Quem? A deputada federal norte-americana María Elvira Salazar, do Partido Republicano.
O quê? Críticas públicas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, após a imposição de prisão domiciliar ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Quando e onde? Declarações publicadas na rede social X na noite de terça-feira (data conforme postagem), repercutindo em Brasília, Washington e nas redes.
Como? Salazar classificou a decisão do magistrado como “abuso de poder” e “perseguição”, afirmando que não houve condenação nem devido processo legal contra Bolsonaro.
Críticas diretas ao STF e alerta sobre “ditadura”
Em mensagem de alcance internacional, María Elvira Salazar afirmou que a determinação de prisão domiciliar imposta pelo ministro Alexandre de Moraes confirma, segundo ela, um cenário de injustiça no Brasil. “Injustiça! Alexandre de Moraes mais uma vez abusou de seu poder ao colocar o ex-presidente Bolsonaro em prisão domiciliar sem uma única condenação ou devido processo legal. Isso não é justiça. Isso é perseguição”, escreveu a congressista.
Na sequência, a deputada advertiu que o país “está perigosamente perto de se tornar uma ditadura, onde oponentes políticos são silenciados, não julgados”. O texto conclui com um chamado: “Precisamos levantar nossas vozes antes que seja tarde demais”.
A publicação atraiu milhares de interações em poucos minutos, reforçando o debate sobre a atuação do Supremo brasileiro no exterior. Aliados de Bolsonaro, influenciadores conservadores e parlamentares republicanos replicaram a mensagem.
Resposta imediata de Eduardo Bolsonaro
O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, que permanece nos Estados Unidos desde fevereiro deste ano, respondeu à postagem em defesa do pai. “Nenhum crime, nenhuma prova, apenas por ter apoiado protestos contra Moraes”, declarou o parlamentar, endossando o posicionamento da republicana.
Eduardo Bolsonaro já havia se reunido diversas vezes com María Elvira Salazar em Washington. A sintonia entre ambos se consolidou em agendas parlamentares voltadas à denúncia de supostas violações à liberdade de expressão no Brasil.


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Histórico de embates e projeto no Congresso americano
Não foi a primeira manifestação de Salazar contra o STF. Em 9 de julho, ela utilizou o mesmo perfil para acusar Moraes de agir politicamente contra Jair Bolsonaro, chamando a conduta do magistrado de “vergonha”.
Além das publicações, a congressista é coautora do projeto No Censors on Our Shores Act, apresentado em fevereiro de 2025 na Câmara dos Representantes. A proposta prevê sanções a autoridades estrangeiras que, segundo o texto, suprimam a liberdade de expressão em seus países de origem. O projeto ainda aguarda deliberação em comitês, mas conta com apoio de vários republicanos e integra uma estratégia de pressão diplomática sobre governos considerados hostis ao debate público.
Aliança transnacional conservadora
A aproximação entre Salazar e Eduardo Bolsonaro amplia a rede de colaboração entre parlamentares conservadores brasileiros e norte-americanos. Nos últimos meses, o grupo tem organizado audiências, coletivas e discursos que apontam supostos excessos do Supremo Tribunal Federal. Para esses legisladores, decisões que restringem perfis em redes sociais ou impõem medidas cautelares a ex-autoridades configuram afronta à liberdade de expressão e ao devido processo legal.
Essa articulação busca repercussão internacional para pressionar instituições brasileiras e reforçar a narrativa de que há perseguição contra opositores. A estratégia se dá em meio ao processo em que Alexandre de Moraes, relator de inquéritos que investigam atos antidemocráticos, determinou prisão domiciliar preventiva a Bolsonaro. A medida abrange uso de tornozeleira eletrônica, entrega de passaporte e proibição de contato com outros investigados.
Repercussão e próximos passos
Desde o início da semana, parlamentares republicanos compartilharam a mensagem de Salazar, reforçando críticas à atuação do STF. Entre eles, destacam-se nomes ligados à bancada conservadora do Congresso dos Estados Unidos, que alegam preocupação com a estabilidade institucional no Brasil.
Do lado brasileiro, aliados de Bolsonaro pretendem usar as declarações para embasar recursos em tribunais superiores e em organismos internacionais. Já defensores das decisões do STF argumentam que as medidas seguem previsão legal em investigações sobre tentativa de subversão da ordem democrática.
Com a tramitação do No Censors on Our Shores Act em Washington e a continuidade dos processos em Brasília, a tensão entre o Supremo Tribunal Federal e parlamentares conservadores, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, tende a aumentar. O caso confirma a internacionalização das discussões sobre liberdade de expressão e os limites da atuação judicial na esfera política.

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