Quase dez anos depois de ter se colocado firmemente contra a nomeação de Alexandre de Moraes ao Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) mudou completamente de discurso. Em declarações recentes, o parlamentar passou a classificar o ministro como peça fundamental na preservação das instituições democráticas, contraste direto com a postura assumida em 2017, quando o acusava de parcialidade e de pretender enfraquecer a Operação Lava Jato.
Críticas contundentes durante a sabatina no Senado, em 2017
No início de fevereiro de 2017, ainda senador, Lindbergh Farias contestou de forma veemente a indicação de Alexandre de Moraes para a vaga aberta pela morte do ministro Teori Zavascki. À época, o petista chamou a escolha de “escárnio” e alegou que o objetivo seria dificultar investigações envolvendo figuras de destaque, em especial aquelas conduzidas no âmbito da Lava Jato.
O então senador argumentou que, por ter sido ministro da Justiça de Michel Temer (MDB-SP), Moraes entrava no Supremo carregando “conflito de interesses”, já que muitos aliados do Planalto enfrentavam inquéritos em curso. Lindbergh questionou publicamente se Moraes se declararia suspeito sempre que esses processos chegassem ao STF. Também lembrou episódios de crise no sistema penitenciário, ocorridos enquanto o indicado chefiava a pasta da Justiça, como sinais de fragilidades administrativas.
Diante do Senado, Moraes respondeu ter plena independência para julgar qualquer caso que envolvesse o governo ou partidos, afirmando atuar “com absoluto respeito à Constituição”. Reforçou que o papel de revisor da Lava Jato ficaria a cargo de outro ministro e mencionou o compromisso de avaliar, caso a caso, possíveis impedimentos. Ainda assim, o voto contrário de Lindbergh foi mantido, e as críticas repercutiram entre correligionários do PT, então em franca oposição ao governo Temer.
Mudança de tom em 2025: Moraes vira “herói” aos olhos do deputado
Em agosto de 2025, já como deputado federal, Lindbergh Farias reconheceu publicamente que sua avaliação sobre Alexandre de Moraes se alterou. Segundo ele, o momento político turbulento do impeachment de Dilma Rousseff e o ambiente hostil que se seguiu influenciaram o julgamento feito em 2017. Hoje, o parlamentar sustenta que o ministro se firmou como um “defensor intransigente” do regime democrático.
Para o deputado, Moraes teve atuação decisiva em três frentes: a prevenção de tentativas de golpe, a garantia da integridade do sistema eleitoral enquanto presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a condução de investigações contra grupos suspeitos de ameaçar autoridades. Lindbergh qualificou o magistrado como “irrepreensível” e “herói”, termos que contrastam abertamente com a reprovação registrada oito anos antes.
O congressista explicou que, ao acompanhar de perto decisões do STF e do TSE, passou a reconhecer “coerência jurídica” na atuação do ministro. Ressaltou também que, ao contrário do temido aparelhamento, Moraes tem adotado medidas que, na visão do deputado, asseguram estabilidade institucional. Essa leitura levou Lindbergh a declarar apoio às posições sustentadas pelo magistrado em julgamentos recentes, considerados decisivos para a continuidade do processo democrático.
Contexto político por trás da reviravolta
A guinada de Lindbergh Farias ocorre em meio a um cenário no qual o Supremo Tribunal Federal tem protagonizado decisões de grande impacto político. A corte vem sendo chamada a arbitrar disputas que envolvem tanto investigações sobre ex-integrantes do Poder Executivo quanto a segurança das eleições. Nesse ambiente, posições históricas de parlamentares acabam sendo revisitadas, conforme novos fatos ganham relevância e mudam a percepção pública.


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Imagem: Bruno Spada
No campo partidário, a relação do PT com o STF sempre foi marcada por altos e baixos. Durante a fase mais intensa da Lava Jato, críticas vinham na esteira de decisões que levaram à prisão figuras ligadas à legenda. Atualmente, parte da bancada petista vê no tribunal – e particularmente em Moraes – uma barreira contra iniciativas consideradas hostis à ordem constitucional.
Repercussão e próximos movimentos
A defesa feita por Lindbergh a Alexandre de Moraes gerou reações diversas no Congresso. Parlamentares mais alinhados à oposição questionam se a nova postura decorre de convicção genuína ou de estratégia política. Já aliados do governo comemoram o reconhecimento, interpretando a fala do deputado como sinal de fortalecimento institucional.
Por ora, o ministro segue à frente de processos sensíveis que envolvem investigações eleitorais e apurações sobre supostos atos contra autoridades. A expectativa no Legislativo é de que a harmonia entre os Poderes seja mantida, ainda que o debate sobre limites e prerrogativas continue em destaque.
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Em resumo, Lindbergh Farias passou de crítico aguerrido a defensor declarado de Alexandre de Moraes, apontando a atuação do ministro como determinante para resguardar a democracia. Continue acompanhando nossas publicações e mantenha-se informado sobre os principais desdobramentos na política brasileira.

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