O presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve neste sábado (13) no Hospital Universitário de Brasília (HUB) para acompanhar o início de um mutirão nacional de atendimentos do programa Agora Tem Especialistas, coordenado pelo Ministério da Saúde. Durante a visita, Lula sugeriu que a rede pública implemente “um mês inteiro de mutirão” a fim de diminuir rapidamente as filas de consultas, exames e cirurgias no Sistema Único de Saúde (SUS).
Proposta de ampliação dos mutirões
Ao discursar para profissionais de saúde e gestores hospitalares, o presidente defendeu expansão imediata do formato. “Precisamos mapear o que está mais acumulado e intensificar a força-tarefa, não só a cada três meses, mas, quem sabe, durante 30 dias seguidos”, declarou. Segundo Lula, a medida deve ser acompanhada do pagamento de horas extras aos médicos que se voluntariarem a integrar os plantões adicionais.
“A gente paga hora extra, mas é o seguinte: vamos ter de fazer mais enquanto não houver médicos suficientes em todos os hospitais”, completou. A fala direciona-se aos 45 hospitais universitários federais geridos pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que formam a linha de frente do projeto.
Números do mutirão nacional
O programa Ebserh em Ação – Agora Tem Especialistas prevê a realização de mais de 29 mil atendimentos especializados nas próximas semanas, distribuídos da seguinte forma:
- 1,9 mil cirurgias eletivas;
- 4,5 mil consultas em diferentes especialidades;
- 22,7 mil exames e terapias.
Os procedimentos englobam áreas como cardiologia, ortopedia, oftalmologia e saúde da mulher. Todas as vagas estão registradas no sistema do SUS, permitindo que as secretarias estaduais e municipais encaminhem pacientes conforme a lista de espera local.
Como funciona o esforço concentrado
O modelo de mutirão utiliza estrutura já existente em hospitais universitários, aproveitando o período de menor demanda acadêmica para ampliar a escala de atendimentos. Os profissionais recebem pagamento adicional por hora extra, sem alterar o salário-base. A logística segue protocolos estabelecidos pelo Ministério da Saúde e pela Ebserh, responsável por fornecer insumos, inscrever as unidades participantes e publicar relatórios de produtividade.
Apesar do foco em cirurgias eletivas, o projeto também atende consultas e exames de média complexidade, considerados gargalos recorrentes no SUS. O objetivo é liberar vagas nos centros cirúrgicos, reduzir custos gerados por internações evitáveis e atualizar a fila de procedimentos.
Expectativa de redução das filas
Dados oficiais apontam filas com centenas de milhares de pedidos pendentes em todo o país. A estimativa da pasta da Saúde é que um mês de mutirão permanente nas 45 unidades universitárias possa gerar impacto relevante na espera por cirurgias oftalmológicas e ortopédicas, duas das maiores demandas atuais.
Com a proposta apresentada por Lula, o governo busca acelerar a execução orçamentária já prevista para 2024, concentrando recursos humanos e materiais num intervalo curto. A pasta ainda não divulgou o custo total da operação, mas confirmou que a verba virá do orçamento regular destinado ao SUS e de emendas parlamentares específicas para cirurgias eletivas.


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Imagem: Internet
Rede universitária mobilizada
As 45 instituições federais administradas pela Ebserh somam mais de 9 mil leitos e 55 mil profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos e residentes. Essa infraestrutura garante capacidade de organizar salas cirúrgicas adicionais fora do horário habitual, utilizando equipamentos existentes e equipes de apoio treinadas.
Segundo o HUB, hospital que recebeu a visita presidencial, a meta local é realizar cerca de 900 atendimentos, incluindo 120 cirurgias de catarata e 80 procedimentos ortopédicos. Cada unidade adaptará o cronograma às necessidades regionais, respeitando a prioridade da fila municipal ou estadual.
Próximos passos
O Ministério da Saúde acompanha o andamento do esforço concentrado e deve publicar balanço parcial nas próximas semanas. Caso os resultados confirmem redução significativa nas filas, a ideia de mutirões de 30 dias poderá ser incluída como política permanente do SUS, com calendário fixo nos primeiros meses de cada semestre.
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Em resumo, o governo aposta na mobilização dos hospitais universitários e no pagamento de horas extras a médicos para avançar rapidamente sobre a fila de cirurgias eletivas. Fique atento às futuras divulgações e compartilhe esta matéria com quem precisa dessas informações.
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