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Marina Silva cobra hotéis de Belém por preços abusivos às vésperas da COP30

Política

Belém enfrenta críticas pela escalada repentina nos preços de hospedagem que antecede a Conferência da ONU sobre o Clima (COP30), marcada para novembro de 2025. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, classificou a prática como “achaque” e alertou que os valores inflacionados podem afastar delegações de países vulneráveis às mudanças climáticas.

Ministra denuncia disparada de tarifas

O posicionamento da titular da pasta ambiental foi exposto neste sábado (2), durante participação na Feira Literária Internacional de Paraty (Flip), no Rio de Janeiro. Marina ressaltou que a rede hoteleira de Belém reajustou diárias em patamares considerados abusivos, criando um obstáculo para representantes internacionais com orçamento limitado.

De acordo com a ministra, delegações de nações insulares, da África e de economias emergentes correm risco de ficar de fora de uma das edições mais aguardadas do encontro climático. “Não podemos aceitar que países preocupados com sua própria sobrevivência deixem de participar por falta de hospedagem acessível”, declarou.

Apesar da pressão, Marina reafirmou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de manter o evento na capital paraense. “Todos os esforços estão voltados para garantir que a COP seja realizada em Belém”, frisou, rechaçando qualquer plano de transferir o encontro para outra cidade. O governo, segundo ela, procura alternativas que viabilizem a presença de todas as delegações, principalmente as de menor capacidade financeira.

Países pressionam por mudança de sede

O embaixador André Corrêa do Lago, presidente designado da COP30, confirmou que vários governos estrangeiros pressionam o Brasil a considerar outra localidade. O motivo central é a escalada nos custos de hospedagem desde que Belém foi anunciada como sede.

Relatos indicam que hotéis locais adotaram estratégias para multiplicar tarifas. O antigo Hotel Nota 10, por exemplo, cobrava cerca de R$ 70 a diária em abril de 2023. Após rebatizar-se como “Hotel COP30”, o mesmo quarto passou a ser oferecido por R$ 5,6 mil, elevação aproximada de 80 vezes. O estabelecimento fica na Travessa 1º de Março, no bairro Campina, a cerca de seis quilômetros do Centro de Convenções da Amazônia, onde ocorrerão as sessões principais da conferência.

Diante da repercussão, diplomatas argumentam que delegações públicas e organizações não governamentais podem reduzir participação ou optar por fóruns paralelos fora do Brasil caso a situação não seja normalizada. A posição pressiona o Itamaraty a apresentar garantias de logística e custos aceitáveis.

Governo busca soluções, mas sem detalhamento

Até o momento, o Palácio do Planalto não divulgou medidas concretas para frear a alta. Nos bastidores, cogitam-se parcerias com universidades, navios-hotel e até a abertura de alojamentos temporários em instalações militares. Contudo, nenhuma dessas alternativas foi confirmada oficialmente.

Autoridades estaduais do Pará alegam que o aumento abrupto decorre da baixa oferta de leitos alinhada à expectativa de 60 mil visitantes, número superior à capacidade tradicional de Belém. A prefeitura admite que a infraestrutura hoteleira precisa de reforços, mas não sinalizou controle de preços, limitando-se a prometer diálogo com o trade turístico.

Representantes do setor, por sua vez, sustentam que as tarifas refletem a lógica de mercado em eventos de grande porte. Apesar disso, o índice de reajuste chamou atenção de organizações internacionais, que veem margem especulativa além do razoável.

Impactos para a imagem do país

A União assumiu compromissos para entregar uma conferência “amazônica” capaz de demonstrar liderança ambiental. A possibilidade de exclusão de delegações vulneráveis, caso não se ajuste a questão dos custos, coloca o governo federal sob escrutínio internacional. Críticos apontam falta de planejamento, enquanto o Ministério do Meio Ambiente alega estar empenhado em evitar constrangimentos.

Na atual configuração, Belém permanece confirmada como sede. Resta ao Executivo federal, ao governo estadual e ao setor privado definir soluções que permitam preços competitivos, evitando que a questão da hospedagem ofusque os debates climáticos previstos para novembro de 2025.

Enquanto isso, países interessados em discutir metas de redução de emissões e financiamento climático aguardam medidas concretas. Caso o impasse se prolongue, a pressão por mudança de sede tende a ganhar força, colocando em xeque todo o esforço diplomático realizado para levar a COP30 à Amazônia brasileira.

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