As duas principais correntes políticas do país intensificam as convocações para as manifestações de 7 de Setembro. De um lado, lideranças conservadoras anunciam atos em defesa da anistia aos condenados de 8 de janeiro, da liberdade de expressão e do impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Do outro, organizações ligadas ao governo federal alinham protestos sob o lema “Brasil soberano”, com foco em pautas sociais e econômicas. O ambiente se torna ainda mais tenso diante do início do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), marcado para 2 de setembro, e das recentes investigações contra o pastor Silas Malafaia.
Direita define foco em anistia e defesa de liberdades
Os principais atos pró-Bolsonaro concentram-se em São Paulo. O encontro na avenida Paulista foi marcado para as 15 h pelo pastor Silas Malafaia, que divulga a mobilização nas redes com o slogan “Reaja, Brasil”. Além do protesto na capital paulista, apoiadores planejam concentrações em capitais como Belo Horizonte, Brasília e Rio de Janeiro.
Entre as pautas divulgadas estão a anistia aos envolvidos nos fatos de 8 de janeiro, a garantia da liberdade religiosa e de expressão e o pedido de impeachment de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal. Parlamentares alinhados ao ex-presidente confirmam presença. O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou que pretende participar “nas ruas, em Belo Horizonte ou em São Paulo”, ressaltando o caráter espontâneo das manifestações e o “momento crítico” vivido pelo país.
A proximidade do julgamento de Jair Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral aumenta a expectativa de adesão. O processo, que começa cinco dias antes do feriado da Independência, analisa suposto abuso de poder político e econômico. Caso seja condenado, o ex-mandatário pode ficar inelegível por oito anos.
Outro fator que impulsiona a mobilização conservadora é a operação da Polícia Federal contra Silas Malafaia. Na quarta-feira (20), o pastor desembarcou no Aeroporto do Galeão, no Rio, vindo de Lisboa, e teve aparelhos eletrônicos apreendidos. Em seguida, Alexandre de Moraes determinou o cancelamento de seus passaportes e proibiu contato com outros investigados, entre eles o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que se encontra nos Estados Unidos.
Esquerda organiza atos sob o lema “Brasil soberano”
Movimentos sociais e partidos governistas convocam manifestações em todo o país para o mesmo dia. O Palácio do Planalto e entidades sindicalistas adotaram o slogan “Brasil soberano”, justificando a campanha como resposta às tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. As pautas incluem a taxação de super-ricos, a isenção do Imposto de Renda para salários até R$ 5 mil e a defesa do fim da jornada 6 x 1.
A agenda progressista se mescla ao tradicional Grito dos Excluídos, realizado anualmente em 7 de Setembro. Em São Paulo, o ato está previsto para a Praça da República, às 9 h. De acordo com os organizadores, o objetivo é “dialogar com a sociedade” e expor reivindicações sociais. Edinho Silva, presidente do PT, criticou publicamente as tarifas norte-americanas, dizendo considerar a medida “autoritária” e motivada por “viés político”.
Tensão aumenta com agenda judiciária e investigações
A conjuntura combina múltiplos fatores de pressão. O início do julgamento de Jair Bolsonaro gera expectativa nos dois campos ideológicos, que projetam repercussões nas ruas. Paralelamente, o vazamento de relatórios da Polícia Federal e a ofensiva contra Silas Malafaia alimentam o discurso de mobilização entre conservadores, que veem nas decisões do STF um incentivo para comparecer aos protestos.


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Imagem: Rovena Rosa
Já a esquerda busca capitalizar o embate comercial com os Estados Unidos e ampliar a pauta social. A narrativa governista enfatiza políticas de distribuição de renda e defesa do “interesse nacional” diante de pressões internacionais.
Calendário, locais e segurança
Em São Paulo, os atos da direita concentram-se na avenida Paulista a partir das 15 h, enquanto as manifestações da esquerda ocorrem pela manhã, na Praça da República. Outras capitais organizam agendas semelhantes, com horários alternados para minimizar confrontos diretos. Governos estaduais devem anunciar nos próximos dias esquemas de segurança e bloqueios viários.
Além de São Paulo, Brasília prevê concentrações na Esplanada dos Ministérios, e o Rio de Janeiro terá atos na orla de Copacabana. Em Belo Horizonte, o ponto de encontro deve ser a Praça da Liberdade. As prefeituras monitoram as redes sociais para estimar público e reforçar a presença da Polícia Militar.
Até o momento, não há confirmação de encontros entre as duas frentes, mas autoridades pedem que manifestantes respeitem rotas e horários definidos para evitar confrontos. A expectativa é de que o volume de participantes seja influenciado tanto pelo julgamento do ex-presidente quanto pela divulgação de novas diligências da Polícia Federal.
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Em síntese, o 7 de Setembro de 2025 se desenha como palco de disputas simultâneas: a direita promete grandes atos em defesa de liberdades individuais e anistia, enquanto a esquerda articula protestos socioeconômicos sob o mote da soberania nacional. Fique atento às próximas informações e participe de forma responsável.

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