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Inadimplência empresarial bate recorde e tarifa dos EUA amplia pressão sobre caixa

Política

Brasília, 27 ago. 2025 – O ambiente de negócios brasileiro entrou em território inédito de tensão. O valor das dívidas vencidas e não pagas pelas empresas alcançou R$ 182,4 bilhões em maio, o maior nível da série histórica da Serasa Experian iniciada em 2016. Ao mesmo tempo, o novo pacote tarifário imposto pelos Estados Unidos multiplicou custos para exportadores e suas cadeias de fornecedores, criando um cenário de risco para o fluxo de caixa e para a manutenção de empregos.

Juros a 15 % limitam crédito e elevam atrasos

Cerca de 7,7 milhões de CNPJs, praticamente um terço do total ativo no país, permanecem com contas em atraso há mais de 90 dias. Cada empresa carrega, em média, 7,3 obrigações não quitadas. A principal explicação continua sendo o aperto monetário. Com a Selic mantida em 15 % ao ano, o crédito tornou-se artigo raro, sobretudo para micro, pequenas e médias empresas.

Relatório da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) mostra desaceleração na expansão da carteira de crédito. O avanço anual recuou de 11,9 % em junho para 11,3 % em julho. A entidade projeta inadimplência estável em 5 % na carteira com recursos livres até 2026, patamar superior ao de 2024.

Rubens Sardenberg, diretor de Economia da Febraban, observa que a política monetária contracionista continua a reduzir a demanda por financiamentos. Com menos crédito disponível, empresas postergam pagamentos e priorizam despesas operacionais imediatas, empurrando o endividamento para patamares alarmantes.

Tarifa média de 30,9 % nos EUA agrava quadro das exportadoras

Se o custo do dinheiro restringe o lado doméstico, o comércio exterior enfrenta obstáculo adicional. Cálculos do BTG Pactual apontam que a tarifa média aplicada pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros subiu para 30,9 % — aumento de trinta vezes. Segundo levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), 77,8 % da pauta exportadora direcionada ao mercado norte-americano está sujeita a alguma taxação, e mais da metade das vendas pode receber sobretaxas de 50 %.

A adoção desse “tarifaço” força exportadores a duas alternativas: reduzir preços, comprimindo margens, ou abandonar contratos, perdendo receitas conquistadas ao longo dos anos. O impacto chega a toda a cadeia. Transportadoras, fornecedores de insumos e prestadores de serviços passam a registrar atrasos sucessivos nos recebimentos.

Estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) calcula perda potencial de R$ 25,8 bilhões no Produto Interno Bruto nacional em até dois anos caso o protecionismo americano seja mantido. Para a Fundação Dom Cabral, 10,8 mil empresas de médio porte figuram entre as mais expostas e possuem menor colchão financeiro para absorver choques.

Micro e pequenas concentram 90 % da inadimplência

Do total de 7,7 milhões de empresas negativadas, 7,3 milhões são micro, pequenas e médias, respondendo por 90 % do montante de dívidas. O setor de serviços lidera a lista, com 53,7 % das empresas em atraso; comércio aparece com 34,1 % e indústria, 8 %.

Varejo, salões de beleza, restaurantes e oficinas atuam com margens reduzidas e forte dependência de capital de giro. Quando o juro permanece elevado e o faturamento cai, esses negócios ficam sem folga para renegociar compromissos, recorrendo a linhas caras ou postergando pagamentos.

Dados da Associação Nacional de Bureaus de Crédito indicam que a chance de recuperação de um título cai de 82 % se tratado em dez dias para 12 % após 180 dias. A recomendação é buscar renegociação imediata, rever custos e diversificar mercados para evitar a escalada de atrasos.

Expectativa de continuidade da pressão até 2026

As projeções mais recentes não sinalizam alívio no curto prazo. Analistas apontam manutenção dos juros básicos no atual patamar até o fim de 2025, com redução gradual só a partir de 2026. No front externo, o Congresso americano mantém apoio bipartidário às tarifas, dificultando qualquer revogação acelerada.

Especialistas em reestruturação empresarial reforçam que a proatividade será decisiva. Buscar novos mercados, ajustar portfólio de produtos e negociar condições com credores surgem como medidas para minimizar o risco de insolvência generalizada.

Em síntese, a combinação de política monetária restritiva e barreiras comerciais eleva o custo de operação e aumenta o índice de atrasos. As empresas que se anteciparem tendem a preservar capital e manter operações em funcionamento, enquanto a passividade pode resultar em recuperações judiciais e falências.

Para acompanhar outras análises sobre o cenário econômico e as decisões que impactam o ambiente de negócios, visite a seção de Política do nosso portal.

Resumo: dívidas corporativas já superam R$ 182 bilhões, com juros elevados e tarifas americanas pressionando ainda mais a liquidez. Fique atento às próximas atualizações e compartilhe esta matéria para que mais empreendedores possam se preparar.

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