Brasília – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender a criação de uma alíquota mínima para altas rendas e cobrou publicamente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, a se manifestar sobre o tema. Em entrevista concedida nesta quarta-feira ao portal UOL, o titular da economia afirmou que “seria interessante saber o que pensam os presidenciáveis” a respeito da proposta que altera o Imposto de Renda e estabelece taxação sobre os chamados super-ricos.
Ministro quer posicionamento da oposição
Durante a conversa, Haddad ligou a discussão tributária à corrida presidencial de 2026. Sem mencionar nomes além de Tarcísio, o ministro listou “todos os que estão se colocando” como pré-candidatos de oposição e perguntou se eles “vão ajudar a votar a favor ou trabalhar contra” a reforma. Segundo ele, 80% da população apoia o projeto definido pelo governo Lula.
Apesar da cobrança, Haddad evitou detalhar de que forma pretende enquadrar patrimônios elevados, limitando-se a dizer que não abre mão da compensação fiscal necessária para bancar a isenção de Imposto de Renda até R$ 5 mil mensais. O ministro repetiu que há acordo com lideranças do Congresso para levar a proposta ao plenário assim que o texto estiver concluído.
Ao comentar a postura do governador paulista, Haddad declarou que a “elite brasileira tem problemas com agendas progressistas” e sugeriu que Tarcísio seria contrário à taxação de grandes fortunas. O ex-ministro da Infraestrutura, contudo, ainda não apresentou publicamente um posicionamento formal sobre a medida.
Agenda econômica em pauta
Haddad também falou sobre outras peças do pacote econômico em tramitação no Legislativo. Entre elas, citou o projeto que reduz em 10% benefícios tributários não previstos na Constituição. Para o ministro, o texto avança porque há “consenso” sobre a necessidade de diminuir exceções que pressionam as contas públicas.
Sobre o debate cambial, Haddad avaliou que o dólar seguirá como principal reserva de valor mundial por “muitos anos”, a menos que os Estados Unidos falhem de forma prolongada na condução de sua política econômica. Ele reconheceu que setores exportadores brasileiros podem sofrer em caso de flutuações mais bruscas, mas disse que “macroeconomicamente” o país tem condições de enfrentar esses movimentos.
Questionado sobre a relação comercial com Washington, o ministro sinalizou disposição para negociar eventuais tarifas e afirmou que o governo atua de forma “reativa” aos anúncios do ex-presidente norte-americano Donald Trump. Haddad deixou em aberto a possibilidade de contestar barreiras na Organização Mundial do Comércio e, se necessário, na Justiça dos Estados Unidos.
Perspectiva eleitoral e expectativas
Indagado se pretende disputar algum cargo em 2026, o chefe da Fazenda respondeu que “neste momento” não tem planos de concorrer. Ele acrescentou considerar “natural” que o presidente Lula cobre de seus ministros a defesa das pautas do Executivo — recado dirigido sobretudo aos representantes de partidos aliados que ocupam pastas estratégicas.
Sobre o clima da próxima campanha presidencial, Haddad previu que Tarcísio dificilmente adotará “baixaria”, porém admitiu que pessoas próximas ao governador podem disseminar desinformação contra o Planalto. Embora cite o avanço das chamadas fake news, o ministro não apresentou exemplos concretos nem estratégias oficiais para combater o problema.


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Imagem: Internet
Reforma do IR e resistência do mercado
A principal aposta de Haddad na seara fiscal continua sendo a atualização da tabela do Imposto de Renda. Pela proposta, quem recebe até R$ 5 mil ficaria isento, enquanto patrimonios elevados arcariam com uma nova contribuição. O governo argumenta que a medida corrige distorções, mas enfrenta resistência de setores que temem aumento da carga tributária e questionam a eficácia da compensação.
Especialistas do mercado financeiro avaliam que a taxação de altas rendas pode gerar fuga de capitais caso as regras não sejam claras. Já organizações alinhadas às centrais sindicais endossam a ideia de que a elite econômica deve assumir parcela maior no esforço de arrecadação. O embate promete se intensificar quando o texto chegar às comissões temáticas do Congresso.
Enquanto o ministro insiste na tese de justiça fiscal, governadores e lideranças empresariais cobram detalhamento sobre a aplicabilidade da alíquota mínima. Sem consenso, cresce a expectativa em torno do posicionamento de figuras como Tarcísio de Freitas, visto como possível nome da direita para tentar o Palácio do Planalto.
Com a cobrança pública, Haddad coloca pressão sobre os pré-candidatos de oposição, ao mesmo tempo em que reforça a estratégia de apresentar o governo como defensor de uma reforma tributária “popular”. Agora, a discussão avança para o Congresso, que terá de equilibrar contas, interesses regionais e a recepção do mercado.
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Em resumo, Haddad defendeu a isenção do IR até R$ 5 mil, condicionou a medida à taxação de super-ricos e cobrou posicionamento de Tarcísio e demais pré-candidatos da oposição. A reforma promete debate intenso no Congresso. Continue acompanhando e compartilhe este conteúdo com quem busca entender os próximos passos da agenda econômica no país.

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