O Sistema Único de Saúde (SUS) completou 35 anos fortalecendo a parceria com a iniciativa privada para garantir medicamentos à população. Nesse cenário, a indústria paranaense Prati-Donaduzzi movimentou, de agosto de 2024 a julho de 2025, cerca de 7 bilhões de doses de fármacos destinados à rede pública, de acordo com levantamento da IQVIA.
Participação estratégica nas licitações públicas
Instalada em Toledo, no oeste do Paraná, a Prati-Donaduzzi consolidou sua atuação junto ao Ministério da Saúde por meio dos processos de licitação que abastecem postos, hospitais e unidades especializadas em todo o país. O volume entregue representa pouco mais de um quarto dos 800 itens listados na mais recente Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (RENAME), publicada em 2022.
Segundo a IQVIA, a participação nas compras governamentais responde hoje por 20% do faturamento total da farmacêutica. O percentual reflete a estratégia iniciada em 1999, quando a empresa ingressou no mercado de genéricos com foco quase exclusivo no atendimento às unidades básicas de saúde. À época, 85% da receita vinha diretamente das licitações.
Com o tempo, a companhia diversificou canais e fortaleceu a marca também no varejo. Apesar da expansão em drogarias e clínicas privadas, o fornecimento ao SUS continua relevante: são 189 apresentações de genéricos, além de medicamentos de referência, similares e a linha Non Retail Channel, destinada a tratamentos de alto custo em ambiente hospitalar.
Genéricos: economia para o governo e ampliação de acesso
No entendimento da empresa, a produção de genéricos cumpre um duplo papel: pressiona preços para baixo e libera recursos públicos para outras frentes de atendimento. Esse efeito é visível, principalmente, nas doenças crônicas que exigem uso contínuo de remédios, como hipertensão e diabetes.
O CEO da Prati-Donaduzzi, Eder Maffissoni, relembra que a adoção dos genéricos foi decisiva para colocar remédios de qualidade ao alcance dos brasileiros, sem comprometer o orçamento público. “Entramos nesse segmento para garantir alternativas de mesma segurança, porém com valores ajustados à realidade do cidadão”, afirma o executivo.
Entre as 7 bilhões de doses fornecidas no último ciclo anual, predominam comprimidos analgésicos, anti-hipertensivos e antibióticos. A companhia também mantém linhas específicas de medicamentos sólidos e líquidos voltados a pediatria, área que historicamente apresenta déficit de opções no catálogo do SUS.
Fábrica em Toledo: escala industrial e controle de qualidade
A unidade fabril instalada em Toledo concentra pesquisa, produção e distribuição. Ali operam mais de 400 equipamentos de última geração, responsáveis por granulação, compressão, revestimento, embalagem e controle analítico. A planta mantém certificações que atendem às exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e segue padrões internacionais de boas práticas de fabricação.
Graças à automatização das linhas, a companhia alcança capacidade superior a 13 bilhões de doses anuais, o que permite atender simultaneamente a rede pública e o setor privado. Esse ganho de escala reforça a competitividade da indústria nacional frente a fornecedores estrangeiros, mantendo empregos e cadeia de suprimentos no Brasil.


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Imagem: Divulgação
Impacto na saúde pública e no mercado
Ao assumir 26% dos produtos listados no RENAME, a Prati-Donaduzzi contribui para reduzir a dependência de importados e amplia a previsibilidade de entrega ao SUS. O resultado se reflete no estoque regular das farmácias populares e no suporte às campanhas de vacinação, que demandam medicamentos de apoio para eventuais reações adversas.
O avanço da empresa paranaense confirma a importância de um ambiente regulatório que estimule investimento privado sem comprometer a responsabilidade fiscal. A previsibilidade nos pregões eletrônicos e a clareza nos contratos têm garantido segurança jurídica, elemento essencial para a manutenção das linhas de produção de longo prazo.
Como a sustentabilidade financeira do sistema de saúde depende de eficiência e boa gestão, a presença de fabricantes nacionais competitivos oferece uma resposta concreta à pressão por mais serviços sem aumento de impostos.
Para mais análises sobre a relação entre iniciativa privada e políticas públicas de saúde, confira também nossa seção de Política.
Em síntese, a Prati-Donaduzzi demonstra que escala industrial, foco em genéricos e participação ativa em licitações podem caminhar juntos para garantir melhor uso dos recursos públicos e ampliar o acesso da população a tratamentos essenciais. Acompanhe nossos canais e fique por dentro das próximas atualizações do setor farmacêutico.
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