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Lula admite irritação popular com preços altos e libera crédito de R$ 30 bi

Política

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reconheceu nesta terça-feira (12) que a escalada dos preços dos alimentos provocou descontentamento generalizado no País. Em entrevista à BandNews, o chefe do Executivo afirmou que “o povo tinha razão de estar meio puto porque o feijão tava caro, a carne tava cara”. A declaração veio na esteira de críticas frequentes à inflação dos últimos meses, especialmente em itens básicos da cesta.

Reconhecimento da insatisfação popular

Segundo Lula, a reação negativa da população encontra justificativa no peso que produtos essenciais passaram a ter no orçamento familiar. O presidente declarou que “o povo tem razão e agora nós temos de ter o compromisso de melhorar”. A fala ocorre após sucessivos relatos sobre o encarecimento de alimentos, pressões sentidas em supermercados e a necessidade de reposicionar políticas voltadas ao controle de preços.

O mandatário apontou que as medidas já em curso estariam, na visão do governo, contribuindo para uma trajetória de queda, embora sem detalhar índices ou metas. As afirmações são feitas em meio a discussões sobre o custo de vida e ao impacto direto na popularidade do Planalto.

Distância do setor empresarial

Durante a mesma entrevista, Lula minimizou a relevância da avaliação que recebe do empresariado. O presidente lembrou que “a maioria nunca votou em mim” e acrescentou que o segmento não faz parte de sua base eleitoral. Ele afirmou ainda que “comigo tem uma questão de pele, sabem de onde eu vim, sabem da minha origem, não deixo de dizer de que lado eu tô, pra quem eu governo”.

Embora tenha reiterado que governa para todos, Lula disse manter “preferência de ajudar o povo pobre a sair da miséria”. A declaração ocorre num momento em que entidades produtivas pressionam por um plano de contingência diante do tarifaço de 50% anunciado pelo ex-presidente norte-americano Donald Trump sobre produtos brasileiros. Setores exportadores cobram ações concretas para reduzir perdas e preservar competitividade.

Como resposta, o presidente informou que assinará medida provisória liberando R$ 30 bilhões em crédito a empresas afetadas pelas restrições impostas pelos Estados Unidos. O instrumento deverá direcionar recursos para indústrias cujas vendas externas ficaram comprometidas, mas os critérios de acesso e as taxas ainda não foram divulgados.

Avaliação do governo permanece negativa

Dados da última pesquisa Datafolha mostram que o governo mantém patamar elevado de desaprovação. O levantamento aponta que 40% dos entrevistados classificam a administração como ruim ou péssima, enquanto 29% a consideram ótima ou boa. O índice de avaliação regular recuou de 31% para 29% na comparação com a rodada anterior.

Os números indicam estabilidade no juízo negativo da opinião pública, apesar das recentes iniciativas anunciadas pelo Planalto. O reconhecimento presidencial acerca da frustração popular com a inflação reforça o desafio de conciliar expectativas sociais com indicadores macroeconômicos.

Outros apontamentos da entrevista

Na conversa com a emissora, Lula voltou a mencionar responsabilidades históricas dos países desenvolvidos em relação às mudanças climáticas, argumentando que haveria uma “dívida” superior a US$ 1,3 trilhão por ano decorrente dos impactos ambientais gerados por essas nações. O presidente não detalhou como pretende avançar nesse debate em fóruns internacionais.

Também foi comentado que tarifas sobre importações chinesas representam mais de um terço da arrecadação dos Estados Unidos desde outubro. O dado serviu de pano de fundo para o argumento de que disputas comerciais internacionais exigem respostas coordenadas e instrumentos de proteção para economias emergentes.

Inflação como ponto sensível

A admissão de que o povo “tinha razão” ao reclamar dos preços realça a centralidade da inflação no debate político. Alimentos como feijão e carne, citados pelo presidente, registraram altas expressivas em relatórios recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O comportamento desses itens afeta de forma imediata famílias de renda mais baixa, que destinam maior parcela do orçamento à alimentação.

A equipe econômica vem sinalizando medidas de curto prazo para conter pressões, mas enfrenta limitações fiscais e disputa de prioridades dentro do próprio governo. A liberação de crédito para empresas prejudicadas por tarifas externas, embora possa sustentar empregos, não ataca diretamente a carestia que incomoda a população.

Assim, a entrevista desta terça-feira expôs ao mesmo tempo o reconhecimento oficial da insatisfação popular e a tentativa de apresentar respostas, como a injeção de recursos em setores específicos. Resta saber se tais iniciativas serão suficientes para reduzir a tensão causada pelo aumento do custo de vida e para melhorar a percepção do governo perante aqueles que sentem o peso da alta nos mercados.

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