O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) voltou a consumir chocolate depois de cumprir a promessa de permanecer em abstinência até que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, fosse alvo de sanções pelos Estados Unidos. O parlamentar divulgou um vídeo nas redes sociais em que aparece emocionado, com um pote de sorvete, ao comemorar a medida norte-americana.
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Promessa cumprida após sanção histórica
Em decreto publicado nesta semana, o governo dos EUA aplicou a Lei Magnitsky Global contra Moraes, bloqueando eventuais bens em território americano, proibindo sua entrada no país e restringindo a contratação de serviços de instituições sujeitas à jurisdição dos Estados Unidos. Segundo registros oficiais, essa é a primeira vez que um membro de Suprema Corte de uma nação democrática é enquadrado pela legislação que pune violações de direitos humanos.
Eduardo Bolsonaro afirma ter feito a promessa por se considerar “chocólatra”. Desde o início de 2025, ele permanece em solo americano, após solicitar licença da Câmara dos Deputados em março. O objetivo declarado do parlamentar é “buscar sanções a violadores de direitos humanos”, mencionando nominalmente o ministro do STF. Com a decisão norte-americana, o deputado disse sentir‐se “aliviado” por poder encerrar o jejum de chocolate.
Tarifa-Moraes e repercussão comercial
Além das sanções pessoais, a gestão Trump confirmou a imposição de uma tarifa de 50 % sobre diversos produtos brasileiros, medida apelidada por Eduardo de “Tarifa-Moraes”. O parlamentar sustenta que a sobretaxa responsabiliza o ministro por impactos econômicos gerados por suas decisões e condutas. Documentos da Casa Branca revelam, no entanto, que 694 itens foram excluídos da lista tarifária, o que, segundo a consultoria Leme Consultores, reduz em cerca de 41 % o efeito financeiro do aumento de impostos.
Entre os setores mais atingidos permanecem café e carnes, produtos relevantes para a balança comercial brasileira. Associações do agronegócio acompanham os desdobramentos e avaliam impactos regionais, enquanto o Ministério das Relações Exteriores ainda não divulgou reação formal ao novo pacote tarifário.
Situação parlamentar e investigação no STF
A licença de Eduardo Bolsonaro terminou em 20 de julho. Por permanecer fora do Brasil, ele corre risco de perda de mandato por excesso de faltas não justificadas, conforme o Regimento Interno da Câmara. Até o momento, o deputado não sinalizou plano de retorno e mantém agenda de reuniões com parlamentares norte-americanos em Washington.
Imagem: Reprodução via correiobraziliense.com.br
Dentro do Supremo, o filho “03” do ex-presidente Jair Bolsonaro é investigado por suposta tentativa de constranger processo penal que envolve o pai, denunciado por tentativa de golpe de Estado. A Procuradoria-Geral da República aponta que o congressista utilizaria pressões internacionais como estratégia de defesa familiar. Não há data definida para conclusão do inquérito.
Reações políticas
Parlamentares alinhados à oposição comemoraram a decisão dos EUA, destacando que a aplicação da Lei Magnitsky reforça denúncias de abuso de autoridade contra Moraes. Por outro lado, aliados do ministro na esquerda classificam as sanções como “interferência externa” e prometem articular resposta diplomática.
Enquanto o debate avança, Eduardo Bolsonaro segue investindo em agendas de direitos humanos no exterior e, agora, sem restrições alimentares, afirma ter retomado o consumo de chocolate “sem culpa”.
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