a maior mobilização oposicionista desde junho. O Monitor do Debate Político do Cebrap, vinculado à Universidade de São Paulo, em parceria com a ONG More in Common, calculou 37,6 mil pessoas na Paulista. Já o PoderData publicou estimativa de 56 mil participantes.

Ambos os institutos confirmam aumento superior a três vezes em relação ao último ato bolsonarista registrado no mesmo local, em 29 de junho. Naquela ocasião, o PoderData contou 16,4 mil manifestantes, enquanto o grupo da USP apontou 12,4 mil. Os números atuais, portanto, revelam crescimento considerável na adesão, ainda que distante dos grandes comícios de 2022.

Pesquisadores atribuem parte desse avanço à capilaridade das redes de organização local, responsáveis por caravanas vindas do interior paulista e de estados vizinhos. Ainda assim, a participação ficou aquém das expectativas de alas bolsonaristas, que projetavam público superior a 100 mil.

Contexto político e próximos passos

A mobilização ocorre em momento sensível para a direita, que busca manter relevância depois da inabilitação eleitoral de Bolsonaro. Parlamentares do PL querem usar o crescimento do público como argumento contra eventuais prisões decorrentes do 8 de Janeiro e para pressionar pela abertura de processos de impeachment no Congresso. A sigla também pretende reforçar campanhas estaduais em 2024, apresentando os atos como teste de rua.

No Planalto, o diagnóstico é outro. A avaliação interna sustenta que, embora maior, o público permanece limitado aos núcleos mais fiéis do ex-presidente. Auxiliares de Lula apontam o distanciamento de governadores, prefeitos e partidos de centro como sinal de que a base bolsonarista não se expande além do eleitorado histórico.

Para observadores do cenário político, a diferença de leituras indica que a Avenida Paulista continua sendo palco de disputa narrativa. Enquanto ministros do governo tentam enquadrar as manifestações como esvaziadas, líderes conservadores exibem os números como demonstração de força. A evolução das próximas convocações mostrará se o crescimento verificado no domingo foi pontual ou prenúncio de retomada consistente das mobilizações de rua.

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