Um rap de tom crítico ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, ganhou tração no TikTok logo depois de o magistrado fazer um gesto obsceno durante o clássico entre Corinthians e Palmeiras, disputado na noite de 30 de julho, em São Paulo. No vídeo gravado na Neo Química Arena, Moraes aparece mostrando o dedo médio para a arquibancada, ação que desencadeou vaia imediata dos torcedores presentes.
Gesto no estádio provoca reação nas redes
O registro do gesto circulou rapidamente nas redes sociais e motivou a criação de conteúdo musical por parte do perfil criticanograve. Sob ritmo de rap, o autor chamou o ministro de “carrasco de toga” e questionou o decoro de quem ocupa cargo no topo do Judiciário. Em um dos versos, a letra indaga: “Cadê o decoro, excelência? Cadê o respeito à audiência? Se fosse Bolsonaro, era impeachment na sequência”.
A canção se espalhou pelo TikTok em poucos dias, acumulando milhares de visualizações, curtidas e comentários. Usuários replicaram trechos do rap em compilações que mesclam a imagem do gesto com depoimentos de torcedores. A reação on-line reproduziu o coro de vaias ouvido no estádio, reforçando a crítica popular ao comportamento do ministro.
A repercussão também ocorreu em outras plataformas, como Twitter e Instagram, onde internautas debateram a conduta de autoridades públicas em eventos esportivos. Nos comentários, muitos enfatizaram a expectativa de postura institucional de magistrados, enquanto outros citaram um suposto “padrão duplo” de tratamento na imprensa quando o alvo de críticas é ligado ao Poder Judiciário.

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Referência à Lei Magnitsky amplia alcance da crítica
No mesmo dia do clássico, Moraes foi listado pela legislação norte-americana conhecida como Magnitsky Act, mecanismo que permite a aplicação de sanções contra agentes estrangeiros acusados de corrupção ou violações de direitos humanos. Entre as penalidades previstas estão bloqueio de bens, restrições financeiras e impedimentos de entrada em território dos Estados Unidos.
A letra do rap menciona diretamente a inclusão do ministro: “Magnitsky chegou, não teve como fugir. Congela os bens, congela os sonhos de quem quis oprimir”. O autor utiliza o episódio para reforçar a crítica à atuação de Moraes em processos envolvendo liberdade de expressão e investigações sobre manifestantes.
Trechos adicionais ressaltam a percepção de rejeição popular: “Achou que ia ser ovacionado no estádio, mas esqueceu que o povo não vive na bolha do rádio”. A canção contrapõe a vaia nas arquibancadas a uma suposta aprovação de elites políticas, dizendo que “na quebrada o nome dele é lido na placa de zenta”.
Conteúdo destaca possível tratamento desigual a políticos
Ao longo dos versos, o rap compara a reação da mídia e de instituições quando o criticado é o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo a composição, situações semelhantes envolvendo Bolsonaro teriam resultado em processos ou pedidos de impeachment, enquanto a resposta a Moraes teria sido mais branda. A música sustenta essa tese com a frase: “Mas quando é você, a imprensa vira paciência”.
O vídeo original do perfil criticanograve utiliza imagens do gesto dentro do estádio, intercaladas com manchetes sobre a legislação Magnitsky. Nos comentários, seguidores discutem a possibilidade de investigações por “crime de responsabilidade” atribuídas ao ministro. Alguns usuários lembraram pareceres de juristas que enxergam quebra de decoro na atitude exposta em público.
Impacto político e jurídico permanece em aberto
Ainda não há informação sobre quaisquer medidas formais contra Moraes em razão do gesto ou da inclusão no rol da Magnitsky. No âmbito nacional, processos por crime de responsabilidade contra ministros do STF dependem de iniciativa do Senado, que até agora não sinalizou abertura de procedimentos. Já as sanções norte-americanas, quando confirmadas, podem atingir bens e movimentações financeiras em território sob jurisdição dos Estados Unidos.
Questionado por jornalistas após o jogo, Moraes não se pronunciou sobre o ato na arquibancada. O STF também não divulgou nota oficial acerca do episódio. Enquanto isso, o rap continua ganhando alcance, reforçado por novos compartilhamentos e versões. Influenciadores conservadores passaram a utilizar excertos da música em vídeos de opinião, ampliando o debate sobre decoro, liberdade de expressão e limites do poder judiciário.
O episódio evidencia como manifestações de autoridades em ambientes populares, como estádios de futebol, podem repercutir instantaneamente nas redes sociais, transformando gestos em símbolos de descontentamento e alimentando produções culturais de contestação. Com a visibilidade do TikTok, a crítica musical tornou-se um dos principais vetores de discussão sobre a postura pública de um ministro do Supremo, conectando o campo jurídico às arquibancadas e às timelines dos usuários.

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